O acirramento na disputa dos votos para a eleição do conselho
tutelar mostrou claramente que o processo de escolha dos novos conselheiros foi completamente
contaminado pela política partidária e desequilibrou a disputa em favor dos
candidatos que contaram com o apoio de cabos eleitorais com militância na
política partidária.
Isso aconteceu por falta de aprimoramento na lei que permite
que pessoas sem nenhuma aptidão para essa atividade possam ser candidatas. Só
que a interferência de agentes políticos nessa eleição não foi somente aqui em
Itaituba, ela ocorreu em todo o país.
Se esses conselheiros não corresponderem, ou se omitirem de
suas obrigações, por conveniências políticas, as crianças e adolescentes é que
serão penalizadas e a responsabilidade por possíveis negligências não serão
somente dos conselheiros, mas, também de quem os elegeu.
Escolher pessoas competentes para cargos eletivos é dever do
eleitor, mas, na maioria das vezes isso não ocorre, por interesses alheios ao
processo. Mas, uma vez eleitos, o que se espera é que os novos conselheiros
vistam a camisa do conselho e se disponham a realizar esse trabalho com a maior
dedicação possível que essa atividade exige, pois independente dos apoios
políticos recebidos durante a campanha, os conselheiros estarão, a partir de agora, a serviço da
sociedade, garantindo a proteção de nossas crianças e adolescentes. E que assim
seja.
Jornalista Weliton Lima
Comentário do Focalizando, quinta, 10/10/2019
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