domingo, maio 09, 2021

Vice Governador do Amazonas Fez Graves Denúncias na CPI da Covid Sobre Mortes em Seu Estado

Artigo de Oswaldo Bezerra, no jornal O Impacto

Foi em dezembro do ano passado que o Coletivo de Advocacia e de Direitos Humanos (CADHu) e a Comissão de Direitos Humanos Don Paulo Evaristo Arns foram oficialmente informados, pelo Tribunal Penal Internacional, que os indícios de crimes contra a humanidade e de incentivo de genocídio pelo presidente Jair Messias Bolsonaro estavam sendo investigados.

Localizada em Haia na Holanda, o Tribunal Penal Internacional (TPI) tem caráter permanente. Tem competência para julgar crimes de genocídio, de guerra, contra a humanidade e crime de agressão que se refere a invasões de outro estado por um exército.

As organizações sustentam que, desde o início de seu governo, Bolsonaro incentivou violações de terras indígenas, enfraqueceu instituições de controle e fiscalização e foi omisso em responder a crimes ambientais na Amazônia.

Em janeiro de 2021, os caciques Raoni e Raul Suruí amparados por um advogado francês solicitaram ao Tribunal Penal Internacional que investigasse o presidente brasileiro por assassinato, transferência forçada e perseguição de indígenas.

O presidente também é acusado de ecossídio, onde promove a destruição do meio ambiente de forma tão intensa que prejudica a vida humana. Isso seria um crime contra a humanidade. Este tipo de investigação é a primeira do gênero a um presidente da república brasileira. Contudo, as chances de Bolsonaro ser julgado e condenado pelo Tribunal Penal Internacional é muito pequena.

Uma acusação mais grave ainda apareceu na CPI da Covid. Veio através da delação do vice-governador do Amazonas que acusou o governador do Amazonas, Wilson Lima em conluio com Jair Bolsonaro de ter feito um experimento trágico e macabro no estado.

Segundo o vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho (sem partido), os dois trabalharam juntos para provocar no estado uma infecção que chegasse a 70% da população. A ideia era que este alto número de infecção levasse o estado a obter a chamada imunização de rebanho.

A ideia do presidente e do governador era que quando estado chegasse neste nível, toda população estivesse imunizada e não precisasse mais de vacina. O governador e o presidente cometeram um grave erro, não levaram em consideração a avaliação científica, apenas tentaram colocar em prática uma ideia do chamado poder paralelo do Ministério da Saúde, coordenado por um dos filhos do presidente, segundo depoimentos na CPI.

Porque a experiência da imunização de rebanho deu errado no Amazonas? A alta infecção acabou por gerar uma alta re-infecção. Assim uma nova cepa foi gerada. Com esta nova cepa os casos fatais explodiram, com aumento de números de mortes e falta de oxigênio.

O vice-governador apresentou provas do experimento e a CPI já está as colhendo. Segundo relatos da CPI, Teich e Mandeta alertaram ao presidente que a tática da infecção de 70% não daria certo por motivos de alteração do vírus. Aconselharam que este procedimento mataria 180 mil pessoas. Na verdade, matou bem mais. Bolsonaro teria preferido seguir os conselhos do seu filho.

Em vídeos, Bolsonaro afirmava que com 70% da população infectada o Brasil seria considerado pelo mundo como país livre da pandemia. Na verdade, vários vídeos com este contexto foram feitos pelo presidente repetindo o mágico numero (70%).

Já passamos de meio milhão de mortes, isso sem contar as subnotificações. Fazer experiências com um vírus desconhecido é muito perigosos, ainda mais se sabendo que o preço seria centenas de milhares de mortos. A variante com carga viral maior foi o resultado de um experimento macabro. Esta atitude do governo federal em conluio com o governo estadual do Amazonas é uma ação que poderia ser investigada pelo TPI.

Novo livro de Oswaldo Bezerra intitulado “Contos Amazônicos Modernos” está agora disponível para Kindle na Amazon.

Com 105 anos de idade, idoso vence a Covid-19 e volta para casa em Santarém

 Um soldado da "borracha", como eram chamados os destacados para trabalhar com a extração do látex na Amazônia, o idoso Augusto Menezes, de 105 anos de idade, venceu mais uma grande batalha na vida: a Covid-19. Ele voltou para casa neste sábado (8), após receber alta médica do Hospital de Campanha de Santarém, onde esteve internado.

A neta dele, a garimpeira Patrícia Sales Lira, conta que o avó sempre foi muito saudável, não possuindo nenhuma doença pré-existente. "Todos estamos muito felizes com a volta dele para casa, mesmo com mais de 100 anos. Ele que também trabalhou como pedreiro, sempre foi muito ativo, gosta de ser produtivo. Todos estamos muito agradecidos pelo tratamento que recebeu no hospital, pois essa foi a primeira vez que ficou internado, e no início relutou bastante em ficar no hospital", disse Patrícia.

Desde que foi instalado na Escola Estadual Maria Uchoa Martins, em fevereiro deste ano, o Hospital de Campanha de Santarém curou mais de 352 pacientes até este sábado (8).

"Cabine do Amor" - Seu Augusto Menezes, que tem 11 filhos, 38 netos e 50 bisnetos e está viúvo há 16 anos, também contou com o amor e carinho para ficar curado mais rápido. Ele passou dez dias internado e, nesse período, foi um dos pacientes que pôde abraçar seus familiares na "Cabine do Amor", espaço elaborado pela unidade de saúde que permite o contato físico para pacientes com Covid-19 por meio de uma cabine revestida de plástico para que o abraço ocorra sem risco de contaminação.

Para ter acesso à "Cabine do Amor", os pacientes seguem rigorosos protocolos de segurança. Além da neta Patrícia Sales, seu Augusto abraçou os filhos Maria Eliete, Carlos Augusto e a neta Daniele Sales.

Até agora, a "Cabine" já possibilitou 46 abraços entre pacientes e pessoas da família. Para o titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Rômulo Rodovalho, o acolhimento especial aos pacientes de Covid-19 em todo o Pará é um diferencial que contribui para a cura.

"São centenas de relatos de pacientes, que mostram como tem sido importante o carinho que tem recebido nos nossos hospitais, e agradecemos a todos os nossos profissionais de saúde, que se desdobram para ir além do que prevê as prescrições do atendimento médico nas unidades", destacou.

Hospital de Campanha de Santarém

O governo estadual entregou no dia 18 de fevereiro o Hospital de Campanha de Santarém (HCS). A unidade, montada na Escola Estadual Maria Uchoa Martins, localizada no bairro Floresta, a 800 metros do Hospital Regional do Baixo Amazonas, tem 60 leitos clínicos, sete enfermarias - cada uma com sete leitos -; uma enfermaria com 16 leitos; uma sala de estabilização, com quatro leitos; posto de enfermagem; farmácia; almoxarifado; estar médico e de enfermagem; uma sala do Núcleo Interno de Regulação; necrotério; sala de paramentação; refeitório; cozinha; administrativo; vestiários femininos e masculinos; descanso equipe; faturamento; departamento pessoal; expurgo; psicossocial e resíduos.

A medida está desafogando a procura por leitos clínicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e no Hospital Regional do Baixo Amazonas, contribuindo para estabilizar o sistema de saúde da região. Mais de 300 pacientes de Covid-19 já tiveram alta médica desde a reabertura do Hospital pelo governo do Estado em parceria com a prefeitura.

Agência Pará


Enfermeiros não querem ser heróis, mas, reconhecidos

A luta contra a Covid-19 é uma das mais difíceis, mas não a única que os profissionais da enfermagem enfrentam nesse momento.

 A categoria também luta por uma jornada de trabalho mais justa e pela valorização profissional da classe, que reivindica a implantação do piso nacional para a enfermagem, e o caminho para essa conquista é a aprovação de um projeto lei que tramita no congresso nacional, mas que esbarra na falta de boa vontade de muitos parlamentares que são motivados por interesses escusos de empresários do setor da saúde.  

Para superar esses obstáculos, a categoria está mobilizada para sensibilizar os parlamentares a reconhecerem a importância dos profissionais da enfermagem.

Nessa pandemia os enfermeiros tornaram-se atores principais no cuidado dos pacientes infectados pelo coronavírus. O trabalho do enfermeiro é efetivo e ininterrupto dentro dos hospitais, pois ele é o interlocutor entre o médico e o paciente, são portanto os enfermeiros que fazem os hospitais, clínicas e postos de saúde funcionar. Por isso a classe da enfermagem é uma das maiores dentro dos serviços de saúde.

Aqui em Itaituba, por exemplo, são mais de mil enfermeiros, somente no atendimento público, mas, a remuneração desses profissionais é menos de três salários mínimo por mês, para uma jornada exaustiva, lidando com pacientes entre a vida e morte.

Apesar de todo esse protagonismo, o enfermeiro não quer ser visto pela sociedade como um herói, mas sim como um profissional que quer apenas ter os seus direitos reconhecidos.

Jornalista Weliton Lima – comentário do Focalizando, 06.05.2021

sexta-feira, maio 07, 2021

13 anos: hoje o dia é do Parentinho

José Parente de Souza Filho, conhecido como Parentinho, completa hoje 13 anos de idade. Motivo de muita felicidade para seus pais Jota Parente e Marilene Parente e para todos que o conhecem, porque sabem que se trata de uma pessoa fora de série em todos os aspectos. Parabéns Parentinho!

quinta-feira, maio 06, 2021

Rádio Rural de Santarém faz demissão em massa para mudar de rumo

Ivaldo Fonseca
A única rádio AM de Santarém (PA) demitiu mais 3 funcionários nesta quarta (5). Com isso, o “passaralho” (demissão em massa) ainda em curso na emissora católica atingiu a casa dos 2 dígitos. 
Entre os que   deixaram a Rádio Rural nesta nova leva de demitidos está Ivaldo Fonseca, referência profissional no Pará em narração esportiva. 

  Com a saída de Ivaldo, a Rural praticamente sepulta o seu setor de esporte. Agora nele só atuam colaboradores, como Cléo Neves e Miguel Pinto. 

A temporada de demissões neste ano na rádio criada pelo bispo dom Tiago Ryan há quase 57 anos começou há 17 dias com 7 demissões, conforme noticiado pelo BJ (Blog do Jeso). 

O redução em números da equipe não deve parar. Rádio operadores devem ser o próximo alvo da degola trabalhista.

Fonte: blog do Jeso

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Meu comentário: Servi à Rádio Rural por quatorze insquecíveis anos. Minha vida está ligada a essa tão importante emissora.

A Rádio Rural está mudando de rumo no que diz respeito à sua linha de programação. a informação que me chegou é que a arquidiocese decidiu dar uma guinada para que o trabalho de evangelização ocupe muito mais espaço do que ocupou até hoje.

Essa é uma reivindicação antiga, ainda dos tempos de D. Tiago Ryan. Participei de reuniões nas quais o assunto foi tratado, mas, naquele tempo não havia um projeto que viabilizisse financeiramente uma mudança radical, o que parece haver hoje.

A rádio é da arquidiocese, que tem o direito de fazer o que achar melhor.

Houve muitas demissões nas últimas semanas.

A emissora está mudando de rumo em outros aspectos, como a grande redução do espaço dedicado ao esporte. Prova disso é a saída de Ivaldo Fonseca, que está entre os melhores narradores da Amazônia nas últimas três décadas.

O jornalismo da emissora, que durante muitos anos foi muito respeitado por sua linha editarial é outro setor que deve mudar bastante. O jornalista Hélio Nogueira, que nos anos 1980 trabalhou na emissora, o qual estava morando em Brasília é o novo comandante dessa área.

Hélio pode ser considerado da tropa de choque do presidente Jair Bolsonaro, pois o defende ferrenhamente em todas as mídias sociais possíveis e imagináveis.

Qual será a nova linha editorial da Rádio Rural? Hélio tem carta branca para puxar o cordão do Bolsonaro nos noticiosos da emissora? Só esperando.

A roda gira, a fila anda, e gente tem que se acostumar com as mudanças. Acostumar não é a mesma coisa de concordar.

Bate uma saudade dos tempos em que, mesmo depois da chegada da televisão, havia horários em que o som da Rádio Rural ecoava pela cidade, sem contar a imensa audiência no interior. Saudades, de um senhor de idade, que teve a satisfação de fazer parte de uma época de ouro da antiga Rádio Educadora.

Boa sorte no novo caminho, Rádio Rural.



Fonte: blog do |Jeso

25 Mortes no Rio: Castro lamenta 'vidas perdidas' em operação no Jacarezinho, mas diz que ação foi pautada em 'trabalho de inteligência'

Em nota divulgada na noite desta quinta-feira, o governador do Rio, Cláudio Castro, lamentou as 25 mortes decorrentes da operação da Polícia Civil no Jacarezinho. De acordo com o comunicado, "a ação foi pautada e orientada por um longo e detalhado trabalho de inteligência e investigação, que demorou dez meses para ser concluído". Como O GLOBO publicou hoje, a ação pode ser considerada a mais letal da História do estado do Rio. Um agente morreu no confronto.

Castro disse ser "lastimável que um território tão vasto seja dominado por uma facção criminosa que usa armas de guerra". O Palácio Guanabara reforçou que os locais em que foram registrados confrontos e mortes já passaram por perícia.

Mais cedo, o Ministério Público do Estado do Rio Janeiro (MPRJ) afirmou que "desde o conhecimento das primeiras notícias referentes à realização da operação que vitimou 24 civis e um policial civil, vem adotando todas as medidas para a verificação dos fundamentos e circunstâncias que envolvem a operação e mortes decorrentes da intervenção policial, de modo a permitir a abertura de investigação independente para apuração dos fatos, com a adoção das medidas de responsabilização aplicáveis".

O órgão disse ainda que o canal de atendimento de seu plantão recebeu, na tarde desta quinta-feira, notícias "sobre a ocorrência de abusos relacionados à operação em tela, que serão investigadas". Acrescentou que, ao saber dos fatos pela imprensa e pelas redes sociais, começou a atuação da Coordenação de Segurança Pública, do Grupo Temático Temporário e da Promotoria de Investigação Penal.

Já a presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Municipal, a vereadora Teresa Bergher (Cidadania) afirmou, em nota, que também vai acompanhar e cobrar explicações dos setores de segurança pública do estado sobre a operação policial que resultou em 25 mortes. Ela afirmou que é preciso "cobrar da polícia um mínimo de inteligência, para evitar novos banhos de sangue, que não resolvem absolutamente nada".

Fonte: O Globo

Detran firma convênio para a sinalização viária de oito municípios, incluindo Itaituba

 Neste primeiro momento, os serviços serão realizados em Uruará, Igarapé-Miri, Moju, Itaituba, Xinguara, Ulianópolis, Mojuí dos Campos e Mocajuba

O Departamento de Trânsito do Estado (Detran) celebrou convênio com oito prefeituras para implantação do sistema de sinalização viária. Neste primeiro momento, serão sinalizados os municípios de Uruará, Igarapé-Miri, Moju, Itaituba, Xinguara, Ulianópolis, Mojuí dos Campos e Mocajuba. Nessas cidades, o Detran, em parceria com os órgãos municipais de trânsito, vai realizar sinalização gráfica horizontal e vertical.

A ação integra o projeto Sinalização Viária Por Todo o Pará, coordenado pelo Detran e que tem a finalidade de ordenar o trânsito com a implantação de sinalização, proporcionando mais segurança viária.

Desde o início do ano, o órgão estadual vem dialogando com diversas prefeituras sobre a necessidade de estruturar o trânsito dos municípios, em especial, nas cidades com grande movimentação urbana e que ainda não conseguiram implantar sinalização. O projeto busca organizar as principais vias dos municípios com sinalização que permita o trânsito seguro de pedestres, veículos e ciclistas.

"A sinalização no trânsito existe para orientar e informar condutores e pedestres sobre as condições de uso das vias públicas. Nosso objetivo é reduzir significativamente os acidentes e conscientizar a população sobre a preservação da vida", explica o diretor técnico-operacional do Detran, José Bento Gouveia.

As obras iniciam logo após a análise do Plano de Trabalho de cada prefeitura e devem ser executadas até 2022.