Entra
presidente, sai presidente, e nada de
a
Associação Empresarial de Itaituba conseguir sensibilizar os
empresários locais,
cuja maioria só acerta o caminho dessa e de outras entidades de
classe pela dor, quando acontece algum problema que afeta o bolso.
Eu
sou testemunha do esforço que tem
feito
os presidentes da ASEI, desde
Adércio Sobrinho, passando por
João Conceição Dias, Patrick Souza, Fabrício Schuber, e agora,
Irma Barasuol.
Todo
presidente que assume, tem como uma das metas, motivar os empresários
a se filiarem,
o que é óbvio, porque unidos eles serão muito mais fortes, como
ocorre em outros municípios. E não precisa ir longe, não. Basta
olhar ali
para Santarém, onde desde os anos 1970 a Associação Comercial tem
um peso muito grande. Nada de relevante acontece naquele
município
sem que a Associação Comercial seja ouvida.
Para
que a entidade de classe da maior cidade do Oeste do Estado tenha
esse peso, há a compreensão do empresariado de que é preciso
valorizá-la.
E não se trata de uma valorização da boca para fora, passa
pela disposição
de ser filiado e cumprir com suas obrigações, incluindo as
pecuniárias. Assim a coisa funciona e quando a Associação
Comercial de Santarém levanta a voz, ela é imediatamente ouvida.
Quando
o Sindicato dos Comerciários do Pará instalou-se em Itaituba e
começou a agir, colocando em polvorosa quase todos os comerciantes,
por conta de exigir que fossem cumpridas algumas exigências
relativas aos empregados, algumas cabidas, outras nem
tanto,
foi um Deus nos acuda. Um monte de gente procurou as entidades de
classe dos empresários. Muitos deles nem eram associados, e só quem
faz parte de qualquer associação ou sindicado pode ser amparado.
Semana
passada foi realizada uma reunião no auditório da ASEI, com o
objetivo de lançar a campanha: Quem
ama Itaituba, compra aqui.
Foi convidado um grande número de empresários, todavia, pouco mais
de 50 compareceram. Assim fica difícil, pois, trata-se de uma
campanha com o objetivo de motivar o aumento da venda nas lojas do
comércio de Itaituba.
Felizmente,
ainda
tem quem acredite.
O
egocentrismo da maioria, que continua olhando apenas para o próprio
umbigo, prejudica a economia formal do município. Se houvesse união,
muitos problemas poderiam ser resolvidos pelas entidades de classe, e
todos seriam beneficiados.
Entidades
de classe fortes, são ouvidas e respeitadas, mas, entidades fracas
têm pouca força.
É
possível fortalecer as entidades de Itaituba, desde que mude o
pensamento que tem dominado grande parte dos comerciantes locais,
desde sempre. Todos terão a ganhar, inclusive, o município como um
todo.
Jota
Parente