Nesta
quarta-feira, dia 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial de Combate ao
Diabetes. A data foi criada para conscientizar a população sobre a prevenção e
estimular o diálogo sobre a doença. O diabetes é uma doença metabólica que
afeta 1 em cada 11 pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS).
Eu sou diabético, sem orgulho nenhum, porque essa é uma herança genética dos meus ancestrais, sabe Deus desde quando.
Somente até onde os olhos alcançam, sei que meu avô paterno era diabético, e que meu pai era diabético. Quem sabe de onde vem essa ramificação.
Quanto mais o diabético envelhece, maiores tem que ser os cuidados com o controle da doença, com a qual se pode conviver por muitos e muitos anos, desde que sejam cumpridas algumas exigências que fazem a diferença entre viver bem e viver mal, ou até morrer muito mais cedo, como aconteceu com muita gente.
Dou-me uma nota entre 7,5 e 8,0 como diabético. Não bebo, não fumo, faço exercícios com regularidade e não como de tudo. Vez por outra saio da linha, porque ninguém é de ferro.
Não tenho medo de morrer, embora não tenha pressa. O que me assusta, mesmo, são as mazelas que podem tornar um inferno a vida do diabético. Por isso, vivo pisando no freio quando sinto que preciso aumentar o rigor do controle.
Na casa de papai e mamãe éramos seis homens e cinco mulheres. Todos os homens desenvolveram diabetes tipo 2, enquanto entre as mulheres, apenas uma depois dos 60 anos apresentou alteração na glicose.
Por mais que doa, e dói muito para o psicológico, é preciso fechar a boca. Pior, quanto mais saborosa a comida, mais mal ela faz para quem tem essa doença. Bebida alcoólica, então, melhor nem provar.
Para quem se criou na colônia, comendo arroz e feijão com toucinho de porco, sem verduras, não é fácil. É exatamente esse o meu maior problema. O jeito é tentar equilibrar com frutas, as que produzem menos glicose, e alimentos integrais. Haja integral.
Mesmo diante dessa limitação no consumo de verduras, um fato na minha vida, vou tocando, tomando a medicação indicada e fazendo exercícios.
Diabetes aleija. Pessoas perdem membros por conta de diabetes descontrolada. Diabetes mata. Normalmente, sem pressa, mas, mata. Ela compromete órgãos vitais, e entre eles, um dos que mais podem fazer o diabético sofrer são os rins. Mas, os outros também podem ser comprometidos.
O diabético precisa consumir muita água todos os dias. Esse é um ponto onde eu peco. Consumir, no mínimo, dois litros do precioso líquido por dia, é fundamental.
Não estou praticando exercício ilegal da profissão de médico. É somente uma pequena contribuição de um diabético que convive com a doença há quase três décadas. Muitas experiências a gente adquire com algum sofrimento.
O melhor que se tem a fazer é seguir a orientação dos profissionais da área de saúde, e entre os quais, há duas especialidades que para nós são muito importantes, que são o nutrólogo e o nutricionista. São eles quem dizem o que a gente pode ou não comer.
Vamos refletir sobre isso. Principalmente os que são portadores da doença.
Confira abaixo a matéria do DOL que eu anexei como contribuição.
Jota Parente
Os
números da doença no Brasil são alarmantes. De acordo com o Ministério da
Saúde, foram registrados 12,5 milhões de brasileiros afetados, somente em 2018,
o que significa 7% da população mundial. A maior incidência da doença é na
faixa etária entre 65 e 70 anos.
A
doença tem dois tipos, o diabetes tipo 1, que é uma doença de origem autoimune,
costuma aparecer durante a infância, mas também pode ser diagnosticada na
adolescência ou até mesmo na fase adulta. Já o diabetes tipo 2, é uma doença
crônica, pode ter origem genética, porém, geralmente está relacionada ao estilo
de vida. Alguns especialistas consideram que o diabetes tipo 2 pode tornar-se
uma epidemia, por causa dos números de novos casos e a dificuldade no controle
da doença de uma parcela dos pacientes.
Além
disso, a obesidade, grande vilã e desencadeadora de muitas doenças, pode
agravar ainda mais o diabetes, que tem como característica, o aumento constante
dos níveis de glicemia no sangue. Sua incidência tem aumentado em todo mundo
pelos hábitos alimentares inadequados, pela obesidade e o sedentarismo.
No
diabetes tipo 2, na maioria das vezes, os sintomas não aparecem no quadro
inicial. Muitas vezes o paciente só descobre a partir de um exame de rotina ou
verificação ao acaso de sua glicemia elevada. Porém, é preciso estar atento, os
sintomas mais comuns são: fraqueza, muita fome, rápido ganho ou perda de peso,
visão embaçada, infecções frequentes, cansaço inexplicável, dificuldade para
cicatrização e falta de concentração.
“Hoje,
às complicações de um diagnóstico tardio, tornam-se uma das nossas principais
preocupações, porque o diabetes, em sua forma mais agressiva, afeta
praticamente todos os nossos órgãos”, alerta a endocrinologista.
Prática de exercícios físicos
O
tratamento envolve mudanças no estilo de vida. Rogério Vieira, coordenador do
Projeto + 1K em Belém, assessoria esportiva do Hapvida, fala da importância de
praticar exercícios físicos pelo menos três vezes durante a semana.
“O
Hapvida através da criação do projeto +1K de incentivo à prática de atividades
físicas estimula a importância da prática regular de exercícios físicos, ao
menos três vezes na semana, especialmente o processo do envelhecimento saudável
para a promoção da saúde das pessoas acima dos 50 anos. Cuidar do físico, ajuda
a prevenir e minimizar os efeitos do envelhecimento, além de contribuir para a
qualidade e expectativa de vida dos seus praticantes”, comenta.
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