quinta-feira, outubro 16, 2014

DNPM sem controle

Em 2012, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que a cada quatro áreas de extração de miné­rios no país, apenas uma paga correta­mente seus tributos.

No ano da auditoria, o relatório do TCU contabilizava 20,7 mil títulos de mi­neração ativos no Brasil. Desse montan­te, apenas 5,4 mil fizeram devidamente o recolhimento da contribuição.

No mesmo documento, foi mensurado que empresas, detentoras de 15,3 mil tí­tulos minerários, sonegaram a Compen­sação Financeira pela Exploração de Re­cursos Minerais (CFEM) nas regiões on­de atuam.

O CFEM arrecadado é dividido entre a União (12%), estados (23%) e municípios produtores (65%).

A auditoria do TCU não conseguiu sig­nificar a cifra exata do rombo causado pela sonegação das mineradoras. Nu­ma tentativa de se aproximar de núme­ros mais exatos, o tribunal solicitou ao DNPM relatório das fiscalizações efeti­vadas pelo órgão entre 2009 e 2011.

Na oportunidade, recebeu as estatísti­cas de 101 mineradoras atuantes no Pará, Minas Gerais, Goiás e Espírito Santo. Na careação das informações entre CFEM pagos por essas empresas e a extração feita, chegou-se à conclusão que em vez do recolhimento de R$160 milhões fo­ram desembolsados somente R$ 47 mi­lhões pelas mineradoras, ou seja, apenas 23% do que era devido.

Para o TCU, o DNPM não tem inclu­ído as grandes mineradoras nos princi­pais focos de fiscalização. Somente a mi­neradora Vale corresponderia pela meta­de de arrecadamento da CFEM no Brasil e seria uma das principais sonegadoras.

Fonte: Brasil de Fato
Enviado para o blog pelo geólogo José Waterloo Leal

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