quarta-feira, janeiro 20, 2021

E agora que Trump se foi, presidente, quem poderá nos defender?

Nunca pensei que me interessaria tanto por uma posse de um presidente dos Estados Unidos como aconteceu agora com a posse do presidente de Joe Biden.

Graças ao maluco do ex presidente Donald Trump e do nosso excelentíssimo presidente Jair Bolsonaro, eu fiquei, de repente, com muita vontade de assistir a essa solenidade, o que terminei fazendo por muito mais tempo do que imaginei que ficaria à frente da televisão.

a solenidade em si foi cheia de muito simbolismos, como a presença de alguns negros de destaque na sociedade americana e de representantes da comunidade Latina.

O discurso do presidente Joe Biden foi conciliador, chamando todos os americanos para a conciliação, para o entendimento, a fim de superar esse momento difícil por que passa a América, que saiu dividida do processo eleitoral do ano passado.

Não se trata apenas da troca de um presidente republicano por um presidente democrata. É muito mais do que isso. O que acontece é uma mudança radical na Casa Branca, com o término do mandato de um cidadão riquíssimo, porém,  lunático, que queria impor suas vontades aos americanos e ao mundo.

O presidente do Brasil Jair Bolsonaro, atrelou-se ao presidente Trump desde o primeiro momento. Puxou o saco até mais tarde em troca de nada. todos os gestos de boa vontade do governo brasileiro para com o governo de Donald Trump resultaram em um silêncio sepulcral do lado de lá. Nada, absolutamente nada de contrapartida o Brasil recebeu dos Estados Unidos pelo alinhamento incondicional do governo brasileiro.

A diplomacia brasileira vai ser obrigada a mudar de atitude. Goste ou não o presidente Bolsonaro, o Itamaraty vai ter que mudar o seu comportamento, por que os Estados Unidos são os nossos segundo melhores parceiros comerciais depois da China.

Aliás, o alinhamento cego do Brasil com os Estados Unidos, até agora, só nos trouxe prejuízo. Basta ver o caso das vacinas da Índia, que já deveriam ter vindo para o Brasil. Não vieram porque o governo indiano, em retaliação à posição do Brasil, que se alinhou aos países ricos puxados pelos Estados Unidos contra a quebra de patentes de laboratórios multinacionais dos países ricos para a fabricação da vacina. a Índia defendia a quebra da patente e esperava o apoio do Brasil que é um país em desenvolvimento , o que não aconteceu.

Hoje, Brasil e Estados Unidos estão em lados diametralmente opostos quando o assunto é por exemplo, meio ambiente. 

Com certeza vamos ter problemas pela frente quando chegar o verão e começarem as queimadas, principalmente na Amazônia. A posição do governo de Joe Biden a respeito desse assunto é completamente diferente da posição do governo de Donald Trump.

Se o presidente Jair Bolsonaro resolver pensar no Brasil como um todo e nos interesses nacionais, deveria comećar trocando o chanceler Ernesto Araújo, que até agora mostrou-se inapto para o cargo. Caso ele resolva bater de frente com o recém-empossado Presidente americano, o que eu não creio em sã consciência que venha a fazer, aí só quem terá a perder será o Brasil.

Seja lá qual for no comportamento do governo brasileiro, hoje o mundo passou a sentir um novo vento de liberdade, equilíbrio, respeito e de bom senso soprando a partir da Casa Branca, depois de tanta estupidez perpetrada pelo ex ocupante de algumas horas atrás Donald Trump. 

Ele saiu dizendo: "nós voltaremos". Certamente poderá voltar a se candidatar a presidente daquele grande e país, porém terá que procurar outro partido, porque o partido Republicano jamais dará novamente a ele a vaga para disputar, contra, provavelmente Joe Biden, que deverá ser candidato à reeleição, depois de tudo que ele aprontou e da exposição negativa que ele fez de seu partido durante os seus quatro anos de desgoverno.

Donald Trump saiu sem deixar saudades, com a maioria dos americanos querendo vê-lo pelas costas.

E agora Presidente Bolsonaro, quem poderá nos defender?

Jota Parente

Um comentário:

  1. Edmar Rosas4:22 PM

    Devido a idade avançada de Biden, o combinado é que a vice Kamala dispute a próxima eleição.Gostei do artigo. Parabéns.

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