segunda-feira, agosto 13, 2018

Comerciantes precisam prestigiar suas entidades de classe


Entra presidente, sai presidente, e nada de a Associação Empresarial de Itaituba conseguir sensibilizar os empresários locais, cuja maioria só acerta o caminho dessa e de outras entidades de classe pela dor, quando acontece algum problema que afeta o bolso.
Eu sou testemunha do esforço que tem feito os presidentes da ASEI, desde Adércio Sobrinho, passando por João Conceição Dias, Patrick Souza, Fabrício Schuber, e agora, Irma Barasuol.
Todo presidente que assume, tem como uma das metas, motivar os empresários a se filiarem, o que é óbvio, porque unidos eles serão muito mais fortes, como ocorre em outros municípios. E não precisa ir longe, não. Basta olhar ali para Santarém, onde desde os anos 1970 a Associação Comercial tem um peso muito grande. Nada de relevante acontece naquele município sem que a Associação Comercial seja ouvida.
Para que a entidade de classe da maior cidade do Oeste do Estado tenha esse peso, há a compreensão do empresariado de que é preciso valorizá-la. E não se trata de uma valorização da boca para fora, passa pela disposição de ser filiado e cumprir com suas obrigações, incluindo as pecuniárias. Assim a coisa funciona e quando a Associação Comercial de Santarém levanta a voz, ela é imediatamente ouvida.
Quando o Sindicato dos Comerciários do Pará instalou-se em Itaituba e começou a agir, colocando em polvorosa quase todos os comerciantes, por conta de exigir que fossem cumpridas algumas exigências relativas aos empregados, algumas cabidas, outras nem tanto, foi um Deus nos acuda. Um monte de gente procurou as entidades de classe dos empresários. Muitos deles nem eram associados, e só quem faz parte de qualquer associação ou sindicado pode ser amparado.
Semana passada foi realizada uma reunião no auditório da ASEI, com o objetivo de lançar a campanha: Quem ama Itaituba, compra aqui. Foi convidado um grande número de empresários, todavia, pouco mais de 50 compareceram. Assim fica difícil, pois, trata-se de uma campanha com o objetivo de motivar o aumento da venda nas lojas do comércio de Itaituba.
Felizmente, ainda tem quem acredite.
O egocentrismo da maioria, que continua olhando apenas para o próprio umbigo, prejudica a economia formal do município. Se houvesse união, muitos problemas poderiam ser resolvidos pelas entidades de classe, e todos seriam beneficiados.
Entidades de classe fortes, são ouvidas e respeitadas, mas, entidades fracas têm pouca força.
É possível fortalecer as entidades de Itaituba, desde que mude o pensamento que tem dominado grande parte dos comerciantes locais, desde sempre. Todos terão a ganhar, inclusive, o município como um todo.
Jota Parente

Nenhum comentário:

Postar um comentário