sexta-feira, outubro 20, 2017

Valmir continua nadando de braçadas

            Artigo de Jota Parente, na edição 234 do Jornal do Comércio, circulando
            Nadando de braçadas. É desse jeito que está o prefeito Valmir Climaco, cuja popularidade continua desfilando nos braços do povo itaitubense. Mesmo sem números para comparar, tudo leva a crer que ele seja o mais popular de todos os prefeitos eleitos a partir da redemocratização do país no primeiro ano de governo.
            Para chegar a esse patamar de aceitação de sua gestão, Valmir tem se comportado de maneira bem diferente em relação ao período de pouco mais de dois anos e meio do primeiro mandato, quando, a exemplo de alguns outros gestores, comunicava-se mal com seus governados. Mas, aliado a essa mudança de comportamento, o principal motivo para a aprovação do atual mandato tem sido o trabalho.
            Itaituba é uma cidade, e talvez seja até mais correto dizer, um município que pelas carências que tem na sua infraestrutura, quem dá atenção a esse setor ganha as graças da população, pois a necessidade de obras existe na sede e na zona rural. E Valmir, que se identifica bem com essa parte, tem respondido positivamente.
            Na cidade, é muito grande o número de vias que foram pavimentadas desde que ele assumiu esse segundo governo, em primeiro de janeiro deste ano. Algumas ruas por onde nunca havia passado um carro foram recuperadas para depois serem pavimentadas. Mas, a atual gestão também tem tido olhos voltados para o interior, recuperando estradas e pontes, possibilitando ao produtor rural a oportunidade de escoar sua produção.
            Essa popularidade tem influenciado o comportamento do Poder Legislativo como um todo, pois, o prefeito não enfrentou um minuto de oposição ao seu governo, até agora, mesmo sabendo-se que existem vereadores que não estão satisfeitos por não terem todos os seus pleitos atendidos.
            Na sessão de terça-feira da semana passada foi um tal de rasgar seda para o prefeito, num desfile de vereadores que subiram à tribuna para tecer loas à administração de Valmir, que quase não acaba. A exceção tem sido o vereador Peninha que, se não critica, raramente elogia o governo municipal.
            Desde que eu cheguei a Itaituba, em outubro de 1988, nunca vi um prefeito governar sem nenhuma oposição na Câmara Municipal, e embora cada caso tenha as suas peculiaridades, isso não é bom numa democracia, onde o instituto do contraditório, que presume a discussão respeitosa de ideias divergentes deve prevalecer, sendo uma das essências do parlamento. Com isso, um dos papéis mais importantes do Legislativo, que deve ser, fiscalizar o Executivo, está passando longe de acontecer.
            Alguns vereadores tem falado na tribuna, que a população está muito satisfeita com os trabalhos da Câmara, pois não ouvem ninguém falar mal deles. Ora, essa é uma faca de dois gumes, pois, se o povo não comenta, tanto pode não ter o que contestar, quanto pode, simplesmente, estar ignorando a pouca expressividade da atual composição do Legislativo. Se for isso, então, é o caso deles fazerem uma análise sobre seus mandatos.
            Quanto ao prefeito Valmir Climaco, tem muitos desafios para vencer, pois, embora esteja determinado a marcar a sua passagem de forma indelével pela prefeitura, e até esse momento esteja conseguindo, existem setores da administração nos quais precisa obter bons resultados, como na Saúde, onde ele tem se empenhado para melhorar, mas, há muitas carências a serem supridas, dentre elas, montar e funcionar o centro cirúrgico ortopédico, e a UPA, e na educação.

            Na educação, a atual gestão vai ter, no próximo dia 23, sua primeira prova de fogo, uma vez que nesse dia será realizada a Prova Brasil, cujo resultado conhecido como nota do IDEB poderá representar um alento, se a nota dos alunos do Ensino Fundamental for melhor do que a última do governo de Eliene Nunes, ou poderá transformar-se em desgaste de imagem, se for igual ou pior. Para o bem do município, e não apenas do governo, o melhor que pode acontecer é que seja uma nota mais alta do que a passada.

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