quinta-feira, setembro 11, 2008
JC edição número 70
O Jornal do Comério está ciculando desde o final da tarde de hoje. Esta edição comemora o terceiro aniversário deste periódico quinzenal. A seguir, o blog publica algumas das matérias e artigos da presente edição.
Pingos nos is
Mão única I
Conforme o Jornal do Comércio informou, com exclusividade, na edição passada, a Avenida Getúlio Vargas está sendo preparada para ser via de mão única. Os trabalhos de sinalização horizontal estão adiantados. Quando esses forem concluídos, será implantada a sinalização vertical.
Mão única II
Ronaldo Serrão, coordenador da Comtri confirmou que será feita uma campanha de educação dos condutores, para depois o tráfego passar a fluir apenas no sentido da Travessa Paes de Carvalho para o Porto da Balsa.
Oti fora I
Não teve jeito! Apesar das explicações, o TSE confirmou, mesmo, a impugnação da candidatura de Oti Santos a prefeito de Belterra, por problemas em uma de suas contas, quando ele ocupou o cargo de prefeito daquele município.
Oti fora II
Segundo sustenta Oti, um assessor seu trocou um documento de uma determinada pasta para outra. Com isso, uma prestação de contas de um convênio federal foi para o Tribunal de Contas da União incompleta. O TCU mandou notificar Oti Santos por três vezes. Só que a correspondência foi sempre encaminhada para a Prefeitura de Belterra, cujo prefeito, Geraldo Pastana (PT), seu adversário político, não tinha nenhum interesse de fazer com que ele tivesse acesso à informação. Assim, todos os prazos se esgotaram sem que Oti pudesse apresentar defesa alguma. Aí, sobrou para ele.
Maria Freire dentro
O deputado federal Jader Barbalho, presidente do PMDB do Pará, ligou terça-feira, 9/9, para a empresária Maria Freire, ocasião em que informou que o caso de Oti não tinha mais jeito e que ela, que até então era a vice na chapa pemedebista, deveria assumir o comando da campanha como candidata a prefeita de Belterra. Maria Freire, num primeiro momento relutou, mas, deverá encarar o restante da campanha como cabeça de chapa. Se ela não aceitasse, o atual prefeito Geraldo Pastana estaria com sua reeleição praticamente assegurada.
Apoio de Juvenil
No final desta semana, o deputado estadual Domingos Juvenil estará em Santarém, onde sempre se hospeda na casa da empresária, pois é amigo da família, de longas datas. A visita já estava marcada há vários dias, mas, coincidiu com essa notícia do impedimento de Oti. Juvenil já mandou informar que apoiará Maria Freire no que puder.
Dependem do TSE
José Paulo Genuíno, ex-prefeito de Rurópolis (PSDB), Adalberto Viana (Cabano-PMDB), ex-prefeito de Aveiro, e Eduardo Azevedo (PMDB), ex-prefeito de Jacareacanga, candidatos a prefeito nos referidos municípios, que tinham sido impugnados em primeira instância, tiveram a impugnação de suas candidaturas confirmadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, dia 6 passado. Agora, estão todos dependendo do Tribunal Superior Eleitoral, que tem até o dia 26 deste mês para decidir a sorte deles. Seja qual for o resultado, o prejuízo para cada uma dessas candidaturas é imenso.
Inédito
Pela primeira vez, na região sudoeste do Estado do Pará, uma mulher foi presa por problemas relacionados com o não pagamento de pensão alimentícia. Trata-se de Euzimar Maria Rodrigues Santos, do município de Trairão, que deixou de pagar quarenta por cento de um salário mínimo a quatro filhos menores. Isso aconteceu de dezembro de 2007 a agosto de 2008, totalizando R$ 1.452,00. A sentença foi prolatada pelo juiz Arnaldo Albuquerque. Não se tem conhecimento de decisão semelhante em todo o Oeste paraense. No melhor sentido, o Dr. Arnaldo está fazendo história em Itaituba e no restante da região de influência desta município. Esse deveria ser o compor-tamento de todo magistrado; mas, infelizmente, nem sempre foi assim em Itaituba. Em tempos não muito distantes, passaram juizes e juízas por aqui, cujas condutas não condiziam com a relevância do cargo que desempenhavam.
Conforme o Jornal do Comércio informou, com exclusividade, na edição passada, a Avenida Getúlio Vargas está sendo preparada para ser via de mão única. Os trabalhos de sinalização horizontal estão adiantados. Quando esses forem concluídos, será implantada a sinalização vertical.
Mão única II
Ronaldo Serrão, coordenador da Comtri confirmou que será feita uma campanha de educação dos condutores, para depois o tráfego passar a fluir apenas no sentido da Travessa Paes de Carvalho para o Porto da Balsa.
Oti fora I
Não teve jeito! Apesar das explicações, o TSE confirmou, mesmo, a impugnação da candidatura de Oti Santos a prefeito de Belterra, por problemas em uma de suas contas, quando ele ocupou o cargo de prefeito daquele município.
Oti fora II
Segundo sustenta Oti, um assessor seu trocou um documento de uma determinada pasta para outra. Com isso, uma prestação de contas de um convênio federal foi para o Tribunal de Contas da União incompleta. O TCU mandou notificar Oti Santos por três vezes. Só que a correspondência foi sempre encaminhada para a Prefeitura de Belterra, cujo prefeito, Geraldo Pastana (PT), seu adversário político, não tinha nenhum interesse de fazer com que ele tivesse acesso à informação. Assim, todos os prazos se esgotaram sem que Oti pudesse apresentar defesa alguma. Aí, sobrou para ele.
Maria Freire dentro
O deputado federal Jader Barbalho, presidente do PMDB do Pará, ligou terça-feira, 9/9, para a empresária Maria Freire, ocasião em que informou que o caso de Oti não tinha mais jeito e que ela, que até então era a vice na chapa pemedebista, deveria assumir o comando da campanha como candidata a prefeita de Belterra. Maria Freire, num primeiro momento relutou, mas, deverá encarar o restante da campanha como cabeça de chapa. Se ela não aceitasse, o atual prefeito Geraldo Pastana estaria com sua reeleição praticamente assegurada.
Apoio de Juvenil
No final desta semana, o deputado estadual Domingos Juvenil estará em Santarém, onde sempre se hospeda na casa da empresária, pois é amigo da família, de longas datas. A visita já estava marcada há vários dias, mas, coincidiu com essa notícia do impedimento de Oti. Juvenil já mandou informar que apoiará Maria Freire no que puder.
Dependem do TSE
José Paulo Genuíno, ex-prefeito de Rurópolis (PSDB), Adalberto Viana (Cabano-PMDB), ex-prefeito de Aveiro, e Eduardo Azevedo (PMDB), ex-prefeito de Jacareacanga, candidatos a prefeito nos referidos municípios, que tinham sido impugnados em primeira instância, tiveram a impugnação de suas candidaturas confirmadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, dia 6 passado. Agora, estão todos dependendo do Tribunal Superior Eleitoral, que tem até o dia 26 deste mês para decidir a sorte deles. Seja qual for o resultado, o prejuízo para cada uma dessas candidaturas é imenso.
Inédito
Pela primeira vez, na região sudoeste do Estado do Pará, uma mulher foi presa por problemas relacionados com o não pagamento de pensão alimentícia. Trata-se de Euzimar Maria Rodrigues Santos, do município de Trairão, que deixou de pagar quarenta por cento de um salário mínimo a quatro filhos menores. Isso aconteceu de dezembro de 2007 a agosto de 2008, totalizando R$ 1.452,00. A sentença foi prolatada pelo juiz Arnaldo Albuquerque. Não se tem conhecimento de decisão semelhante em todo o Oeste paraense. No melhor sentido, o Dr. Arnaldo está fazendo história em Itaituba e no restante da região de influência desta município. Esse deveria ser o compor-tamento de todo magistrado; mas, infelizmente, nem sempre foi assim em Itaituba. Em tempos não muito distantes, passaram juizes e juízas por aqui, cujas condutas não condiziam com a relevância do cargo que desempenhavam.
Léo Resende: 20 anos voando para os garimpos do Tapajós

Léo Cassiano Resende nasceu no dia 27 de maio de 1957, na cidade de Bagé, no Rio Grande do Sul. Sua família trabalhava na agricultura mecanizada, onde ele também atuou, tendo feito alguns cursos relativos ao uso e à manutenção de máquinas agrícolas. Porém, desde muito cedo despertou a paixão pela aviação. Aos 18 anos de idade já se encontrava fazendo o curso para piloto privado, em Bagé. Pouco tempo depois de concluir esse curso ele foi para São Paulo estudar para ser piloto comercial. Terminada essa etapa, teve uma rápida passagem por Goiânia, de onde veio para Itaituba, ainda muito jovem. O comandante Léo Resende é o destaque desta edição, na série 50 Anos do Garimpo de Ouro do Tapajós.
“No começo era para eu trabalhar na aviação agrícola; mas, eu fui direto para a aviação comercial. Muito tempo depois de formado piloto, dez anos após chegar a Itaituba é que eu fui atuar como piloto agrícola, por pouco tempo.
Minha vinda para Itaituba teve uma trajetória interessante. Quando eu fui estudar aviação comercial em São Paulo, eu conheci um colega que era de Goiânia, que se chamava Adolfo Herten Rossi. Ele era catarinense, mas morava em Goiânia. Nós fizemos o curso juntos. Logo que nós terminamos o curso fomos para Goiânia. Ficamos tentando uma coisa e outra. Foi nesse tempo, final de 1979, que eu conheci o comandante Wagner Domingues da Fonseca, o Pai Velho. Ele tinha ido buscar um avião que estava em manutenção, lá. Como ainda iria demorar uns dias para aprontar o avião, ele contratou esse meu amigo para traze o avião para Itaituba. Eu fui convidado pelo meu amigo para trazer a aeronave junto com ele, em janeiro de 1980. Eu vim e a gente acabou ficando. Eu acabei ficando por vinte anos. O Adolfo terminou tendo uma morte trágica. Foi assassinado.
Meu primeiro emprego foi no Táxi Aéreo Crepuri, do seu Lourival; depois eu fui trabalhar na empresa do Pai Velho e dos filhos dele. Eles tinham vários aviões. Mais tarde fui trabalhar para o Sebastião Balbino de Sousa, o Sabá do Piranha, que tinha aviões, mas ainda não existia o Táxi Aéreo Piranha. A rigor, esses foram os meus três únicos empregos fixos em Itaituba. Fiz muitos vôos como freelance. Ao longo desses vinte anos que fiquei em Itaituba eu voei aproximadamente 15 mil horas.
Desde 1984, quando começaram a usar as máquinas conhecidas como chupadeiras, quando o Sabá começou a colocá-las nos garimpos dele, eu também coloquei uma para mim no garimpo São Sebastião. Aquela foi a primeira vez que eu trabalhei com garimpo. Depois eu coloquei mais alguns pares de máquinas, até que em 1987, eu e mais dois sócios fizemos uma pista. Eu fui sócio do Xerife, um piloto bastante conhecido, que voou nessa região e do Maetano, famoso e lendário garimpeiro Maetano. Essa pista ficava entre o Piranha e o São João, na qual colocamos o nome de Comandante Arara, em homenagem a um piloto que morreu ali por perto, no ano de 1983 ou 84. Fiquei um tempo nesse garimpo com os sócios, depois fiquei só, mais tarde, em 1991, eu vendi para o Sabá e fui trabalhar no Piranha. Durante quase todo o tempo que eu vivi em Itaituba eu estive mexendo com garimpo.
Depois da morte do Sabá, que aconteceu em 1993, eu acertei com a D. Tereza, esposa dele, que morava fora, para tocar o Piranha, ficando desde então, até o ano de 1999, pouco antes eu me mudara para Macapá, como arredantário da Pista do Piranha. Foram seis anos cuidando, inclusive, dos interesses da família (do Sabá).
Tudo valeu a pena! No período em que vivi em Itaituba em trabalhei, também com barco, usina de arroz, minha esposa Lia teve loja. Eu nunca me limitei a apenas uma atividade. Tenho certeza que valeu muito a pena. Financeiramente, eu também segui a sina do garimpeiro, mesmo sendo muito comedido na minha vida. Às vezes as coisas não saem como a gente planeja. Eu vim para Macapá e num primeiro momento as coisas não deram certo. Mas, assim é a vida. Repito que valeu a pena em todos os sentidos, pois adquiri uma experiência de vida fantástica. Foram anos maravilhosos de minha vida. Não tenho receio de dizer que foi um dos períodos mais felizes de minha vida o que eu vivi em Itaituba.
Lançamentos – Eu peguei ainda a época em que a gente fazia lançamentos de mercadorias em clareiras. Eu mesmo fiz muitos lançamentos. A primeira vez que eu fui lançar uma carga, fazia pouco tempo que eu estava voando. Foi para a abertura de uma pista chamada Santa Luzia, na região do Crepurizinho. O proprietário, se não estou enganado, era Chico Farias, que estava dentro do avião jogando a carga. Eu não tinha prática nenhuma daquilo. A metade da carga eu joguei fora da clareira. O dono da carga, para não perder tudo, pediu que eu pousasse na pista do Crepurizinho, de onde a carga foi levada na costa. Era quase um dia de viagem. O objetivo do lançamento era facilitar e para ganhar tempo, mas eu joguei a metade da carga fora. Depois eu fui aprendendo, pegando a prática e passei a acertar o alvo.
Durante os vinte anos que operei em Itaituba e na região, não sofri nenhum acidente grave. Em 1981 eu tive um acidente na pista Santa Terezinha, inclusive com meu amigo Luiz Preto, que era meu passageiro. Foi uma imperícia minha, que terminou com a quebra da aeronave na pista, que era bastante crítica. Acabei pilonando o avião (ficou com as rodas para cima), que era do Pai Velho. Houve danos materiais, mas, felizmente, ninguém se feriu. Esse foi o acidente mais grave que eu sofri. Houve alguns outros sustos menores.
Pelas informações que eu tenho, as primeiras pistas de garimpo começaram a surgir no começo dos anos 60, poucos anos depois do início da garimpagem. Isso dinamizou o garimpo porque facilitava a atividade, pois deu mobilidade ao garimpeiro. Antes, o garimpeiro passava dias e dias para chegar a um determinado lugar.
Quando comecei voar para garimpo, eu considero que tive sorte, porque fui operar numa pista considerada boa para os padrões do garimpo. Era a pista do Crepuizinho, que tinha uns 400 metros ou um pouco mais. Depois, passei a voar, também, para pistas de todo tipo, bem menores. A pista do Santa Terezinha era crítica, pois era curta e de subida; não tinha mais que 280 metros. Tinha a pista do Bacurau, no Rio Marupá, que também era muito crítica e não tinha mais que 300 metros, tinha muitas ondulações no terreno, com uma aproximação horrível, pois tinha um morro na cabeceira. Havia muitas outras pistas ruins.
Nesses anos todos, muitos colegas de profissão perderam a vida. Há registros oficiais de que, de 1980 a 1990, somente na aviação de garimpo do Tapajós nós tivemos 150 pilotos mortos. Esse período de dez anos foi o pico da atividade garimpeira. Nós tínhamos um colega piloto, o Lioto, que catalogava todos os acidentes. Ele hoje vive em Manaus. Somente no ano de 1984 morreram 18 pilotos na aviação de garimpo. A média era de 15 pilotos mortos por ano, ou mais de um por mês, nesse período. A maioria dos acidentes – e isso não se deu nem se dá apenas na aviação de garimpo -, acontece por imprudência. No caso da aviação de garimpo, somava-se a imprudência, com a carência de pistas seguras e a falta de uma manutenção adequada, pois ainda não tínhamos grandes oficinas, o que fazia com que as manutenções maiores tinham que ser feitas todas no sul do País. Tudo isso era ingrediente para que houvesse tantos acidentes.
A partir do início dos anos 90, com a desaceleração da atividade garimpeira e do aumento das alternativas de transporte, os vôos foram diminuindo, e consequentemente, com mais rigor na fiscalização, o número de acidente foi decrescendo”.
Na próxima edição Léo Resende completará o seu relato. Ele vai falar da experiência nada fácil de ter passado uma noite cercado numa casa, no garimpo, com arma na mão, enquanto do lado de fora alguns homens armados queriam acertar o dono da casa; vai relembrar de uma história que ele já contou ao Jornal do Comércio a respeito de um incidente pitoresco num vôo para Itaituba. E a seguir, o personagem a ser destacado nesta série será Rui Mendonça, que tem muita coisa para contar, pois é dono de uma memória invejável, capaz de lembrar os menores detalhes.
“No começo era para eu trabalhar na aviação agrícola; mas, eu fui direto para a aviação comercial. Muito tempo depois de formado piloto, dez anos após chegar a Itaituba é que eu fui atuar como piloto agrícola, por pouco tempo.
Minha vinda para Itaituba teve uma trajetória interessante. Quando eu fui estudar aviação comercial em São Paulo, eu conheci um colega que era de Goiânia, que se chamava Adolfo Herten Rossi. Ele era catarinense, mas morava em Goiânia. Nós fizemos o curso juntos. Logo que nós terminamos o curso fomos para Goiânia. Ficamos tentando uma coisa e outra. Foi nesse tempo, final de 1979, que eu conheci o comandante Wagner Domingues da Fonseca, o Pai Velho. Ele tinha ido buscar um avião que estava em manutenção, lá. Como ainda iria demorar uns dias para aprontar o avião, ele contratou esse meu amigo para traze o avião para Itaituba. Eu fui convidado pelo meu amigo para trazer a aeronave junto com ele, em janeiro de 1980. Eu vim e a gente acabou ficando. Eu acabei ficando por vinte anos. O Adolfo terminou tendo uma morte trágica. Foi assassinado.
Meu primeiro emprego foi no Táxi Aéreo Crepuri, do seu Lourival; depois eu fui trabalhar na empresa do Pai Velho e dos filhos dele. Eles tinham vários aviões. Mais tarde fui trabalhar para o Sebastião Balbino de Sousa, o Sabá do Piranha, que tinha aviões, mas ainda não existia o Táxi Aéreo Piranha. A rigor, esses foram os meus três únicos empregos fixos em Itaituba. Fiz muitos vôos como freelance. Ao longo desses vinte anos que fiquei em Itaituba eu voei aproximadamente 15 mil horas.
Desde 1984, quando começaram a usar as máquinas conhecidas como chupadeiras, quando o Sabá começou a colocá-las nos garimpos dele, eu também coloquei uma para mim no garimpo São Sebastião. Aquela foi a primeira vez que eu trabalhei com garimpo. Depois eu coloquei mais alguns pares de máquinas, até que em 1987, eu e mais dois sócios fizemos uma pista. Eu fui sócio do Xerife, um piloto bastante conhecido, que voou nessa região e do Maetano, famoso e lendário garimpeiro Maetano. Essa pista ficava entre o Piranha e o São João, na qual colocamos o nome de Comandante Arara, em homenagem a um piloto que morreu ali por perto, no ano de 1983 ou 84. Fiquei um tempo nesse garimpo com os sócios, depois fiquei só, mais tarde, em 1991, eu vendi para o Sabá e fui trabalhar no Piranha. Durante quase todo o tempo que eu vivi em Itaituba eu estive mexendo com garimpo.
Depois da morte do Sabá, que aconteceu em 1993, eu acertei com a D. Tereza, esposa dele, que morava fora, para tocar o Piranha, ficando desde então, até o ano de 1999, pouco antes eu me mudara para Macapá, como arredantário da Pista do Piranha. Foram seis anos cuidando, inclusive, dos interesses da família (do Sabá).
Tudo valeu a pena! No período em que vivi em Itaituba em trabalhei, também com barco, usina de arroz, minha esposa Lia teve loja. Eu nunca me limitei a apenas uma atividade. Tenho certeza que valeu muito a pena. Financeiramente, eu também segui a sina do garimpeiro, mesmo sendo muito comedido na minha vida. Às vezes as coisas não saem como a gente planeja. Eu vim para Macapá e num primeiro momento as coisas não deram certo. Mas, assim é a vida. Repito que valeu a pena em todos os sentidos, pois adquiri uma experiência de vida fantástica. Foram anos maravilhosos de minha vida. Não tenho receio de dizer que foi um dos períodos mais felizes de minha vida o que eu vivi em Itaituba.
Lançamentos – Eu peguei ainda a época em que a gente fazia lançamentos de mercadorias em clareiras. Eu mesmo fiz muitos lançamentos. A primeira vez que eu fui lançar uma carga, fazia pouco tempo que eu estava voando. Foi para a abertura de uma pista chamada Santa Luzia, na região do Crepurizinho. O proprietário, se não estou enganado, era Chico Farias, que estava dentro do avião jogando a carga. Eu não tinha prática nenhuma daquilo. A metade da carga eu joguei fora da clareira. O dono da carga, para não perder tudo, pediu que eu pousasse na pista do Crepurizinho, de onde a carga foi levada na costa. Era quase um dia de viagem. O objetivo do lançamento era facilitar e para ganhar tempo, mas eu joguei a metade da carga fora. Depois eu fui aprendendo, pegando a prática e passei a acertar o alvo.
Durante os vinte anos que operei em Itaituba e na região, não sofri nenhum acidente grave. Em 1981 eu tive um acidente na pista Santa Terezinha, inclusive com meu amigo Luiz Preto, que era meu passageiro. Foi uma imperícia minha, que terminou com a quebra da aeronave na pista, que era bastante crítica. Acabei pilonando o avião (ficou com as rodas para cima), que era do Pai Velho. Houve danos materiais, mas, felizmente, ninguém se feriu. Esse foi o acidente mais grave que eu sofri. Houve alguns outros sustos menores.
Pelas informações que eu tenho, as primeiras pistas de garimpo começaram a surgir no começo dos anos 60, poucos anos depois do início da garimpagem. Isso dinamizou o garimpo porque facilitava a atividade, pois deu mobilidade ao garimpeiro. Antes, o garimpeiro passava dias e dias para chegar a um determinado lugar.
Quando comecei voar para garimpo, eu considero que tive sorte, porque fui operar numa pista considerada boa para os padrões do garimpo. Era a pista do Crepuizinho, que tinha uns 400 metros ou um pouco mais. Depois, passei a voar, também, para pistas de todo tipo, bem menores. A pista do Santa Terezinha era crítica, pois era curta e de subida; não tinha mais que 280 metros. Tinha a pista do Bacurau, no Rio Marupá, que também era muito crítica e não tinha mais que 300 metros, tinha muitas ondulações no terreno, com uma aproximação horrível, pois tinha um morro na cabeceira. Havia muitas outras pistas ruins.
Nesses anos todos, muitos colegas de profissão perderam a vida. Há registros oficiais de que, de 1980 a 1990, somente na aviação de garimpo do Tapajós nós tivemos 150 pilotos mortos. Esse período de dez anos foi o pico da atividade garimpeira. Nós tínhamos um colega piloto, o Lioto, que catalogava todos os acidentes. Ele hoje vive em Manaus. Somente no ano de 1984 morreram 18 pilotos na aviação de garimpo. A média era de 15 pilotos mortos por ano, ou mais de um por mês, nesse período. A maioria dos acidentes – e isso não se deu nem se dá apenas na aviação de garimpo -, acontece por imprudência. No caso da aviação de garimpo, somava-se a imprudência, com a carência de pistas seguras e a falta de uma manutenção adequada, pois ainda não tínhamos grandes oficinas, o que fazia com que as manutenções maiores tinham que ser feitas todas no sul do País. Tudo isso era ingrediente para que houvesse tantos acidentes.
A partir do início dos anos 90, com a desaceleração da atividade garimpeira e do aumento das alternativas de transporte, os vôos foram diminuindo, e consequentemente, com mais rigor na fiscalização, o número de acidente foi decrescendo”.
Na próxima edição Léo Resende completará o seu relato. Ele vai falar da experiência nada fácil de ter passado uma noite cercado numa casa, no garimpo, com arma na mão, enquanto do lado de fora alguns homens armados queriam acertar o dono da casa; vai relembrar de uma história que ele já contou ao Jornal do Comércio a respeito de um incidente pitoresco num vôo para Itaituba. E a seguir, o personagem a ser destacado nesta série será Rui Mendonça, que tem muita coisa para contar, pois é dono de uma memória invejável, capaz de lembrar os menores detalhes.
Informe JC
Mão única I
Conforme o Jornal do Comércio informou, com exclusividade, na edição passada, a Avenida Getúlio Vargas está sendo preparada para ser via de mão única. Os trabalhos de sinalização horizontal estão adiantados. Quando esses forem concluídos, será implantada a sinalização vertical.
Mão única II
Ronaldo Serrão, coordenador da Comtri confirmou que será feita uma campanha de educação dos condutores, para depois o tráfego passar a fluir apenas no sentido da Travessa Paes de Carvalho para o Porto da Balsa.
Oti fora I
Não teve jeito! Apesar das explicações, o TSE confirmou, mesmo, a impugnação da candidatura de Oti Santos a prefeito de Belterra, por problemas em uma de suas contas, quando ele ocupou o cargo de prefeito daquele município.
Oti fora II
Segundo sustenta Oti, um assessor seu trocou um documento de uma determinada pasta para outra. Com isso, uma prestação de contas de um convênio federal foi para o Tribunal de Contas da União incompleta. O TCU mandou notificar Oti Santos por três vezes. Só que a correspondência foi sempre encaminhada para a Prefeitura de Belterra, cujo prefeito, Geraldo Pastana (PT), seu adversário político, não tinha nenhum interesse de fazer com que ele tivesse acesso à informação. Assim, todos os prazos se esgotaram sem que Oti pudesse apresentar defesa alguma. Aí, sobrou para ele.
Maria Freire dentro
O deputado federal Jader Barbalho, presidente do PMDB do Pará, ligou terça-feira, 9/9, para a empresária Maria Freire, ocasião em que informou que o caso de Oti não tinha mais jeito e que ela, que até então era a vice na chapa pemedebista, deveria assumir o comando da campanha como candidata a prefeita de Belterra. Maria Freire, num primeiro momento relutou, mas, deverá encarar o restante da campanha como cabeça de chapa. Se ela não aceitasse, o atual prefeito Geraldo Pastana estaria com sua reeleição praticamente assegurada.
Apoio de Juvenil
No final desta semana, o deputado estadual Domingos Juvenil estará em Santarém, onde sempre se hospeda na casa da empresária, pois é amigo da família, de longas datas. A visita já estava marcada há vários dias, mas, coincidiu com essa notícia do impedimento de Oti. Juvenil já mandou informar que apoiará Maria Freire no que puder.
Dependem do TSE
José Paulo Genuíno, ex-prefeito de Rurópolis (PSDB), Adalberto Viana (Cabano-PMDB), ex-prefeito de Aveiro, e Eduardo Azevedo (PMDB), ex-prefeito de Jacareacanga, candidatos a prefeito nos referidos municípios, que tinham sido impugnados em primeira instância, tiveram a impugnação de suas candidaturas confirmadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, dia 6 passado. Agora, estão todos dependendo do Tribunal Superior Eleitoral, que tem até o dia 26 deste mês para decidir a sorte deles. Seja qual for o resultado, o prejuízo para cada uma dessas candidaturas é imenso.
Inédito
Pela primeira vez, na região sudoeste do Estado do Pará, uma mulher foi presa por problemas relacionados com o não pagamento de pensão alimentícia. Trata-se de Euzimar Maria Rodrigues Santos, do município de Trairão, que deixou de pagar quarenta por cento de um salário mínimo a quatro filhos menores. Isso aconteceu de dezembro de 2007 a agosto de 2008, totalizando R$ 1.452,00. A sentença foi prolatada pelo juiz Arnaldo Albuquerque. Não se tem conhecimento de decisão semelhante em todo o Oeste paraense. No melhor sentido, o Dr. Arnaldo está fazendo história em Itaituba e no restante da região de influência desta município. Esse deveria ser o compor-tamento de todo magistrado; mas, infelizmente, nem sempre foi assim em Itaituba. Em tempos não muito distantes, passaram juizes e juízas por aqui, cujas condutas não condiziam com a relevância do cargo que desempenhavam.
Conforme o Jornal do Comércio informou, com exclusividade, na edição passada, a Avenida Getúlio Vargas está sendo preparada para ser via de mão única. Os trabalhos de sinalização horizontal estão adiantados. Quando esses forem concluídos, será implantada a sinalização vertical.
Mão única II
Ronaldo Serrão, coordenador da Comtri confirmou que será feita uma campanha de educação dos condutores, para depois o tráfego passar a fluir apenas no sentido da Travessa Paes de Carvalho para o Porto da Balsa.
Oti fora I
Não teve jeito! Apesar das explicações, o TSE confirmou, mesmo, a impugnação da candidatura de Oti Santos a prefeito de Belterra, por problemas em uma de suas contas, quando ele ocupou o cargo de prefeito daquele município.
Oti fora II
Segundo sustenta Oti, um assessor seu trocou um documento de uma determinada pasta para outra. Com isso, uma prestação de contas de um convênio federal foi para o Tribunal de Contas da União incompleta. O TCU mandou notificar Oti Santos por três vezes. Só que a correspondência foi sempre encaminhada para a Prefeitura de Belterra, cujo prefeito, Geraldo Pastana (PT), seu adversário político, não tinha nenhum interesse de fazer com que ele tivesse acesso à informação. Assim, todos os prazos se esgotaram sem que Oti pudesse apresentar defesa alguma. Aí, sobrou para ele.
Maria Freire dentro
O deputado federal Jader Barbalho, presidente do PMDB do Pará, ligou terça-feira, 9/9, para a empresária Maria Freire, ocasião em que informou que o caso de Oti não tinha mais jeito e que ela, que até então era a vice na chapa pemedebista, deveria assumir o comando da campanha como candidata a prefeita de Belterra. Maria Freire, num primeiro momento relutou, mas, deverá encarar o restante da campanha como cabeça de chapa. Se ela não aceitasse, o atual prefeito Geraldo Pastana estaria com sua reeleição praticamente assegurada.
Apoio de Juvenil
No final desta semana, o deputado estadual Domingos Juvenil estará em Santarém, onde sempre se hospeda na casa da empresária, pois é amigo da família, de longas datas. A visita já estava marcada há vários dias, mas, coincidiu com essa notícia do impedimento de Oti. Juvenil já mandou informar que apoiará Maria Freire no que puder.
Dependem do TSE
José Paulo Genuíno, ex-prefeito de Rurópolis (PSDB), Adalberto Viana (Cabano-PMDB), ex-prefeito de Aveiro, e Eduardo Azevedo (PMDB), ex-prefeito de Jacareacanga, candidatos a prefeito nos referidos municípios, que tinham sido impugnados em primeira instância, tiveram a impugnação de suas candidaturas confirmadas pelo Tribunal Regional Eleitoral, dia 6 passado. Agora, estão todos dependendo do Tribunal Superior Eleitoral, que tem até o dia 26 deste mês para decidir a sorte deles. Seja qual for o resultado, o prejuízo para cada uma dessas candidaturas é imenso.
Inédito
Pela primeira vez, na região sudoeste do Estado do Pará, uma mulher foi presa por problemas relacionados com o não pagamento de pensão alimentícia. Trata-se de Euzimar Maria Rodrigues Santos, do município de Trairão, que deixou de pagar quarenta por cento de um salário mínimo a quatro filhos menores. Isso aconteceu de dezembro de 2007 a agosto de 2008, totalizando R$ 1.452,00. A sentença foi prolatada pelo juiz Arnaldo Albuquerque. Não se tem conhecimento de decisão semelhante em todo o Oeste paraense. No melhor sentido, o Dr. Arnaldo está fazendo história em Itaituba e no restante da região de influência desta município. Esse deveria ser o compor-tamento de todo magistrado; mas, infelizmente, nem sempre foi assim em Itaituba. Em tempos não muito distantes, passaram juizes e juízas por aqui, cujas condutas não condiziam com a relevância do cargo que desempenhavam.
A Igreja Catolica e as eleições
Padre João Mc Ateer - A Igreja Católica, em solidariedade com outras entidades sociais, procura ser a voz do povo em vista da necessidade de haver eleições limpas e administrações políticas em todos os níveis de governo responsáveis.
A hierarquia, então, aconselha o seu povo em particular, e o povo Brasileiro em geral a levar muito a sério a questão política. A igreja encoraja seus membros a serem candidatos (as) políticos (as). Incentiva o povo a votar com sabedoria e responsabilidade e não deixa a assumir este privilégio democrático.
Não há como duvidar da importância da política na vida do povo, nos níveis nacional e internacional. A história mostra como e perigoso quando um povo não se interessa pelo campo político e como a falta de interesse leva para o fácil engano do povo. No mundo atual é difícil dizer que o quarto poder, a Mídia, esteja realmente ao lado do povo. Onde esta a mídia livre e onde encontrar jornalistas independentes de confiança?
A política, embora seja algo essencial, infelizmente, nos olhos do povo perde credibilidade. Recuperar o crédito e tarefa árdua. Como em qualquer vício, a recuperação exige perseverança e fé no valor da missão. A compra e a venda de votos é um exemplo do vício. Outro exemplo: candidatos (as ) suspeitos de corrupção, que sem um pingo de vergonha voltam a disputar cargos eletivos. Vale lembrar, também, as promessas na hora das campanhas que nunca são compridas.
Existem outros aspectos que merecem atenção: falta de transparência na prestação de contas; a relação nada saudável entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo, e a interferência de políticos eleitos na administração judiciária. Para o bem democrático os poderes devem guardar uma separação e uma independência.
Preocupante é a falta de continuidade nas administrações: saúde, educação, agricultura etc. O quadro que aparece neste sentido é o desperdício de dinheiro público e o sumiço de material, além do tempo perdido na busca de informações sobre da administração anterior, dívidas não pagas, troca de trabalhadores por razões de política partidária, deixando de lado a obrigação de passar adiante uma administração estável com dados fundamentais.
Se educação é a solução para um povo mais bem formado e informado, o povo é a solução para se ter políticos melhor para que se alcance o avanço democrático.
A educação ajuda a dar valor à importância da política na vida do povo. Mas, só isso não é suficiente. A conversão dos políticos seria necessária. Em termos religiosos significa uma mudança de 180 graus. O pecado existe no mau uso do poder político com conseqüências sérias. Conversão então seria para não usar esse poder para fins incoerentes e utilizá-lo para o bem comum do povo todo.
O povo precisa se converter também. Mostrar mais interesse pela política, valorizá-la como algo essencial, não votar em pessoas que no passado aproveitaram o poder para interesses próprios, afastar as pessoas que não respeitam as leis, acompanhar na vida cotidiana as administrações, lutar pelas reformas em nível nacional.
Tenho certeza de que este assunto merece um tratamento mais adequado. Espero que isso ocorra tanto pela Igreja quanto por outras entidades sociais. A Igreja deve convidar os seus membros candidatos, dando-lhes subsídios para reforçar suas candidaturas. Não acho suficiente somente encorajar a entrada deles no campo da política partidária e depois deixar-los a própria sorte.
O Comitê 9.840 funcionou nas ultimas três campanhas políticas. É criação da Igreja e entidades populares e com certeza tem apoio de homens e mulheres de todos os estratos da sociedade. Precisa ser aceito como algo positivo e apoiado por todos. É uma arma da Justiça Eleitoral.
Pe. João Mc Ateer
Da Irlanda
A hierarquia, então, aconselha o seu povo em particular, e o povo Brasileiro em geral a levar muito a sério a questão política. A igreja encoraja seus membros a serem candidatos (as) políticos (as). Incentiva o povo a votar com sabedoria e responsabilidade e não deixa a assumir este privilégio democrático.
Não há como duvidar da importância da política na vida do povo, nos níveis nacional e internacional. A história mostra como e perigoso quando um povo não se interessa pelo campo político e como a falta de interesse leva para o fácil engano do povo. No mundo atual é difícil dizer que o quarto poder, a Mídia, esteja realmente ao lado do povo. Onde esta a mídia livre e onde encontrar jornalistas independentes de confiança?
A política, embora seja algo essencial, infelizmente, nos olhos do povo perde credibilidade. Recuperar o crédito e tarefa árdua. Como em qualquer vício, a recuperação exige perseverança e fé no valor da missão. A compra e a venda de votos é um exemplo do vício. Outro exemplo: candidatos (as ) suspeitos de corrupção, que sem um pingo de vergonha voltam a disputar cargos eletivos. Vale lembrar, também, as promessas na hora das campanhas que nunca são compridas.
Existem outros aspectos que merecem atenção: falta de transparência na prestação de contas; a relação nada saudável entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo, e a interferência de políticos eleitos na administração judiciária. Para o bem democrático os poderes devem guardar uma separação e uma independência.
Preocupante é a falta de continuidade nas administrações: saúde, educação, agricultura etc. O quadro que aparece neste sentido é o desperdício de dinheiro público e o sumiço de material, além do tempo perdido na busca de informações sobre da administração anterior, dívidas não pagas, troca de trabalhadores por razões de política partidária, deixando de lado a obrigação de passar adiante uma administração estável com dados fundamentais.
Se educação é a solução para um povo mais bem formado e informado, o povo é a solução para se ter políticos melhor para que se alcance o avanço democrático.
A educação ajuda a dar valor à importância da política na vida do povo. Mas, só isso não é suficiente. A conversão dos políticos seria necessária. Em termos religiosos significa uma mudança de 180 graus. O pecado existe no mau uso do poder político com conseqüências sérias. Conversão então seria para não usar esse poder para fins incoerentes e utilizá-lo para o bem comum do povo todo.
O povo precisa se converter também. Mostrar mais interesse pela política, valorizá-la como algo essencial, não votar em pessoas que no passado aproveitaram o poder para interesses próprios, afastar as pessoas que não respeitam as leis, acompanhar na vida cotidiana as administrações, lutar pelas reformas em nível nacional.
Tenho certeza de que este assunto merece um tratamento mais adequado. Espero que isso ocorra tanto pela Igreja quanto por outras entidades sociais. A Igreja deve convidar os seus membros candidatos, dando-lhes subsídios para reforçar suas candidaturas. Não acho suficiente somente encorajar a entrada deles no campo da política partidária e depois deixar-los a própria sorte.
O Comitê 9.840 funcionou nas ultimas três campanhas políticas. É criação da Igreja e entidades populares e com certeza tem apoio de homens e mulheres de todos os estratos da sociedade. Precisa ser aceito como algo positivo e apoiado por todos. É uma arma da Justiça Eleitoral.
Pe. João Mc Ateer
Da Irlanda
Horário Eleitoral para vereador tem utilidade?
Artigo de Jota Parente - Tenho me esforçado para assistir aos programas do Horário Eleitoral Gratuito. Particularmente no que concerne à eleição proporcional. Comecei afirmando que tenho me esforçado, porque não é fácil ficar durante trinta minutos pregado na frente do televisor ou do rádio, assistindo aos candidatos a vereador se revezarem numa cantilena que mais lembra uma ladainha, do que uma fala política.
Nesse caso, será que o Horário Eleitoral Gratuito tem alguma utilidade? Eu estou convencido de que se trata de um grande desperdício de tempo e de dinheiro, conquanto em 30 segundos, ou, em um minuto, nenhum candidato tem condições de passar mensagem alguma sobre o que pensa e o que deseja fazer caso seja eleito. Além disso, ressalvadas honrosas exceções, a maioria dos candidatos parece não fazer a menor idéia do motivo pelo qual resolveu brigar por uma cadeira na Câmara Municipal, nem tampouco do que é ser um vereador.
É óbvio ululante que os políticos continuarão sustentando a manutenção desse ritual, pois nunca legislam contra seus próprios interesses e não defendo o fim do Horário Eleitoral Gratuito para a eleição proporcional. O que discuto e o modelo atual, que é absolutamente inócuo.
Responda com sinceridade: alguma vez na vida você decidiu o seu voto para vereador depois de ouvir algum candidato falar no rádio, ou vê-lo na televisão? De minha parte, eu garanto que jamais isso aconteceu comigo. Então, sendo assim, tem alguma coisa errada.
O Horário Eleitoral Gratuito no Rádio e na TV surgiu depois que a ditadura militar levou um banho nas eleições de 1974, quando não havia controle sobre a propaganda na TV. E o horário eleitoral gratuito é uma forma de financiamento público de campanha. Ele não impediu – pelo contrario, estimulou – os gastos exorbitantes e o caixa dois nas campanhas eleitorais. Nasceu para restringir o uso da TV, mas transformou-se em motivo de grandes gastos na produção de programas políticos.
Vivíamos os tempos de uma censura draconiana que controlava tudo que era publicado. O Horário Eleitoral Gratuito, então, nem se fala. Lembro que os candidatos chegavam ao estúdio da Rádio Rural de Santarém, onde trabalhei durante a maior parte do regime militar. Eles apresentavam-se com um texto igualzinho ao de um currículo, desses tão comuns nos dias de hoje. Diziam que tinham sido picolezeiro, engraxate, vendedor autônomo; que tinham estudado no colégio tal e que tinham essa ou aquela profissão ou atividade econômica.
Durante a ditadura militar, os opositores do regime, que tinham como única opção tentar se proteger sob o guarda-sol do MDB, todos eram contra o uso desse espaço chamado Horário Eleitoral Gratuito. Acabou a ditadura em 1985, voltou o regime democrático e os contra de então viraram os a favor de hoje. Poucos são os políticos que se posicionam contrariamente ao uso gratuito do espaço do Rádio e da TV nesse sentido. O horário é gratuito para os políticos, mas, as emissoras recebem pela cessão do espaço de suas grades de programação. Os empresários do setor de comunicação afetados reclamam, embora as grandes redes recebam polpudos descontos no Imposto de Renda. A Receita Federal estimou um valor superior a R$ 700 milhões, somente para esta eleição de 2008.
Voltando ao nosso caso, como a Câmara Municipal é um claro reflexo do extrato de nossa sociedade, que é quem elege os vereadores, o nível dos candidatos a uma das onze cadeiras está diretamente ligado a esse caldo étnico-cultural. Logo, não se pode esperar uma atuação muito diferente da que está acontecendo.
Na medida em que avançar o índice de escolaridade da população, que de preferência venha acompanhada de uma real melhoria na qualidade de vida, obtida por meio de uma maior oferta de empregos bem remunerados, aí sim, tenho certeza que a maioria dos candidatos saberá o que quiser nas suas falas e eleitor estará mais amadurecido para votar apenas com a razão.
Em suma, que fique claro que eu não defendo o fim do Horário Eleitoral Gratuito para a eleição proporcional. O que proponho é uma discussão para que se encontre uma fórmula de torná-lo, de fato, um elo entre o candidato a vereador e o eleitor. Mas, para que isso aconteça, será necessário que a gente tenha políticos que conheçam o real sentido da função que pretendem desempenhar, se eleitos. Por enquanto, um grande número deles parece apenas seduzido pelo poder, ou atrás do que considera ser um bom emprego de vereador.
Nesse caso, será que o Horário Eleitoral Gratuito tem alguma utilidade? Eu estou convencido de que se trata de um grande desperdício de tempo e de dinheiro, conquanto em 30 segundos, ou, em um minuto, nenhum candidato tem condições de passar mensagem alguma sobre o que pensa e o que deseja fazer caso seja eleito. Além disso, ressalvadas honrosas exceções, a maioria dos candidatos parece não fazer a menor idéia do motivo pelo qual resolveu brigar por uma cadeira na Câmara Municipal, nem tampouco do que é ser um vereador.
É óbvio ululante que os políticos continuarão sustentando a manutenção desse ritual, pois nunca legislam contra seus próprios interesses e não defendo o fim do Horário Eleitoral Gratuito para a eleição proporcional. O que discuto e o modelo atual, que é absolutamente inócuo.
Responda com sinceridade: alguma vez na vida você decidiu o seu voto para vereador depois de ouvir algum candidato falar no rádio, ou vê-lo na televisão? De minha parte, eu garanto que jamais isso aconteceu comigo. Então, sendo assim, tem alguma coisa errada.
O Horário Eleitoral Gratuito no Rádio e na TV surgiu depois que a ditadura militar levou um banho nas eleições de 1974, quando não havia controle sobre a propaganda na TV. E o horário eleitoral gratuito é uma forma de financiamento público de campanha. Ele não impediu – pelo contrario, estimulou – os gastos exorbitantes e o caixa dois nas campanhas eleitorais. Nasceu para restringir o uso da TV, mas transformou-se em motivo de grandes gastos na produção de programas políticos.
Vivíamos os tempos de uma censura draconiana que controlava tudo que era publicado. O Horário Eleitoral Gratuito, então, nem se fala. Lembro que os candidatos chegavam ao estúdio da Rádio Rural de Santarém, onde trabalhei durante a maior parte do regime militar. Eles apresentavam-se com um texto igualzinho ao de um currículo, desses tão comuns nos dias de hoje. Diziam que tinham sido picolezeiro, engraxate, vendedor autônomo; que tinham estudado no colégio tal e que tinham essa ou aquela profissão ou atividade econômica.
Durante a ditadura militar, os opositores do regime, que tinham como única opção tentar se proteger sob o guarda-sol do MDB, todos eram contra o uso desse espaço chamado Horário Eleitoral Gratuito. Acabou a ditadura em 1985, voltou o regime democrático e os contra de então viraram os a favor de hoje. Poucos são os políticos que se posicionam contrariamente ao uso gratuito do espaço do Rádio e da TV nesse sentido. O horário é gratuito para os políticos, mas, as emissoras recebem pela cessão do espaço de suas grades de programação. Os empresários do setor de comunicação afetados reclamam, embora as grandes redes recebam polpudos descontos no Imposto de Renda. A Receita Federal estimou um valor superior a R$ 700 milhões, somente para esta eleição de 2008.
Voltando ao nosso caso, como a Câmara Municipal é um claro reflexo do extrato de nossa sociedade, que é quem elege os vereadores, o nível dos candidatos a uma das onze cadeiras está diretamente ligado a esse caldo étnico-cultural. Logo, não se pode esperar uma atuação muito diferente da que está acontecendo.
Na medida em que avançar o índice de escolaridade da população, que de preferência venha acompanhada de uma real melhoria na qualidade de vida, obtida por meio de uma maior oferta de empregos bem remunerados, aí sim, tenho certeza que a maioria dos candidatos saberá o que quiser nas suas falas e eleitor estará mais amadurecido para votar apenas com a razão.
Em suma, que fique claro que eu não defendo o fim do Horário Eleitoral Gratuito para a eleição proporcional. O que proponho é uma discussão para que se encontre uma fórmula de torná-lo, de fato, um elo entre o candidato a vereador e o eleitor. Mas, para que isso aconteça, será necessário que a gente tenha políticos que conheçam o real sentido da função que pretendem desempenhar, se eleitos. Por enquanto, um grande número deles parece apenas seduzido pelo poder, ou atrás do que considera ser um bom emprego de vereador.
Rotary promoverá bingo de uma L-200
O objetivo é fazer caixa para recuperar a quadra de esporte e para dar suporte para as ações sociais desse respeitado e reconhecido clube de serviços. Somente os trabalhos da quadra ficarão em torno de R$ 30 mil. Foi o que informou o presidente do Rotary Clube Itaituba, Manuel Salomão Silva, na entrevista que concedeu ao Jornal do Comércio.
JC – Essa promoção arrojada do bingo da L-200 está confirmada?
Salomão – Essa é uma aspiração ousada de nossa diretoria, que nós estaremos realizando em parceria com uma empresa, no dia 14 de dezembro, um domingo, véspera do aniversário da cidade de Itaituba. Vamos realizar o bingo de uma camionete Mitsubish L-200, zero km. Num prazo máximo de 30 dias nós estaremos colocando as cartelas à venda, esperando o apoio da comunidade. O preço da cartela será R$ 1.000,00, sendo que somente 250 serão colocadas à venda.
JC – Essa idéia foi bem recebida?
Salomão – Algumas pessoas mostraram-se apreensivas pelo fato do valor do prêmio ser muito alto. O objetivo maior é fazer com que a gente saia dessas promoções onde se arrecadam R$ 5 mil ou um pouco mais, para arrecadarmos R$ 50 mil ou algo parecido, para que possamos fazer a revitalização da nossa quadra, e o grande projeto para a gente conseguir isso é esse do bingo em dezembro. A quadra é um elo com a comunidade do bairro e também entre várias entidades, várias escolas, que utilizam aquele espaço para suas festas juninas, para suas reuniões, como faz a Colônia dos Pescadores, pois lá praticamente é a sede deles. Então, o nosso clube tem uma serventia muito grande, e se nós não cuidarmos, daqui uns dias não servirá mais para nada.
JC – Qual será o custo dessa promoção para o Rotary?
Salomão – Nós calculamos em torno de R$ 105 mil, incluindo a L-200, publicidade, deslocamento de equipes de vendas, pois vamos visitar outros municípios da região, tais como Jacareacanga, Trairão, Rurópolis e Santarém, uma vez que acreditamos que nesses lugares tem muita gente com potencial para adquirir a cartela.
JC – Essa promoção é apenas do Rotary?
Salomão – Sim, a promoção é do Rotary, de inteira responsabilidade do clube. Naturalmente, convidamos uma empresa para participar com a gente, apenas da venda das cartelas, em função da disponibilidade de tempo dos componentes dessa empresa para visitar os compradores em potencial. O pessoal do Rotary não teria condições de tempo para fazer isso. Essa empresa terá sua participação, mas, completamente diferente do que acontece em promoções em parceria com outras entidades. Em suma, o lucro líquido será do Rotary.
JC – Conseguindo um bom resultado financeiro, o Rotary beneficiará alguma outra entidade?
Salomão – Houve uma sugestão bem recebida dentro do clube para que a gente convidasse a APAE para participar conosco. Nós estaremos conversando com a diretoria da entidade por estes dias para que ela esteja junto conosco, pois ela também presta um grande serviço à comunidade.
JC – Houve algum estudo para se chegar a esse preço da cartela, que é bem elevado?
Salomão – Houve, sim. A CDL já realizou um bingo de um carro popular, um Fox, ao preço de R$ 1.000,00 a cartela. O carro custou R$ 36 mil. Na época nós procuramos a direção da CDL para saber como tinha sido o comportamento da comunidade em relação à promoção. Fomos informados de que foram colocadas à venda 50 cartelas, sendo vendidas todas e segundo a direção da entidade, se tivessem colocado 60 ou 70 cartelas, teriam sido vendidas todas. Nós estamos trabalhando com um carro que custa R$ 94 mil. Nós já mantivemos contatos com algumas pessoas, as quais mostraram grande interesse. Tem gente que diz que pode até não comprar uma cartela sozinho, mas, dividirá com um ou mais amigos. Mesmo formando um grupo de quatro, o prêmio ainda será suficiente para cada um comprar um carro popular. Mesmo sem termos feito nenhuma publicidade, mais de vinte pessoas já reservaram número de cartela. Tem gente supersticiosa que só joga com um determinado número de cartela. A empresa com a qual estamos negociando o carro já informou que quer quatro cartelas. Temos confiança no sucesso. Em Altamira, todo ano a Maçonaria realiza promoções grandes e tem êxito. Muitos empresários sonham com um carro desse e certamente eles vão querer tentar a sorte. Já pensou, sair dirigindo uma L-200, sua, por apenas R$ 1.000,00!
JC – O Rotary está com dificuldades de caixa?
Salomão – Na verdade, os clubes de serviço do mundo inteiro enfrentam esse problema, uma vez que a demanda pelos serviços sociais prestados está sempre crescendo. Conosco não é diferente. Nos meus 15 anos de Rotary tenho condições de fazer uma avaliação a respeito da situação atual, em comparação com alguns anos passados. De primeiro, tinha empresário que tirava dinheiro do bolso para doar 15 sacos de cimento, atender uma receita de R$ 200; hoje a realidade é outra. Veja o caso da nossa quadra. Tentamos resolver internamente, mas, não tem como, pois precisamos de 300 sacos de cimento. Onde a gente vai conseguir a doação dessa quantidade? Ao passo que a gente lembra que um companheiro que faleceu há pouco tempo, o Alencar, doou todo o cimento dessa quadra.
JC – Quais projetos estão em andamento, no momento?
Salomão – Temos a capoeira, que reúne mais de 30 alunos, que a gente precisa manter, pagando um salário para o instrutor; precisamos comprar uniforme novo para os alunos, de vez em quando e tem outras despesas com essa atividade. A nossa gestão entrou com quatro metas que a gente pretende desenvolver. Um dos grandes projetos que temos é a inclusão digital, que surgiu em função da capoeira. Um dia, conversando com os alunos, eu tive a curiosidade de perguntar quantos deles tinham feito algum curso de informática. Noventa por cento disseram que não tinham, feito, por falta de condições financeiras. A partir daí decidimos que quando assumíssemos a presidência tentaríamos fazer isso. Já dispomos de sete computadores, que foram doados para o clube. Temos um programa próprio, que facilitará o aprendizado. Esse programa requer apenas a presença de um monitor. Temos uma promessa do governo do Estado, que deverá nos fornecer uma linha de internet. Além disso, temos a intenção de fazer ao menos dois cursos profissionalizantes, na área de empregada doméstica e de garçom. Pretendemos começar o curso de doméstica até novembro deste ano.
JC - Tem mais alguma promoção em vista?
Salomão – Estamos tentando emplacar um outro festival da cerveja, de latinha, que já foi realizado ano passado, e que estamos tentando tornar tradição. É provável que a gente realize esse evento em novembro, como aconteceu ano passado. É uma promoção que não demanda muito tempo para se realizar.
JC – O Rotary toma sempre muito cuidado para que suas atividades não sejam envolvidas com política partidária...
Salomão – Com certeza! No passado nós tivemos alguns problemas que não queremos que se repitam. Os membros do Rotary podem ter atividades políticas, desde que elas não interfiram na vida do clube. Nós participamos ativamente da vida comunidade, e nesse sentido não devemos ficar alheios ao processo político, como o que está acontecendo neste momento, sem que para isso seja necessário estar envolvidos com esse ou aquele candidato, enquanto entidade. O clube decidiu convidar os três candidatos a prefeito, para que em datas diferentes, cada um possa comparecer a uma reunião para expor suas idéias. Nós vamos manter contato com eles, esperando que aceitem o convite, pois será uma oportunidade para mostrarem o que pretendem fazer por este município, de acordo com suas propostas de trabalho. Queremos fazer isso em conjunto com CDL, Maçonaria e Associação Empresarial. Não se tratará de debate, mas de uma exposição dos projetos de cada candidato. Esperamos que os candidatos aceitem o convite.
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