Na hora do ataque, por volta das 2h de domingo, o cargueiro "Grande Francia" estava aguardando a liberação para acessar o cais. Ao menos quatro homens armados se aproximaram do navio em uma embarcação semelhante a uma lancha. A polícia suspeita que eles usaram uma corda com gancho para subir até o convés, onde renderam alguns funcionários.
Ao notar a invasão, o comandante determinou que toda a tripulação se trancasse no passadiço, a sala destinada ao controle da embarcação, e em outros compartimentos seguros. Pelo rádio, o comandante avisou as autoridades brasileiras. A chegada dos policiais foi atrasada pelas condições climáticas.
A principal suspeita é que os piratas tenham colocado a droga nos contêineres e fugido depois de duas horas pelas mesmas cordas que usaram pra invadir o navio. Terminada a ação, policiais encontraram dois contêineres abertos e revirados. A droga estava em outros dois compartimentos de transporte, que estavam fechados.
O "Grande Francia" faz escalas rotineiras em portos da América Latina, Europa e África. Segundo o Porto de Santos, ele movimenta cerca de 200 toneladas, entre embarques e desembarques por ano.
REFORÇO NO POLICIAMENTO POR MAR
Em julho, a Marinha anunciu que pretende implantar o projeto-piloto do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul, que prevê a ampliação da vigilância em toda a área marítima do país, com satélites e radares, para combate a crimes ambientais e de tráfico de drogas. O primeiro local que deve receber o sistema é a Baía de Guanabara, que até o fim do ano terá monitoramento especial. A área, que tem sido usada por criminosos como rota para transportar armas e drogas, foi estabelecida como prioridade.
Segundo a Marinha, o sistema atuará de forma integrada com as forças de segurança. As ações também preveem um controle maior sobre as embarcações que acessam marinas, clubes e colônias de pescadores. O projeto ainda está em fase de desenvolvimento, mas a instalação da rede de sensores e o início da operação devem ocorrer até o final de dezembro. As próximas etapas, informou a Marinha, “serão planejadas de acordo com sua a realidade orçamentária”.
Fonte: Jornal Extra
Fonte: Jornal Extra
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