domingo, julho 05, 2020

Organizadas do Flamengo se manifestam contra cobrança em transmissão

Organizadas do Flamengo se manifestam contra cobrança em transmissão

Istoé - Os torcedores do Flamengo não aprovaram a decisão da diretoria em cobrar R$ 10 para os não-sócios para a exibição da partida contra o Volta Redonda, neste domingo, às 16h (de Brasília), pela semifinal da Taça Rio. Após a sede da Gávea amanhecer neste sábado com o muro pichado, foi a vez das organizadas se manifestarem nas redes sociais contra a cobrança.

Em nota assinada pelas torcidas organizadas Raça Rubro-Negra, Fla Manguaça, Império Rubro-Negro e Nação 12, foram questionadas as recentes atitudes da diretoria do clube em defender os interesses somente dos sócios e a tentativa de restringir os torcedores populares de assistirem aos jogos. As organizadas ressaltaram que o Flamengo é o “clube do povo” e cobraram mais respeito.

– Os atuais gestores apunhalam pelas costas seus próprios torcedores. Não discutiremos a necessidade ou não de cobrança, mas o momento em que foi feita. De acordo com nosso entendimento, limitar, restringir e condicionar são atitudes arriscadas quando se fala de Flamengo, afinal, somos o clube de todos. Assim, os que estão no poder têm a obrigação de tornar democrático o acesso às atividades do clube; jamais se posicionar como se nossa torcida se resumisse a sócio-torcedores, número inexpressivo quando comparado aos 40 milhões – diz um trecho da nota.

O Flamengo enfrenta o Volta Redonda, neste domingo, às 16h, no Maracanã, pela semifinal da Taça Rio. Vale lembrar que em caso de conquista do turno, o Rubro-Negro conquista o título carioca, já que venceu a Taça Guanabara e foi o primeiro colocado na classificação geral. O jogo terá transmissão através da plataforma MyCujoo, mediante ao pagamento de R$ 10 (para não sócios-torcedores).

João Doria incentivou policiais militares ao confronto, diz ex-corregedor

Coronel Marcelino Fernandes, ex-corregedor da Polícia Militar de São Paulo - 17.mai.2018 - Eduardo Anizelli/Folhapress

Em meio à série de denúncias de casos de violência policial nas últimas semanas, cresceu também nos últimos meses o número de pessoas mortas por policiais militares no estado. 

Para o coronel Marcelino Fernandes, que chefiou até fevereiro deste ano a Corregedoria da corporação — órgão responsável por investigar possíveis irregularidades de policiais militares —, a situação é fruto direto de ações e de discursos do governador João Doria (PSDB). 

Doria foi eleito governador de São Paulo nas eleições de 2018 afirmando que, durante sua gestão, a polícia iria "atirar para matar". 

No dia em que foi eleito, prometeu "os melhores advogados" aos policiais que matam no estado. Depois, elogiou ação da polícia com 11 suspeitos mortos e afirmou que a redução da letalidade policial seria algo que poderia acontecer, mas sem obrigatoriedade. 

A política de segurança do governador causou alta na letalidade policial.

Fonte: UOL Notícias

Esperando pelo novo normal

Nesses tempos de pandemia, em que a vida virou de cabeça pra baixo, a gente precisa prestar atenção nas mudanças de comportamento que todos sofremos em função das alterações bruscas do nosso dia a dia.

Assiste-se à partida de conhecidos e de amigos próximos, quando não, sofre-se com a morte de parentes, experiências ambas pelas quais tive o dissabor de passar.

De quebra, temos vivido uma crise política que poderia não existir se todo o país seguisse uma diretriz central a partir de Brasília, que norteasse o combate ao coronavírus.

Nos últimos dias houve um arrefecimento dessa guerra estúpida, na qual jamais poderá haver um vencedor, guerra em que a ignorância e a teimosia tomaram o lugar do bom senso.

Temos acompanhado tudo isso de casa, estarrecidos com a falta de capacidade gerencial do presidente Jair Bolsonaro, de um lado, e as trapalhadas de alguns governadores, de outro lado. Trapalhadas essas com cheiro de forte de malversação do dinheiro público, que também atende pelo nome de corrupção.

Nem mesmo diante de uma situação de calamidade pública, os governadores do Pará e do Amazonas tiveram o zelo que se exige de um agente público de primeiro escalão, ordenador de despesas. Helder Barbalho e Wilson Lima meteram o pé na jaca.

Quanto ao presidente da República, pode-se dizer o que quiser sobre o seu atabalhoamento enquanto mandatário máximo da nação, o que é patente, todavia, ninguém levanta nenhuma suspeita sobre a correção dos atos do governo federal na administração dos recursos públicos.

Como eleitor de Helder, em quem votei no primeiro e no segundo turnos, fiquei muito decepcionado com o envolvimento do governo do Estado em acusações pesadas, que vão de comprar de empresas não habilitadas para fazer negócios em determinados volumes, à aquisição de respiradores por preços superfaturados.

Esforcei-me bastante para tentar conseguir entender, porque o governo Estado do Pará alugou algumas ambulâncias por mais de R$ 8 milhões, por um período curto, se com esse dinheiro daria para comprar uma carrada de ambulâncias de primeira linha, devidamente equipadas.

E o secretário licenciado de Saúde do Estado, Alberto Beltrame? Atolado até o pescoço nas acusações sobre a aquisição de respiradores e garrafas peti, vou ficar esperando que ele consiga comprovar sua inocência que jurou defender, afirmando que sua honra é o que ele tem de mais sagrado. Só provando, porque ficou difícil de acreditar.

O conterrâneo Wilson Lima é outro que tem muita coisa para explicar. São diversas as acusações contra ele, que trocou seu secretário de saúde, um infectologista respeitado, por uma ex-secretária de Saúde de Indaiatuba, SP, a qual já respondia a alguns processos por causa de coisas erradas que fez lá, e que foi presa por conta de compras mal feitas para combater a Covid-19, em Manaus.

O MPF e a Polícia Federal trabalham no levantamento de irregularidades no uso do dinheiro público em doze estados brasileiros, quase a metade das unidades da federação. Isso quer dizer que em no país ainda é grande o número de eleitos que estão de olho apenas no cofre. A corrupção continua sendo endêmica e de difícil combate.

Assisto a tudo, confinado, esperando passar o pior da pandemia. Vejo o meu Brasil brasileiro com pouca ou quase nenhuma mudança, patinando, hora na corrupção, hora na incompetência, ou nas duas.

Espero a volta do novo normal para ver como vamos fazer para sair do atoleiro da economia em que a pandemia nos meteu. Vai ser um trabalho árduo, que exigirá esforço de todos.

Jota Parente

quinta-feira, julho 02, 2020

'Todos temem ser o próximo Facebook', diz ativista por trás de boicote à rede social

Jessica González, da organização Free Press, é uma das ativistas por trás do boicote ao Facebook Foto: Divulgação

Para Jessica González, codiretora executiva da organização Free Press, movimento está 'causando muita dor de cabeça' para Mark Zuckerberg

RIO — Descendente de mexicanos nascida nos EUA, Jessica González sempre atuou na defesa de minorias, sobretudo os hispânicos. À frente da Free Press, ela lidera, ao lado de outras organizações como a Anti-Defamation League e a Color of Change, a campanha #StopHateforProfit, que fez o Facebook sofrer um tombo de 8% no mercado de ações na sexta-feira por ter falhado em combater o ódio na rede social.

Qual o principal propósito de pedir às empresas que parem de anunciar no Facebook?

O principal é obter reformas amplas no Facebook, a fim de parar a livre circulação do ódio na plataforma.

O alvo é só o Facebook ou outras mídias sociais também?

Nessa campanha específica, a #StopHateforProfit, decidimos focar no Facebook. Mark Zuckerberg sempre foi teimoso em relação a reformas. Mas estamos vendo um efeito cascata no mundo tech, porque todos temem ser o próximo Facebook e o próximo alvo da campanha.

Nos últimos dias, vimos o Twitch, que pertence à Amazon, tirar temporariamente do ar o presidente dos EUA por violação da política de conduta odiosa. E vimos uma mudança completa nas políticas do Reddit. Vimos o YouTube derrubar vários supremacistas brancos que há anos pedíamos que fossem tirados do ar. 

Então, ainda que nosso alvo neste momento seja o Facebook, estamos vendo os impactos disso. Vários anunciantes suspenderam os anúncios em todas as redes sociais, outros no Facebook e no Twitter, as duas principais plataformas.

O Facebook foi avisado antes da campanha?

Nossas organizações vêm se reunindo com o Facebook há anos. Muitos de nossos parceiros falaram diretamente com Zuckerberg. Tenho contato com funcionários do Facebook ao menos uma vez por semana. Acho que eles apenas adotaram uma estratégia de apaziguamento. Tomam uma atitude simbólica para que nos afastemos. Mas não aplicam nenhuma das políticas que estão nos manuais.

Com esse boicote, Zuckerberg ouvirá o apelo?

Eu acho que ele está ouvindo. Se fará alguma coisa, é outra questão. Eles estão tomando conhecimento das reportagens na mídia, eles têm uma estratégia de relações públicas com os anunciantes, que continuam a cair. Isso está causando muita dor de cabeça a Zuckerberg e suscitando questionamentos de seus colegas e do Conselho de Administração.

Ele já anunciou mudanças. A resposta foi suficiente?

Insuficiente. O Facebook já tinha algumas dessas políticas, mas não eram aplicadas corretamente. Estou contente que ele proteja imigrantes. Essa é uma tática de Trump e dos comitês que o apoiam: promover conteúdo anti-imigração, antinegros e islamofóbico no Facebook. Mas continuaremos a campanha até que o Facebook faça algo significativo.

Como vocês se articularam com as empresas?

A estratégia foi desde o contato direto com as empresas à pressão pelas redes.

Quando a Unilever aderiu, o boicote ganhou força. Foi um momento de virada?

Acho que a Unilever foi um marco, e estamos conseguindo o apoio de outras grandes, como Target, Coca-Cola e Verizon.

A senhora acha que a campanha pode causar um prejuízo sério à receita do Facebook?

Acho que mostramos que podemos mobilizar anunciantes contra o ódio. Deixamos uma marca no Facebook. Eles perderam US$ 56 bilhões no mercado de ações semana passada. Continuarão a ganhar dinheiro? Sim. Vão esquecer o dia em que seus papéis caíram 8% e Zuckerberg perdeu US$ 15 bilhões de sua fortuna pessoal? Não.

quarta-feira, julho 01, 2020

Beltrame afasta-se da Secretaria de Saúde do Estado

Bruno Cecim / Agência Pará

O governador do estado Helder Barbalho anunciou, nesta quarta-feira, 1, que o secretário de estado de Saúde Pública, Alberto Beltrame, se licenciou do cargo. 

Assumirá a pasta o delegado da Polícia Federal Rômulo Rodovale. Em nota oficial divulgada pelo governo, Beltrame informou que, além de se licenciar do governo, renunciou à presidência do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

"Tomei esta decisão para poder cuidar de minha saúde e me dedicar à defesa do meu maior patrimônio: a minha honra e dignidade. 

Durante a pandemia, em nome do Conass,  apelei diversas vezes ao Ministério da Saúde para que assumisse sua função de centralizar, comprar  e distribuir equipamentos, insumos e medicamentos para salvar vidas durante a pandemia", afirma Beltrame.

Ainda segundo o ex-secretário, o governo federal deixou de fazer a sua parte no combate à pandemia. "Recebemos  promessas de que leitos de UTI, equipamentos de proteção individual e medicamentos seriam comprados pelo Ministério e entregues ao estados e municípios. 

Estes compromissos não foram cumpridos e ficamos sós. Secretários, governadores e prefeitos, sem alternativa, diante de hospitais lotados e de mortes diárias, foram jogados num cassino internacional, com mercado aviltado, preços exorbitantes, num verdadeiro leilão de bens para a saúde", assegura. 

Para ele, o Ministério da Saúde deixou de cumprir seu papel essencial numa emergência em saúde pública: coordenar as ações, orientar o isolamento social e também o de utilizar seu poder de compra para gerar economia de escala aos cofres públicos e normalizar e regular preços. ( O Liberal)

As 14 recessões dos últimos 150 anos - e por que a do coronavírus deve ser a 4ª pior

Segundo Banco Mundial, recessão causada por novo coronavírus deve ser a quarta pior dos últimos 150 anos - Getty Images

Nos últimos 150 anos, o mundo sofreu 14 recessões — e a causada pelo novo coronavírus deve ser a quarta pior, prevê o Banco Mundial. 

Segundo a instituição, a turbulência econômica decorrente da pandemia da covid-19 só seria superada pelas crises ocorridas no início da 1ª Guerra Mundial, em 1914, na Grande Depressão, em 1930-32, e após a desmobilização de tropas após a 2ª Guerra Mundial, em 1945-46.id=copiaecola.

O Banco Mundial prevê que o PIB per capita global encolha 6,2% neste ano, mais do que o dobro do registrado na crise financeira de 2008. 

De acordo com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), o Brasil entrou em recessão no 1º trimestre de 2020, encerrando um ciclo de fraco crescimento de três anos (2017-2019). 

A expectativa é que a recessão atual seja curta, mas com intensidade recorde.

O Banco Mundial prevê que o PIB per capita global encolha 6,2% neste ano, mais do que o dobro do registrado na crise financeira de 2008. 

De acordo com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), o Brasil entrou em recessão no 1º trimestre de 2020, encerrando um ciclo de fraco crescimento de três anos (2017-2019). 

Mas em que anos — e por que — a economia do mundo contraiu 14 vezes? Confira a lista completa abaixo, em ordem cronológica, e entenda cada uma delas.

1) 1876 (queda de 2,1%) A recessão de 1876 decorreu do chamado "Pânico de 1873", uma grave crise financeira que desencadeou uma depressão na Europa e América do Norte e que durou até 1879. 

Suas causas são variadas, mas têm a ver, entre outros fatores, com a inflação americana, investimentos especulativos desenfreados (predominantemente em ferrovias), a desmonetização da prata na Alemanha e nos Estados Unidos e a Guerra Franco-Prussiana (1870 a 1871).

2) 1885 (queda de 0,02%) A contração da economia global em 1885 está diretamente ligada à recessão americana que durou de 1882 a 1885. Com 38 meses de duração, foi a terceira maior recessão dos Estados Unidos, depois apenas da Grande Depressão de 1929 e da Grande Depressão de 1873. 

Em maio de 1884, o colapso de uma corretora, a Grant and Ward, provocou uma quebra generalizada no mercado de ações do país, afetando fortemente a economia americana. 

3) 1893 (queda de 0,8%) O Pânico de 1893 foi uma grave depressão econômica nos Estados Unidos, que começou em 1893 e terminou em 1897, afetando profundamente todos os setores da economia e desencadeando revoltas políticas. 

Pela primeira vez, o nível de desemprego nos EUA superou 10% por mais de meia década. Vale lembrar que o período que durou de 1873 até 1879 ou 1896 (dependendo da métrica usada) foi apelidado na época de "Grande Depressão" e manteve esse nome até a Grande Depressão de 1930. 

Atingiu particularmente a Europa e os Estados Unidos. 

Embora tenha sido um período de contração econômica e deflação generalizada, não foi tão severa quanto a turbulência financeira de 1930.1908 (queda de 3%) O "Pânico de 1907" foi a primeira crise financeira mundial do século 20, apenas superada em gravidade pela Grande Depressão de 1930. 

Essa recessão trouxe um legado importante, pois estimulou o movimento de reforma monetária que levou ao estabelecimento do Federal Reserve, o banco central americano. 

Economistas argumentam que as lições do Pânico de 1907 mudaram a maneira como os banqueiros de Nova York percebiam a importância de um banco central porque o pânico se instalou principalmente entre empresas fiduciárias, instituições que competiam com os bancos por depósitos.

5) 1914 (queda de 6,7%) A recessão de 1914 coincide com o início da 1ª Guerra Mundial. Economistas dizem que essa contração, apesar de grave, acabou ofuscada e esquecida por outra crise, a diplomática, que provocou o primeiro conflito a nível global da história. 

À medida que o confronto se tornava cada vez mais iminente, o temor nos mercados globais desencadeou um enorme pânico financeiro. 

Os investidores, temendo que suas dívidas não fossem pagas, retiraram ações e títulos em uma corrida por dinheiro, o que, naquela altura, significou uma corrida por ouro.

A Bolsa de Valores de Londres reagiu, fechando em 31 de julho e permanecendo assim por cinco meses. Já a bolsa de valores dos EUA também fechou no mesmo dia e manteve-se inoperante por quatro meses. 

Mais de 50 países experimentaram alguma forma de esgotamento de ativos ou execução bancária. Segundo Richard Roberts, professor de História Contemporânea na Universidade King's College em Londres, "durante seis semanas, durante agosto e início de setembro, todas as bolsas de valores do mundo foram fechadas, com exceção da Nova Zelândia, Tóquio e da Bolsa de Mineração de Denver, Colorado".

Brasil tem 1.057 mortes por coronavírus em 24 horas, mostra consórcio de veículos de imprensa; são 60.713 no total