terça-feira, agosto 31, 2021

Pará: taxa de desocupação sobe e valor de rendimento cai

O IBGE acaba de divulgar os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) para o segundo trimestre de 2021. No Pará, houve aumento da taxa de desocupação (13,3%) em relação ao mesmo período no ano passado (9,1%). Já o rendimento médio habitual de todos os trabalhos (R$1.785) caiu 10% em relação ao mesmo período de 2020 (R$ 1.984).

Dentro dos quase 7 milhões de pessoas em idade de trabalhar, 3,8 milhões estavam dentro da força de trabalho, o que representou aumento de 8,2% em relação ao mesmo período de 2020, e estabilidade em relação ao trimestre anterior. O aumento da força de trabalho em comparação ao dado de 2020 se deveu à expansão da população desocupada, que cresceu 59%, totalizando 515 mil pessoas. A população ocupada se manteve estável, tanto frente ao ano anterior, como ao trimestre anterior.

 

Trabalhando sem carteira assinada ou sem CNPJ

No segundo trimestre de 2021, a população ocupada do Pará era formada por 1.895 milhão de empregados; 103 mil empregadores; 1.185 milhão trabalhando por conta própria; e 165 mil na condição de trabalhador auxiliar familiar.

A ausência de carteira assinada era mais grave entre os trabalhadores domésticos, categoria na qual atuavam 168 mil pessoas, sendo que 149 mil estava sem carteira assinada.

O percentual de pessoas trabalhando por conta própria no Pará foi de 35,4%, terceira maior do Brasil. Eram 1.185 milhão nessa condição, sendo que 1.103 milhão atuavam sem CNPJ (aumento de 9,5% em relação ao trimestre anterior) e só 82 mil com CNPJ.

Entre os empregadores, a falta de CNPJ também se mostrou relevante: quase metade (48 mil) atuava sem CNPJ, no trimestre da pesquisa.

Esses dados se refletem na alta taxa de informalidade do Estado que foi de 60,5%, colocando o Pará na primeira posição no ranking nacional da informalidade (ao lado do estado do Maranhão), enquanto a taxa para o Brasil foi de 40,6% e a da região Norte, 56,4%.

 

SUBUTILIZAÇÃO

população subutilizada – formada pela soma dos desocupados, subocupados por insuficiência de horas e força de trabalho potencial – era da ordem de 1,5 milhão de pessoas, com taxa de subutilização de 34,3%, indicando um aumento na comparação com o mesmo trimestre em 2020 (28,8%). Só o grupo da “força de trabalho potencial” somava 664 mil, sendo que 412 mil dessas pessoas consideradas desalentadas, ou seja, desistiram de procurar trabalho por razões de mercado.

Os dados completos da PNAD contínua estão disponíveis no site www.ibge.gov.br e no sistema de buscas automáticas do órgão sidra.ibge.gov.br.


Angela Gonzalez
Analista Censitária - Jornalista
Setor de Disseminação de Informações do IBGE no Pará

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