Ontem,
o prefeito Valmir Clímaco concedeu entrevista coletiva para falar do atual
momento da luta pela regularização da atividade garimpeira na região do
Tapajós.
A
prefeitura tem feito sua parte, concedendo licenças nas áreas onde ela tem
competência, e tem acompanhado o esforço das lideranças garimpeiras e políticas
da região nas constantes viagens a Brasília para tratar do assunto.
“A
prefeitura, até pouco tempo, tinha poderes, junto com o DNPM (ANM) dar
certidões de áreas brancas que a gente podia regularizar, mas, o governo do
presidente Jair Bolsonaro tirou esse poder da gente.
Eu,
o vereador Wescley Tomaz, o secretário de meio ambiente, Bruno Rolim, estivemos
em Brasília para tratar junto à Agência Nacional de Mineral do retorno dessa
autorização para regularizar novamente.
Como
começaram a enrolar e não fazer as coisas direito, houve aquele movimento em
Moraes Almeida, durante o qual a gente conversou com o governador Helder Barbalho
e com o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni e foi marcada uma reunião em
Brasília.
Lideranças
de cooperativas, representantes dos indígenas, o vereador Wescley Tomaz e
outras pessoas estiveram presentes e ficou definido que no dia 2 de outubro
será dada uma decisão sobre esse pedido para que a SEMMA possa voltar a
conceder a regularização.
Existe
uma pauta bastante extensa, como exploração mineral dentro de áreas indígenas,
assim como dentro flonas, a queima dos equipamentos, que deve ser resolvida com
a edição de um decreto pelo governo federal ou um projeto de lei para ser
enviados ao Congresso.
Está
programada uma reunião em Itaituba com a vinda de dois deputados federais no
dia 27 de setembro, sexta-feira, no Espaço Português. Virão os deputados
Joaquim Passarinho e o deputado Airton Faleiro que vão conduzir os trabalhos.
Deverão
participar dirigentes de cooperativas garimpeiras, de sindicatos e outros.
Nós
temos que lotar aquele espaço, com garimpeiros e a sociedade de um modo geral,
porque Itaituba é um dos raros municípios brasileiros que produzem duas
toneladas de ouro que circulam no comércio em geral, o maior empresário até o
vendedor de bananas.
Só
a região do Crepurizão produz cerca de 600 kg de ouro. Nós temos despesas com
manutenção de estradas e escolas, e a prefeitura quer ter a possibilidade de
legalizar essas áreas. Mas, para isso, a gente precisa de apoio da sociedade.
Quantos
milhões de litros de combustíveis são vendidos somente para o garimpo? Nós
pedimos que todos os empresários e toda a sociedade estejam presentes, estejam
em peso nessa reunião de amanhã, no Espaço Português para mostrar para o
governo federal o quanto é importante essa atividade.
Hoje,
70% dessas duas toneladas produzidas de ouro saem de forma clandestina, contrabandeadas
porque o governo não faz a parte dele. A SEMMA precisa ter a autorização para
regularizar para que a gente receba os impostos dessa produção.
Repito
que eu espero o apoio da sociedade. Vamos deixar de lado divergências políticas
ou de qualquer outro tipo para lutar por uma causa que é de todos. E através de
vocês que fazem a comunicação para convidar todos para que a gente mostre força
aos parlamentares federais que a gente tem força e que defendemos os nossos
interesses de forma ordeira.
Falou-se
que o pai do presidente Bolsonaro foi garimpeiro e que o presidente iria regularizar o
garimpo, mas, temos que sair do blá, blá, blá e partir para a ação.
Amanhã, a partir de 09h30, no Espaço Português.
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