sábado, abril 25, 2020

Em colapso pelo coronavírus, Manaus enterra 1.249 em duas semanas e já teme falta de caixões

A prefeitura de Manaus abriu novas covas no cemitério do Tarumã e recorreu às valas comuns Foto: MICHAEL DANTAS / AFP Diferença para números de mortes oficiais por Covid-19 joga luz sobre o problema das subnotificações dos casos da doença

A cena da vala comum, na qual caixões enfileirados lado a lado foram enterrados de uma só vez, lançou os holofotes para Manaus

Embora registre 207 mortes oficiais por Covid-19 desde o início da pandemia (81,2% do total de 255 mortes no Amazonas), a capital precisou deste recurso para minimizar o colapso causado pelo novo coronavírus no cemitério Tarumã. Mas a preocupação continua. Com o número de óbitos muito além do que as notificações apontam, a cidade já vê de perto o risco de um desabastecimento de urnas funerárias.

De acordo com a Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), que administra os cemitérios da cidade, 1.249 sepultamentos foram registrados nas últimas duas semanas, o que resulta numa média 89 a cada dia. Na última semana, os números são ainda mais impressionantes: foram 802 enterros, ou 114,5 a cada 24 horas.

Segundo a prefeitura, a média de sepultamentos antes da pandemia de Covid-19 era de menos de 30 por dia. O crescimento rápido pegou o setor funerário de surpresa. Agora, a preocupação é com o risco de faltarem caixões.

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