quinta-feira, outubro 16, 2014

Falcatrua das terceirizadas

Em 2010, a Vale foi listada com no­me sujo no mercado por sonegar mais de R$ 800 milhões de impostos sobre serviços não pagos à prefeitura de Pa­rauapebas.

Em 2013, a mineradora foi novamen­te alvo de denúncias. Dessa vez, partindo da prefeitura de Marabá, a empresa es­taria sonegando o Imposto Sobre Servi­ços – ISS.

A gigante da mineração se utilizaria de um esquema a partir das terceirizadas que atuam em seus projetos.

As informações fiscais da prefeitura de Marabá apontam que o número de em­presas que trabalham para Vale no Proje­to Salobo, de exploração de cobre no mu­nicípio paraense, é de apenas 12. No en­tanto, existiriam, na verdade, 250 tercei­rizadas e subterceirizadas atuando.

“A Vale contrata uma empresa para prestar determinado serviço e, em se­guida, a empresa terceirizada contratada mais empresas para desempenhar outra funções”, diz o Secretário de Gestão Fa­zendária de Marabá, Ricardo Rosa.

Dessa forma, o imposto da terceiriza­da da Vale seria recolhido normalmente, porém o mesmo não aconteceria com as demais empresas subterceirizadas. Seria, no restante da cadeia que ocorreria a so­negação, deixando a municipalidade sem recursos para investir na saúde, educa­ção, Saneamento e infraestrutura, justa­mente os itens que mais demandam nas cidades mineradoras.

Entre esquemas de sonegação, e por efeito da Lei Kandir, o Pará deixou de arrecadar nos últimos anos, como no ca­so do Projeto Grande Carajás, mais de R$ 20 bilhões.

Fonte: Brasil de Fato
Enviado para o blog pelo geólogo José Waterloo Leal

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