Desde
ontem está muito complicada a vida de quem precisa descolocar-se de carro pela
BR 163/230, trecho compreendido entre o distrito de Campo Verde e Rurópolis. Quem
precisa ir a Santarém, ou seguir pela Transamazônica, sentido Altamira é
obrigado a percorrer essa parte da rodovia.
Existem
três ladeiras nas quais os carros mais pesados, do tipo carreta ou caminhão
carregado, estão tendo muita dificuldade. Dependendo da intensidade da chuva,
só conseguir subir quem for puxado.
Retornando
de uma viagem de carro com a família pelo Brasil, pernoitei em Campo Verde de
quinta para sexta, de onde saí ontem às 06:45 para Santarém.
Na
ida já passei por um pequeno aperto, porque chovia muito. Mas, foi apenas uma
situação já perto de Rurópolis, onde três carretas estavam paradas em uma
subida. Uma delas havia atravessado, bloqueando parcialmente a estrada, ficando
apenas um pequeno espaço pelo qual os carros pequenos conseguiam passar.
Inicialmente,
cheguei a pensar em pernoitar em Santarém para retornar hoje, porém, depois de
dar uma olhada na previsão do tempo, resolvi arriscar e peguei a estrada rumo a
Itaituba, ontem mesmo, uma hora da tarde.
Choveu
muito durante boa parte do dia. Vim na base do seja o que Deus quiser,
apostando na sorte. E quando saí do asfalto da Santarém-Cuiabá, rumo a
Itaituba, logo na saída de Rurópolis deparei-me com o primeiro problema.
Algumas carretas e caminhões já estavam parados sem condições de seguir viagem.
Por sorte, havia um trator de esteira pequeno dando uma arrumada nas piores
partes da subida e puxando os carros pesados. Como era particular, obviamente,
cobrando pelo serviço.
Felizmente,
os carros pequenos não precisaram esperar muito. Cerca de quinze menos foram
suficientes para que a gente passasse. Não, sem a adrenalina subir bastante durante
a subida, com carro ziguezagueando por conta do chão escorregadio.
Esse
foi o pior pedaço de todos. Encontramos mais dois, os quais vencemos com
cuidado. Havia carretas paradas em dois locais, aguardando melhorar o tempo
para poderem subir.
Assim
como foi feito na BR 163, que o governo do presidente Jair Bolsonaro mandou
concluir o asfaltamento ano passado, é preciso que seja feito a mesma coisa com
relação a esses quilômetros que faltam, no trecho de 112 km que separam Campo Verde
de Rurópolis, que já tem boa parte asfaltada, com pavimento bom.
Um
país como o Brasil, que foi contemplado pela Natureza com privilegiadas bacias
hidrográfica, e com uma costa marítima de 9.200 km se forem consideradas as saliências e reentrâncias
do litoral, não deveria ter no transporte rodoviário o seu principal modal de
transporte de suas riquezas. Enquanto isso, o transporte aquaviário, que é o
mais econômico de todos para o transporte de nossas riquezas, é apenas a quarta
opção. Um contrassenso que custa muito caro para a economia nacional.
Se o transporte aquaviário fosse o modal
principal, as estradas brasileiras teriam menos veículos pesados em suas
estradas e elas teriam vida mais longa. E talvez não precisássemos passar mais
por esse sufoco que continuam que passar.
Jota Parente
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