Um dos resultados seria permitir que a produção dos imunizantes pudesse ocorrer em laboratórios distribuídos pelo mundo..
Agora, Nova Déli diz que é justamente a falta de produção de versões genéricas da vacina contra covid-19 que impede o abastecimento global de um imunizante.
Nesta terça-feira, numa reunião fechada na OMC (Organização Mundial do Comércio) em Genebra (Suíça), o representante indiano foi explícito em constatar que o "pior dos de tipesadelos" se confirmou diante da incapacidade de se encontrar um acordo:
não há vacinas para todos. Sabendo de sua vulnerabilidade, o Itamaraty se manteve em silêncio dura😋nte a reunião de hoje na OMC, numa posição que se contrasta com os ataques que o governo promoveu desde setembro contra a ideia dos indianos. Mas o Brasil tampouco saiu em defesa do projeto.
O recuo foi interpretado como um sinal da debilidade em que se encontra o país na busca por vacinas. Elevar o tom das críticas, neste momento, poderia atrasa..
Brasil abandonou sua posição tradicional ...
O projeto de democratizar vacinas conta com uma forte rejeição por parte dos países ricos, detentores das patentes. O Brasil, desde o começo do projeto, foi o único país em desenvolvimento a declarar abertamente que era contra a proposta, abandonando anos de liderança internacional para garantir o acesso a remédios aos países mais pobres.
Há 20 anos, foi a ação internacional do Brasil que levou a OMC a estabelecer regras para permitir um maior acesso a remédios.
Naquele momento, a luta era para enfrentar a aids. A liderança se transformou em um dos maiores ativos da política externa de FHC e Lula. A quebra de patentes acabou ocorrendo num caso, sob a gestão do então ministro da Saúde.
Por: Jamil Chade (UOL)
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