
Em momentos de raiva ou indignação, o certo é fazer coro ao cantor e compositor Eduardo Costa, que chamou de “hipócritas” os endinheirados e famosos que são bons em usar as mãos para bater palminhas para profissionais de saúde. Mas não as colocam no bolso de jeito nenhum. Exemplos não faltam.
Costa doou R$ 2,5 milhões para o SUS (Sistema Único de Saúde). Xuxa fez um cheque de R$ 1 milhão, com a mesma finalidade. Palmas para os dois. Estamos no aguardo de novas manifestações de generosidade. Nem precisam ser anônimas.
Ninguém está esperando que ricaços brasileiros façam como o bilionário Bill Gates. Não é todo mundo que pode dispor de US 100 milhões para pesquisas e ações contra o vírus no mundo todo.
Mas os R$ 5,4 milhões doados pelo técnico do Manchester City , Pep Guardiola, nos dão uma boa medida de quanto dinheiro determinadas boas pessoas têm. Ele está longe de ser o cara mais rico do mundo do esporte – e isso não o impediu de ser um cara muito legal.
Não vamos citar nomes de personalidades, figuras do mundo político e homens de negócios afortunados para os quais 1 milhão de dólares é troco de pinga ou álcool em gel. Que deselegante. Todos sabemos quem são.
Mas cada um desses que se omite – ainda mais em um momento em que os grandes hotéis estão fechados, não é possível viajar de primeira classe para o Exterior nem bancar festas bafônicas – vai entrar para uma lista seleta na memória desse povo sofrido. Bando de sovinas. Mãos de vaca.
Marco Antonio Araujo, do R7
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