quarta-feira, fevereiro 19, 2020

Banco Central lança meio de pagamentos que faz transferências em dois segundos

SÃO PAULO — O Banco Central (BC) lançou nesta quinta-feira um novo meio de pagamentos instantâneo, chamado de Pix, que vai permitir que transferências de dinheiro entre contas correntes sejam feitas em até dez segundos e, na média, em dois segundos. Pelo novo sistema, também será possível pagar contas de luz, água, cartão de crédito, ou realizar pagamentos de contas de supermercados, restaurante ou de uma viagem de táxi, por exemplo.
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto Foto: Amanda Perobelli / Reuters
A novidade começa a funcionar a partir de 20 de novembro deste ano, e aparacerá como opção de pagamento nos aplicativos de grandes bancos, credenciadoras de cartões e fintechs que aderirem ao sistema. Instituições com mais de 500 mil clientes serão obrigadas a aderir ao Pix, segundo circular do Banco Central.

— É um dos projetos mais importantes do Banco Central este ano e uma necessidade das pessoas. É um sistema de pagamento instantâneo,  rápido e seguro. É um embrião da transformação na intermediação financeira do país — disse o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto (foto), que participou do lançamento do Pix via teleconferência.

Hoje para fazer uma Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Documento de Ordem de Crédito (DOC) entre contas corrente ou poupança há restrições de horário e valor. Por exemplo, não é possível fazer essas operações durante a madrugada. No caso da TED, o dinheiro transferido leva mais de duas horas para cair na conta.

Por meio do Pix, além do dinheiro cair em até dez segundos na conta, será possível fazer esse tipo de transação 24 horas por dia,  sete dias por semana e 365 dias do ano.— O Banco Central está oferecendo uma infraestrura que será utilizada pelos agentes privados de forma a trazer mais competitividade e agilidade ao sistema de maio de pagamentos — disse João Manoel Pinho de Mello, diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central.

Na prática, o Pix tem potencial para substituir da TED e do DOC e o uso de dinheiro em espécie. A instituição financeira que utilizar o Pix poderá cobrar pela transação realizada pelo usuário. Mas o diretor do BC avalia que a tendência é que haverá barateamento dos preços em relação ao que é cobrado hoje nas TEDS e DOCs. Mas a competição será feita pelos agentes que utilizarem esse novo instrumento.                                                              

Fonte: O Globo

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