Nadando de braçadas. É desse jeito
que está o prefeito Valmir Climaco, cuja popularidade continua desfilando nos
braços do povo itaitubense. Mesmo sem números para comparar, tudo leva a crer
que ele seja o mais popular de todos os prefeitos eleitos a partir da
redemocratização do país no primeiro ano de governo.
Para chegar a esse patamar de
aceitação de sua gestão, Valmir tem se comportado de maneira bem diferente em
relação ao período de pouco mais de dois anos e meio do primeiro mandato,
quando, a exemplo de alguns outros gestores, comunicava-se mal com seus
governados. Mas, aliado a essa mudança de comportamento, o principal motivo
para a aprovação do atual mandato tem sido o trabalho.
Itaituba é uma cidade, e talvez seja
até mais correto dizer, um município que pelas carências que tem na sua
infraestrutura, quem dá atenção a esse setor ganha as graças da população, pois
a necessidade de obras existe na sede e na zona rural. E Valmir, que se
identifica bem com essa parte, tem respondido positivamente.
Na cidade, é muito grande o número
de vias que foram pavimentadas desde que ele assumiu esse segundo governo, em
primeiro de janeiro deste ano. Algumas ruas por onde nunca havia passado um
carro foram recuperadas para depois serem pavimentadas. Mas, a atual gestão
também tem tido olhos voltados para o interior, recuperando estradas e pontes,
possibilitando ao produtor rural a oportunidade de escoar sua produção.
Essa popularidade tem influenciado o
comportamento do Poder Legislativo como um todo, pois, o prefeito não enfrentou
um minuto de oposição ao seu governo, até agora, mesmo sabendo-se que existem
vereadores que não estão satisfeitos por não terem todos os seus pleitos
atendidos.
Na sessão de terça-feira da semana
passada foi um tal de rasgar seda para o prefeito, num desfile de vereadores
que subiram à tribuna para tecer loas à administração de Valmir, que quase não
acaba. A exceção tem sido o vereador Peninha que, se não critica, raramente
elogia o governo municipal.
Desde que eu cheguei a Itaituba, em
outubro de 1988, nunca vi um prefeito governar sem nenhuma oposição na Câmara
Municipal, e embora cada caso tenha as suas peculiaridades, isso não é bom numa
democracia, onde o instituto do contraditório, que presume a discussão
respeitosa de ideias divergentes deve prevalecer, sendo uma das essências do
parlamento. Com isso, um dos papéis mais importantes do Legislativo, que deve
ser, fiscalizar o Executivo, está passando longe de acontecer.
Alguns vereadores tem falado na
tribuna, que a população está muito satisfeita com os trabalhos da Câmara, pois
não ouvem ninguém falar mal deles. Ora, essa é uma faca de dois gumes, pois, se
o povo não comenta, tanto pode não ter o que contestar, quanto pode,
simplesmente, estar ignorando a pouca expressividade da atual composição do Legislativo.
Se for isso, então, é o caso deles fazerem uma análise sobre seus mandatos.
Quanto ao prefeito Valmir Climaco,
tem muitos desafios para vencer, pois, embora esteja determinado a marcar a sua
passagem de forma indelével pela prefeitura, e até esse momento esteja
conseguindo, existem setores da administração nos quais precisa obter bons
resultados, como na Saúde, onde ele tem se empenhado para melhorar, mas, há
muitas carências a serem supridas, dentre elas, montar e funcionar o centro
cirúrgico ortopédico, e a UPA, e na educação.
Na educação, a atual gestão vai ter,
no próximo dia 23, sua primeira prova de fogo, uma vez que nesse dia será
realizada a Prova Brasil, cujo resultado conhecido como nota do IDEB poderá
representar um alento, se a nota dos alunos do Ensino Fundamental for melhor do
que a última do governo de Eliene Nunes, ou poderá transformar-se em desgaste
de imagem, se for igual ou pior. Para o bem do município, e não apenas do
governo, o melhor que pode acontecer é que seja uma nota mais alta do que a
passada.
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