
“Realmente, nesse governo a
assistência tem sido precária desde o início. Já foi a quarta empresa que
desistiu de fazer o serviço de coleta de lixo. A Prefeitura mandou um carro
para lá, o qual trabalhou durante uns oito dias e depois parou e a situação é
muito complicada.
A gente não está fazendo essas críticas com o
objetivo de falar mal do governo. O que nós queremos é ver o trabalho andar. Eu
quero ver Moraes Almeida melhor, Itaituba melhor. Só que não está havendo o
necessário entendimento entre os vereadores e os secretários, que não dão bolas
pra nós, e por isso o trabalho não anda. Faz mais de um mês que a gente não
consegue falar com prefeita; quem atende ao telefone é somente sua secretária. A gente fica muito chateado com isso e a
população está cobrando e eu vejo na coleta do lixo o básico, o mínimo que o
município pode fazer”, falou o vereador.
Na edição 181 do Jornal do Comércio, circulando
A reportagem do Jornal do Comércio perguntou
a Dirceu, o motivo das empresas contratadas terem parado de coletar o lixo
domiciliar no distrito. Ele disse que foi por falta de pagamento por parte da
Prefeitura, atribuindo o fato à falta de organização da atual administração,
porque nos governos anteriores os pagamentos eram feitos normalmente. Dirceu
afirmou que Moraes arrecadou mais R$ 80 mil reais somente de alvarás, este ano,
o que daria para pagar oito meses de trabalho do carro de coleta de lixo. Logo,
disse ele, não há justificativa para que o pagamento não tenha sido feito.
Questionado a respeito de outros meios de
arrecadação, o vereador do SDD preferiu ressaltar que o Alvará é o básico, é
uma taxa que deveria retornar como serviço para a comunidade, mas, não volta.
“Nós pagamos o alvará de funcionamento. Logicamente, isso significa que as
empresas estão trabalhando, estão gerando empregos, estão pagando impostos, e
porque isso acontece? Eu vejo mais como uma desorganização do governo do que
uma falta de condições financeiras”, desabafou ele.
Dirceu lembrou que no governo do ex-prefeito
Valmir Climaco houve sempre um subprefeito em ação. “No atual governo nós tivemos
um secretário, depois outro, mas, subprefeito, não, porque não foi baixada
nenhuma portaria. Teve o caso de um rapaz que desistiu porque não tinha
condições de trabalho. A pessoa assume uma posição como essa, com vontade de
trabalhar, mas, como é que vai fazer alguma coisa sem condições? É difícil a
nossa situação.
A prefeita falou muito em campanha que iria
administrar com um grupo de dezessete pessoas; ela, o vice-prefeito e mais os
quinze vereadores. Infelizmente, não é isso que a gente está vendo, não está
sendo aplicado o discurso na prática. Ela não procura ter entendimento conosco,
não troca ideia com a gente. Moraes Almeida é fácil da gente resolver alguns
problemas. O que os empresários propõem é uma parceria com a administração do
município. Só que é necessário haver inciativa da prefeita. Como é que a
sociedade vai se intrometer, mexendo nas ruas. É a prefeitura que tem que puxar
isso.
Nós estamos aguardando, mas, a gestora não
abre espaço nem mesmo para a gente conversar, não há diálogo. A sociedade do
distrito vai fazer uma reunião, vamos discutir o que precisamos fazer, pois
Moraes Almeida está abandonado de tudo” falou o vereador que representa a
comunidade.
Dirceu Biolchi é um vereador que paga para
exercer o cargo, porque tem que se deslocar 300 quilômetros do distrito que
representa até chegar a Itaituba para participar das seções da Câmara. Por dois
dias tem que se afastar de seus negócios e da família. Todavia, não é isso que
o incomoda, mas, a falta de condições de dar respostas para as demandas da
comunidade que representa.
“Eu não sou oposição, eu não tenho interesse
de ser contra o governo municipal. O que eu cobro é diálogo para que Moraes
Almeida possa receber a devida atenção da administração. Mas, nós não temos
recebido atenção. Temos o problema do colégio, em fase de acabamento, com uma
quadra poliesportiva que vem se arrastando. A comunidade viu-se obrigada a
recorrer ao Ministério Público. Na saúde, há promessa de ser reformado o posto
de saúde, mas, não saiu da promessa até agora e na questão da infraestrutura do
sistema viário, as ruas estão todas precárias, sem condições da gente trafegar.
Não faltam problemas.
Nossa solução vai ser a emancipação, que ainda vai demorar um pouco, mas, vamos
conseguir com a ajuda do Congresso, que está dando andamento na questão da lei.
Tem gente lá que acha que não vai ser bom, porque o distrito está abandonado,
mas, eu entendo que vai ser positivo, porque todos os distritos que foram
emancipados melhoraram depois de emancipados”, finalizou o vereador.
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