quarta-feira, abril 29, 2020

Estado do Rio não terá dinheiro para salários de servidores já em agost

Secretário de Fazenda, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho também afirma que venda da Cedae pode ficar para 2021 Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo Segundo secretário de Fazenda, até mesmo o pagamento de julho do funcionalismo não está garantido, uma vez que serão necessárias 'manobras de tesouraria'

RIO — O governo do Estado do Rio de Janeiro não terá recursos para pagar aos servidores públicos estaduais já em agosto, se não receber um socorro financeiro da União. De acordo como secretário de Fazenda, Luiz Claudio Rodrigues de Carvalho, nem mesmo o mês de julho do funcionalismo está garantido, uma vez que "manobras de tesouraria" precisariam ser feitas. 

A conhecida dificuldade de caixa do Palácio Guanabara foi acentuada pela pandemia de coronavírus, que afeta a arrecadação de ICMS, e pela consequente queda no preço do barril de petróleo, que reduz a receita oriunda dos royalties. O impacto estimado é de R$ 15,7 bilhões nos cofres do estado.

— Sem o auxílio da União, já teremos dificuldade de pagar salários em julho (referente ao mês trabalhado de junho). Não digo que não conseguiremos pagar, porque pode ser que consigamos fazendo algumas manobras de tesouraria. Em agosto, aí sim, com certeza, já não teremos dinheiro para pagar ao funcionalismo. Obviamente, isso afeta o pagamento do décimo terceiro também — diz Carvalho.
“Em agosto, com certeza já não teremos dinheiro para pagar ao funcionalismo. Obviamente, isso afeta o pagamento do décimo terceiro também”
Segundo ele, o estado precisaria receber da União ao menos R$ 10 bilhões, dos R$ 15 bilhões pleiteados, para garantir o pagamento dos servidores ao longo de 2020 e manter serviços essenciais.
— Nenhum estado brasileiro consegue sobreviver a uma queda de 30% das receitas. Todos estão sujeitos a problemas sem ajuda da União. Quando faltar dinheiro, os estados atrasarão o pagamento de fornecedores. Depois, os salários dos servidores. Se a União não socorrer estados e municípios, todos quebrarão e teremos mais uma crise: a quebradeira dos estados e municípios.  
Fonte: O Globo

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