quarta-feira, maio 20, 2020

Diálogo com Brasil para combater a pandemia é 'absolutamente difícil', diz ministro da Saúde da Colômbia

Militares em uma rua de Leticia, cidade colombiana que faz fronteira com o Brasil Foto: HANDOUT / AFP

Países têm duas cidades fronteiriças, Leticia e Tabatinga, que, na prática, são uma só; situação do município colombiano é uma das piores do país vzinho

O ministro da Saúde da Colômbia, Fernando Ruiz, afirmou, nesta quarta-feira, que a interlocução com as autoridades brasileiras tem sido “absolutamente difícil” para enfrentar a propagação do novo coronavírus na fronteira com o Amazonas.

Com 613 mortes e 16.935 casos, a Colômbia mantém confinada a maioria de sua população, que obedece medidas de isolamento desde 25 de março. Mas é na região de fronteira que a situação é mais crítica.

— Acho que uma reação conjunta com o Brasil não é muito viável e nos obriga a redobrar nossos esforços em Leticia (cidade na fronteira) — disse Ruiz à estação colombiana W Radio.

O ministro explicou que a falta de uma estratégia nacional no lado brasileiro — onde fica a cidade de Tabatinga que, na prática, forma apenas um município com Leticia — tornou um "diálogo absolutamente difícil" com as autoridades locais.

— Tentamos estabelecer com eles a possibilidade de realizar ações conjuntas para que a estratégia na área de Leticia-Tabatinga seja integrada e única, mas isso está sendo absolutamente lento — disse o ministro, enfatizando que a situação é preocupante.

Procurado pelo GLOBO, o Ministério da Saúde respondeu, em nota, que "está em tratativa com o governo da Colômbia para agendamento de reunião entre os representantes dos Ministério da Saúde com o intuito de reforçar a assistência prestada à população da região no enfrentamento ao coronavírus".

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