terça-feira, outubro 19, 2010

Hilton voltou

O vereador e deputado estadual recém eleito, Hilton Aguiar, voltou a particilpar das sessões da Câmara Municipal, hoje.

Foi a primeira, desde que foi eleito deputado.

Ele fez um longo discurso, durante o qual agradeu a todos que contribuiram para sua vitória.

Os maiores elogios foram para o vereador Cebola, que foi o único a apoiá-lo.

domingo, outubro 17, 2010

Jatene tem 18 pontos sobre Ana Júlia

Governador - Tucano ganha em todos os segmentos de renda. Ana Júlia, na faixa de até 1 mínimo.


O candidato Simão Jatene (PSDB) lidera com folga o segundo turno da corrida pelo governo do Pará. De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope, encomendada pela TV Liberal — a primeira desde a eleição de 3 de outubro —, o ex-governador atingiu 60% dos votos válidos (que excluem brancos, nulos e indecisos), enquanto sua adversária, a atual governadora Ana Júlia Carepa (PT), aparece com 40% das intenções de voto.

Levando-se em consideração brancos, nulos e indecisos, Jatene também aparece na frente, com 54% da preferência do eleitorado, enquanto Ana Júlia totaliza 36%. Os votos nulos representam 5% e indecisos e brancos, 5%.


A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 15 de outubro, com 812 eleitores, em 40 municípios, e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) sob o número 18823/2010 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a inscrição 35857/2010. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.


No último levantamento realizado pelo Ibope antes do primeiro turno — entre 29 de setembro e 1º de outubro —, Simão Jatene aparecia com 47% das intenções de voto e Ana Júlia, com 28%. De lá para cá — quando se levam em conta brancos, nulos e indecisos —, o tucano cresceu 7 pontos percentuais, enquanto a candidata petista subiu 8 pontos.

Fonte: Jornal O Liberal

sábado, outubro 16, 2010

Jornal do Comércio estás circulando

A edição 112 do Jornal do Comércio está nas ruas. Eis alguns dos destaques:

01 -  Prefeito Valmir Climaco considera que foi bem avaliado pelo resultado do primeiro turno

02 - Francisco Trentino fala da necessidade dos garimpeiros se regularizarem

03 - Na Câmara, Altevi disse que abate de boi em Itaituba virou monopólio

04 - Censo: população de Itaituba pode encolher

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Abaixo, alguns das matérias e colunas que foram publicados nesta edição.

Informe JC, 112ª edição do Jornal do Comércio

Censo preocupa

Até quarta-feira passada, 13/10, os números do IBGE, relativos ao censo 2010 em Itaituba, eram preocupantes. Tinham sido completados 70% dos trabalhos, e a contagem não tinha chegado aos 90 mil habitantes em todo o município. Os dados exatos daquele dia eram 89.377 pessoas. Faltando apenas 30% da população para serem recenseados, Itaituba corre o sério risco de ter sua população diminuída, em relação à estimativa do próprio IBGE, que foi de 127.848 habitantes para 2009.

Péssimo
Se acontecer a queda do número de habitantes, dependendo de quantas pessoas a menos haverá no município, isso será péssimo para Itaituba, que correrá o sério risco de sofrer redução de repasses federais, sobretudo do FPM, pois cada município recebe de acordo com o número de habitantes que tem. E depois de concluído o censo pelo IBGE, não vai adiantar reclamar, pois o que vale é o que o órgão informa para o governo.

Depois, não adianta chorar
O choro é livre, mas, não vai resolver coisa alguma. Se existe algum lugar que não foi ou não será visitado, a reclamação tem ser feita agora, enquanto os trabalhos de campo estão acontecendo, até o dia 31 de outubro. O IBGE garante que ninguém deixará de ser contado. Mas, é bom as autoridades municipais se preocuparam com a possibilidade de algum lugar deixar de ser visitado. Não por má fé desse ou daquele recenseador, mas, por causas das distâncias monumentais deste município.

Monopólio
O empresário e pecuarista João Altevi do Prado, usou a tribuna da Câmara Municipal, quarta-feira, para denunciar o que chama de monopólio do abate de gado que está acontecendo em Itaituba, praticado pelo Frigorífico Vale do Tapajós (FRIVATA). Ele disse que está com seu frigorífico em condições de entrar em atividade, restando apenas a boa vontade das autoridades para que isso aconteça. Um Termo de Ajustamento de Conduta estava pronto para ser assinado, por iniciativa do Ministério Público, quando a assinatura foi adiada. Os motivos ele disse desconhecer.

Proposta de compra
Altevi disse que tem sido seguidamente assediado por pessoas ligadas ao FRIVATA para vender seu frigorífico. Afirmou na tribuna, e ao Jornal do Comércio em particular, que estranhou ser procurado, por duas vezes, pelo veterinário Delano Mourão, que embora seja o responsável pela Vigilância Sanitária da Prefeitura, presta serviço ao FRIVATA. Por duas vezes, disse Altevi do Prado, Delano pediu que ele desse o preço, que seu frigorífico seria comprado.

Vereadores compram a briga
Os sete vereadores presentes à sessão (Cebola, Eva Gomes, Peninha, César Aguiar, Manuel Dentista, Dico e Dadinho) solidarizaram-se com Altevi, manifestando-se contrários a qualquer tipo de monopólio. Ficaram de acompanhar o pecuarista até o Ministério Público, para tratar do assunto.

Horários inconvenientes
Outra denúncia feita pelo pecuarista na Câmara diz respeito ao horário de entrega de carne nos açougues pelo único frigorífico autorizado a funcionar. Ele disse que tem açougue que recebe o produto depois de onze da manhã, horário totalmente incompatível com esse tipo de comércio, pois as pessoas costumam comprar carne de manhã cedo. Denunciou ainda, que um dono de açougue que reclamou desse horário inconveniente, ficou de castigo por uma semana sem receber carne.

Só 25% por cento
Quando Altevi terminou de falar, os vereadores se pronunciaram. César Aguiar disse, que pelas informações de que dispõe, o sócio majoritário do FRIVATA é do Estado de Mato Grosso, sendo esse um frigorífico de Matupá, detendo 75% do empreendimento. Os outros 25% são do empresário Tatá, de Itaituba. Segundo o vereador, esse fato de ser uma empresa de fora a detentora da maior parte do frigorífico citado só faz piorar a situação referente ao monopólio, que não deveria ser tolerado se fosse praticado por alguém do município, que dirá, por gente de fora.

Não pode
Sem citar o nome de Delano Mourão, o vereador Peninha disse que é inconcebível que alguém que é empregado da Prefeitura Itaituba, na área da fiscalização da saúde animal, assine como veterinário de um frigorífico, no caso, o FRIVATA.

* As novas lideranças que emergem das urnas

Dois candidatos saíram fortalecidos das urnas nas eleições do dia 3 de outubro. Hilton Aguiar, que finalmente conseguiu se eleger deputado estadual e Dudimar Paxiúba, que mais uma vez repetiu uma boa votação para deputado federal.



Dudimar aguarda, agora, a decisão do segundo turno. Se o candidato Simão Jatene confirmar a vantagem que teve no primeiro turno para o governo do estado, Dudimar deve se tornar o primeiro deputado federal eleito por Itaituba. O acordo nesse sentido já foi sacramentado no ultimo encontro que o representante do PSDB de Itaituba teve em Belém com o candidato Simão Jatene.


O acordo inclui a nomeação do primeiro suplente Andre Dias para a chefia da Casa Civil do governo e a ida do deputado federal reeleito Nilson Pinto para a SEDUC. Com essas mexidas, Dudimar Paxiúba, como segundo suplente, seria chamado para a Câmara Federal.


É claro que essa engenharia política ainda depende das urnas, mas o caminho está traçado. Agora, é aguardar pra ver. Já o vereador e agora deputado estadual eleito Hilton Aguiar ainda precisa resolver sua situação com a Justiça Eleitoral, mas tanto ele quanto Dudimar Paxiúba surgem como novas lideranças políticas para 2012.


Isso, claro, já está causando incomodo para muita gente que não contava com esse desempenho extraordinário de Dudimar Paxiúba e do Hilton Aguiar que mesmo com a ressalva de sua votação ter sido maior fora de Itaituba. Mesmo assim foi eleito como candidato de Itaituba e se conseguir escapar da Justiça, terá o direito legitimo de representar o município.


Já na disputa particular travada pelo ex-prefeito Roselito Soares e o atual Valmir Climaco, não houve vencedor, aliás, os dois saíram derrotados. Valmir, mesmo com toda a força da maquina administrativa do município não conseguiu eleger o seu vice Edir Pires, reflexo talvez desse início tumultuado de sua administração. Já Roselito Soares com a pecha de ficha suja, além de não conseguir os votos que precisava para continuar sonhando com uma eleição, ainda tirou a possibilidade de o município eleger mais um representante na assembléia legislativa do estado. A atitude do ex-prefeito de querer marcar a sua presença no processo eleitoral, mesmo estando impedido pela Justiça Eleitoral foi mais uma das muitas decisões atrapalhadas na sua curta carreira política e mesmo que venha a ser absolvido pelo Supremo Tribunal Federal, Roselito, com certeza, deverá ser cobrado futuramente, por pensar apenas no projeto pessoal de poder.


As urnas deixaram lições claras com os resultados da votação. Uma delas é que o prefeito Valmir Climaco ainda precisa mostrar muito mais trabalho para conquistar uma fatia maior do eleitorado itaitubense se quiser pensar num segundo mandato. Outra lição é de que humildade deve ser a principal aliada de um político. E o exemplo mais claro disso está no resultado da eleição presidencial, na qual a candidata Dilma Rousseff embalada pelos altos índices de intenção de votos apontados pelos institutos pesquisas, empolgou-se, achando que já estava eleita e acabou complicando o projeto de sucessão do seu patrono, o presidente Lula.

* Weliton Lima Cordeiro

O viajante solitário da Expedição Brasil - cap. 6

14.04.2010 – O dia amanheceu nublado naquela quarta-feira, ameaçando chover a qualquer momento. Tomei café bem cedo e às 7:30 já estava caminhando, pegando informações sobre como chegar até a casa onde Roberto Carlos nasceu. Fica no centro de Cachoeiro do Itapemirim, que é bem grande. Saí perguntando, dobrando em várias esquinas, até que começou a cair uma chuva fina.



Eu sabia que já estava perto, mas, ainda não tinha conseguido me localizar. Então perguntei a uma jovem natural da cidade, onde ficava a tão famosa casa. Ela, embora nascida e criada lá, nunca tinha entrado no local. Pediu para segui-la, o que fiz e ela, pela primeira vez visitou a casa onde o rei tinha nascido.


A única razão de eu ter ido a Cachoeiro do Itapemirim foi conhecer a casa onde nasceu e viveu até os doze anos, Roberto Carlos Braga. Não fosse por isso, não teria deixado a BR 101. Então, tratei de registrar da melhor maneira possível, minha passagem por aquela cidade que seu filho mais ilustre tornou nacionalmente famosa por causa de uma canção, que a maioria dos fãs pensa que é dele, mas, não é. Roberto é o intérprete, porém, a composição da letra e da melodia é de Raul Sampaio, outro filho famoso da terra, compositor gravado por muitos ícones da música brasileira. Ele compôs Meu Pequeno Cachoeiro e procurou seu conterrâneo Roberto, a quem perguntou se ele gostaria de gravar aquela música. O rei gostou muito, gravou e deu no que deu.


A coisa deu tão certo, o sucesso foi tão grande, a identificação dos cachoeirenses com a música foi tão forte, que virou o hino oficial do município pela lei municipal n° 1072/1966.


Fui recebido por Luis Gonzaga Dias, o Binguê, uma figura muito conhecida na cidade, por seu conhecimento de tudo quanto se refere a Roberto Carlos. Se alguém naquela cidade sabe da vida do rei, esse alguém é o Binguê.


A casa tem uma administradora, para a qual o ele ligou, para pedir permissão a fim de que eu pudesse fazer fotos. Autorização concedida, comecei a visitar os cômodos, dois quartos da casa que é pequena, incluindo o quarto onde Roberto nasceu. Foi um banho de história da vida da maior estrela da música brasileira em todos os tempos.


Foi naquela casa que foram dados os primeiros passos de Roberto Carlos no mundo da música. Encontra-se no local um antigo piano, no qual o rei teve aulas com uma professora particular. Há, também, como uma das grandes relíquias, um pequeno equipamento utilizado pela Rádio Cachoeiro, quando o ainda pequeno fenômeno da música dava os primeiros passos.


Há dois anos Roberto esteve na casa, mas, nenhuma foto foi feita, porque a Rede Globo, com a qual o rei tem contrato, não concedeu autorização. Há fotos de seus irmãos e de diversas outras pessoas conhecidas que visitaram o local. Do rei, somente fotos antigas, LPs e outras lembranças.


Uma curiosidade que vale a pena destacar: a casa foi vendida pelo pai de Roberto Carlos, na década de 1950, quando a família mudou-se para o Rio de Janeiro. Contudo, quando estourou o sucesso do rei, a prefeitura de Cachoeiro do Itapemirim desapropriou o imóvel, transformando-o num museu, ainda que com muito poucos itens para serem vistos pelos visitantes. Vale muito mais pelo valor histórico que o local tem, do que pelo que há para ser visto.


Terminada a visita, fui para o hotel, peguei a bagagem e caí na estrada. Já passava de nove e meia da manhã. Daí em diante procurei ganhar terreno para recuperar o tempo gasto na visita. Mas, mesmo assim, só consegui avançar cerca de 400 km, até a cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro, já relativamente perto de São Paulo.




* O recado que vem das urnas

Em vez de desancar os eleitores de Itaituba, os políticos locais deveriam parar para fazer uma reflexão a respeito do comportamento dos cidadãos que votam neste município. Se fizerem dessa maneira, talvez encontrem respostas para suas perguntas, muitas das quais devem ser respondidas pelos próprios políticos. Mas, é sempre mais fácil colocar a culpa nos outros, pelo fracasso pessoal, ou de grupos.



O eleitor itaitubense fez sua parte, concentrando sua votação nos candidatos da terra. Tanto isso é verdade, que dos mais de 38 mil votos válidos para deputado estadual, em Itaituba, mais de 27 mil foram direcionados para os candidatos deste município, o que equivale 73% dos votos. Nessa conta não estão incluídos os votos de Roselito. Ora, isso é mais do que qualquer pessoa envolvida na eleição poderia esperar. Os outros 27% foram diluídos entre os chamados candidatos de fora, sendo que apenas quatro deles ultrapassaram a barreira dos mil votos. Sendo que apenas quatro deles ultrapassaram a barreira dos mil votos. Josefina, 1.609, Faleiro, 1.333, Nélio, 1.082 e Megale, 1.038 votos, bem diferente de outros tempos, quando candidatos de outros municípios e até de regiões distantes do Estado, enchiam as burras de votos por aqui.


Para deputado federal a concentração em candidato da terra ficou ainda mais evidente, pois Dudimar recebeu quase 50% por cento do total, equivalente a mais de 20 mil votos. É muito voto! 47,14% para ser exato. Os de fora ficaram com os outros 52,86%. Pode-se afirmar, nesse caso, que isso só aconteceu porque havia apenas um candidato do município. Em parte, até pode ser, porém, Itaituba já teve candidatos a deputado federal em eleições passadas, os quais tiveram votações pífias.


Conseguimos eleger um deputado estadual, o vereador Hilton Aguiar, que teve sua votação muito prejudicada pela entrada em cena do ex-prefeito Roselito Soares, que correu na mesma faixa de eleitorado. Mesmo assim, passou dos quatro mil votos. Embora tenha sido mais votado em Santarém do que aqui e tenha grande responsabilidade com aquele município, Hilton é deputado de Itaituba, porque é aqui que ele é vereador e é aqui o seu domicílio eleitoral.


Essa votação do deputado eleito Hilton Aguiar tenderá a triplicar na próxima eleição, dependendo, exclusivamente, de sua atuação no desempenho desse mandato de deputado. Se conseguir se sobressair, se conseguir viabilizar convênios para o município e, se conseguir emergir como uma autêntica liderança regional, sua reeleição será bem mais fácil que este primeiro mandato.


Das urnas emergem alguns recados muitos claros. O primeiro é que foi ungida uma nova liderança na Geografia política da região Oeste do Pará, com a eleição de Hilton Aguiar como deputado estadual. O segundo recado, também muito bem definido pelo eleitor, diz respeito ao agora segundo suplente de deputado federal, Dudimar Paxiúba, que sai do pleito reconhecido pelo eleitor de Itaituba, como uma liderança emergente, que poderá se firmar. Por enquanto, não ganhou nada, mas, se Jatene se eleger, poderá virar deputado federal.


Em ambos os casos, nasceram duas pré-candidaturas a prefeito de Itaituba para a eleição de 2012. Mas, tanto para Hilton, quanto para Dudimar, há um longo caminho a ser percorrido. É evidente que o primeiro passo já foi dado, mas, os dois continuam sendo políticos que não lideram nenhum grupo. Fazem vôos solos, seguidos por pessoas próximas, mas, longe de constituir um grupo político, sem o qual, nenhum aspirante a prefeito consegue chegar ao seu objetivo final. Isso as urnas não resolvem. Somente eles próprios é que poderão formar seus grupos.


Se Jatene se eleger, e se eleito, cumprir o compromisso assumido com Dudimar, ao chegar à Câmara Federal, mesmo como suplente, a estatura política do hoje segundo suplente do PSDB crescerá muito e isso encurtará muito o caminho para que ele tenha as ferramentas necessárias para formar um grupo político, pois o cargo de deputado federal o ajudará muito nessa questão.


Sabe-se que dentro do PSDB existem pessoas, sem votos, que são resistentes a uma eventual liderança de Dudimar. Entretanto, o pessoal lá de cima, em nível de governo do Estado, quando olha para baixo, só enxerga quem tem voto. Quem não tem, vira ator coadjuvante, jamais pegando o papel principal. Por tanto, no caso de Dudimar, seu futuro político passará, diretamente, pela eleição de Jatene no próximo dia 31, o que está parecendo que vai acontecer. Quanto ao deputado estadual eleito Hilton Aguiar, ele já está com a faca e o queijo na mão. Cortar, dependerá exclusivamente dele.

* Artigo de Jota Parente, na edição 112 do Jornal do Comércio, que está circulando