sexta-feira, junho 05, 2020

Brasil é considerado péssimo exemplo no combate ao coranavírus, merecendo críticas até de Trump

Donald Trump se encontra com Jair Bolsonaro no Salão Oval da Casa Branca, em Washington - 19/03/2019
De lados opostos no combate à Covid-19

 

         Ainda existe Amuita gente que critica as medidas de isolamento adotadas para evitar que o sistema de saúde entre rapidamente em colapso, porque a diminuição do número de pessoas nas ruas, está mais que provado, diminui a velocidade da disseminação do coronavírus. Com menos gente contaminada, menos pessoas precisam ser hospitalizadas ao mesmo tempo.

         Cada um enxerga a pandemia com os olhos das suas convicções. Melhoria seria ver com olhos do conhecimento de quem lê porque pesquisa todas as correntes, para evitar emitir opiniões que contrariem a ciência e o bom senso, ou que apenas repetir o que dizem os outros.

         Ao lado da Suécia, o Brasil é o pior exemplo que existe hoje no mundo, quando o assunto é estratégia de combate ao coronavírus. É o exemplo a não ser seguido. Mesmo assim, tem muita gente que é contra o isolamento social. A maioria alegando apenas a questão da economia. Também, com um presidente que diz que lamenta, e daí, pois todo mundo vai morrer um dia! Até o Trump, que Bolsonaro diz ser muito amigo, criticou, hoje o Brasil.

         Trump disse que o Brasil está seguindo o mesmo caminho da Suécia, país que não impôs quarentenas e decidiu se basear principalmente em medidas voluntárias de distanciamento social e higiene pessoal, mantendo a maioria das escolas, restaurantes e empresas abertas. Como resultado, a Suécia tem um número muito maior de casos de Covid-19 do que seus vizinhos nórdicos.

"Se você olhar para o Brasil, eles estão passando por dificuldades.

         A propósito, eles estão seguindo o exemplo da Suécia. A Suécia está passando por um momento terrível. Se tivéssemos feito isso, teríamos perdido 1 milhão, 1 milhão e meio, talvez até 2 milhões ou mais de vidas", disse Trump na Casa Branca, acrescentando que agora é hora de acelerar a reabertura.

Os Estados Unidos são o país do mundo com o maior número de casos do novo coronavírus, com 1,9 milhão de infecções e mais de 108 mil mortos.

Nos países onde o povo sabe o que é civilidade e educação, o isolamento deu certo. Por isso, a crise é menor. Só para citar três exemplos: Alemanha: 83 milhões de habitantes, 165 mil casos e pouco mais de 8.500 mortes; Argentina: 44,5 milhões de habitantes, 20.197 casos e 608 mortes e Costa Rica, com população de 5 milhões e apenas 10 mortes.

A Suécia, onde um infectologista convenceu o ministério da saúde e o governo que o melhor seria apostar no “libera geral” para imunizar todo mundo, com 10 milhões de habitantes, tem mais de 4.000 mortos, enquanto os vizinhos Dinamarca tem 561, a Noruega, 301 e a Finlândia, um pouco mais distante, tem 234. Contra os números não há argumentos.

A Argentina tem uma taxa de letalidade pelo covid 19, 10 vezes menor do que a do Brasil. Quando o presidente Alvares, de lá, disse que se preocupava muito com o que poderia contecer com o Brasil, ele sabia o que estava falando.

O Paraguai, que tem diversas ligações por terra com o Brasil, cavou até trincheira na divisa de Ponta Porã com Pedro Juan Caballero, para brasileiro não entrar. Só onze pessoas morreram no país vizinho, até agora.

  O tempo se encarregou de mostrar que eles estavam certos. Os governantes não ficaram brigando para ver quem estava certo quem estava errado. O único inimigo que eles enxergaram foi o coronavírus. Infelizmente é assim que tem sido.

Jota Parente

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