BRASÍLIA
- O ministro da Saúde, Nelson Teich, reconheceu nesta
terça-feira que há um "agravamento" da situação do novo coronavírus no Brasil.
Dados do Ministério da Saúde indicam um crescimento no número de mortes nos
últimos dias, com um recorde de óbitos notificados hoje: 474.
- É um número que vem crescendo, alguns dias atrás eu coloquei que isso
poderia ser um acúmulo de acaso de dias anteriores que foi resgatado, mas como
a gente tem a manutenção de números elevados e crescentes, a gente tem que
abordar isso como uma curva que vem crescendo, um agravamento da situação -
disse, em coletiva no Palácio do Planalto nesta noite.
Na
quinta-feira passada, quando o ministério registrou 407 mortes, o recorde até
aquele momento, Teich afirmou que a pasta não sabia ainda se o resultado
representava um esforço de fechar diagnósticos ou uma linha de tendência de
aumento.
O
oncologista ressaltou, no entanto, que a situação da doença é diferente entre
cidades brasileiras. Citando Manaus, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, o
oncologista afirmou que o ministério está acompanhando a situação dessas
capitais para ver "como será a evolução".
De acordo
com o balanço do ministério, Amazonas, Pernambuco, Rio e São Paulo, junto com
Ceará, tem a maior quantidade de casos diagnosticado da doença, além dos óbitos
provocados por ela, até o momento.
- Isso
continua restrito aos lugares que a gente sabe que estão vivendo as maiores
dificuldades, como Manaus, Recife, Rio e São Paulo. E a gente está tratando
dessa forma. Entendendo que o Brasil tem que ser tratado de forma diferente
para diferentes regiões, mas a gente vê nesses lugares como um quadro de piora
e vamos acompanhar para ver como será a evolução - afirmou.
-
A gente vê como uma tendência naqueles lugares onde a gente vê uma pior
condição em relação à doença. Repetindo, a gente vê isso como uma evolução,
como uma curva pra cima, uma piora em relação aos dias anteriores -
complementou. (O Globo)
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