segunda-feira, dezembro 23, 2019

Não deu certo a terceirização da saúde pública em Santarém: prefeitura socorre OS para que servidores recebam 13o.

G1 Santarém - Diante da dificuldade do IPG (Instituto Panamericano de Gestão) de arcar com o pagamento do 13º salário dos servidores da saúde que atuam no Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo e Unidade de Pronto Atendimento 24H, o município liberou R$ 600 mil para a OS.

Sobre a intervenção na gestão das duas unidades, tratada em reunião emergencial na manhã desta segunda-feira (23), na Prefeitura de Santarém, o prefeito Nélio Aguiar (DEM) explicou que será uma espécie de "intervenção branca".

"Faremos um acompanhamento junto às planilhas do HMS sobre cada pagamento. Nós fizemos uma reunião de emergência devido ao não pagamento do 13º salário dos servidores das duas unidades. Criamos uma comissão de transição para auditoria nas contas do IPG para ver o que eles têm de dívidas com fornecedores e pessoal. A prioridade são os prestadores de serviços médicos e os servidores de enfermagem", explicou.

O IPG deve apresentar nos próximos dias à Prefeitura uma planilha de pagamentos. Será designada um comissão pela Prefeitura para o processo de transição, uma vez que o IPG só deve continuar até fevereiro de 2020.

“A gente já havia feito uma retenção de recursos enquanto era feita uma auditoria nas contas do IPG, em torno de R$ 1 milhão e 400 mil. Estamos liberando parte desse recurso para pagamento do 13º salário. A OS também tem uma dívida com a Celpa que precisa ser paga", disse Nélio.

Ainda de acordo com o prefeito, o município já vem fazendo uma reserva para que nenhum funcionário fique sem receber seus salários e para que não haja prejuízo no atendimento à população no HMS e na UPA 24H.

O IPG está à frente da gestão da UPA e do HMS desde março de 2018. No início deste ano, houve uma crise entre a OS e os médicos contratados para as duas unidades em razão de atrasos de salários. Após esse episódio e várias denúncias em relação à precariedade no atendimento à população, o Ministério Público do Estado do Pará recomendou a substituição da OS na gestão das duas unidades.

O processo de chamamento público de nova organização social para a gestão do HMS e UPA está em andamento, quatro empresas foram qualificadas: Rio Lagos, Pró Saúde, Instituo Mais Saúde e Instituto Ácqua.

Nenhum comentário:

Postar um comentário