quarta-feira, abril 15, 2020

Com a Saúde estrangulada, Amazonas chega aos 106 mortos pelo coronavírus


Manaus (Diário do Amazonas) – Pouco mais de um mês após o primeiro caso confirmado do novo coronavírus (Covid-19) no Amazonas, o Estado atingiu, nesta quarta-feira (15), a marca de 106 mortos pelo vírus, de acordo o com boletim on-line, da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS). 
Além disso, com a Saúde estrangulada e em meio ao colapso na Saúde agravado por conta da pandemia, o Amazonas tem hoje 1.554 casos confirmados da doença e um hospital de campanha alugado por R$ 2,6 milhões, sem previsão para entrar em funcionamento. São 70 novos casos em 24 horas e a taxa de letalidade está em 6,8%.
O Amazonas é o 3º em incidência do vírus, conforme a taxa de contaminação dividida pelo número da população, segundo os dados do Ministério da Saúde divulgado, nesta terça-feira (14), e está entre os três Estados em situação crítica. 
Médicos e enfermeiros têm denunciado com frequência não somente a falta de aparelhamento do sistema de saúde pública do Amazonas, mas também a falta Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e atraso no pagamento dos salários.
Nesta segunda-feira (13), o presidente da Associação Médica do Amazonas (AMA), Jorge Akel, informou, por meio de um vídeo divulgado por ele, que, no ano passado, mais de 500 médicos pediram transferência para outros estados, por conta dos atrasos constantes de salário.
Ainda segundo o presidente da AMA, o Estado do Amazonas vem se arrastando com dificuldade para honrar os compromissos com as cooperativas médicas, desde o início de 2019 até os dias de hoje, com atrasos constantes de pagamento.
“Sempre atrasando os pagamentos, de três a quatro meses. O CRM registrou no ano de 2019, um total de 550 médicos que pediram suas transferências, do Amazonas para outros Estados, alegando a dificuldade de manter o sustento da família por conta do atraso constante dos salários”, disse Akel, que também é secretário do Conselho Regional de Medicina (CRM).


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