A
árdua batalha pela legalização do garimpo continua. Não importa de que lado
venha. O importante é que haja sinais que estão ocorrendo avanços, como os
obtidos agora por um grupo de pessoas que foi a Brasília, esta semana, com o
objetivo precípuo de fazer o trabalho avançar.
O
vereador Wescley Tomaz, a advogada da COMIDEC, Luciane Oliveira, o presidente
da FECOGAT, Amaro da Rosa, Guilherme Willi Aggens, engenheiro florestal,
Elivaldo Barbosa, presidente da COMIDEC e Bruno Rolim, Secretário de Meio
Ambiente, de Itaituba, passaram a semana em Brasília tratando dessa questão.
Ao
blog, o vereador Wescley Tomaz, que pugna por essa causa há muitos anos, sendo
identificado como o vereador que mais se preocupa com isso, disse que os seis
que compõem a equipe ficaram muitos satisfeitos com os resultados obtidos.
“Foram
dois momentos importantes. No primeiro, reunimos com o secretário do Ministério
de Minas e Energia, o juiz federal Alexandre Vidigal, que foi muito atencioso
conosco e deu andamento às nossas demandas.
De
fato, o que foi que aconteceu?
A
força tarefa que esteve reunida em Itaituba, recentemente, não tem nada a ver
com as nossas conversas, porque os resultados dela devem ser sentidos em longo
prazo em nível de Brasil, incluindo Itaituba. O que nós construímos em Brasília
foi com objetivo de resultados em curto prazo.
Aconteceu
uma reunião com doze pessoas da equipe técnica da Agência Nacional de Mineração,
que começou às três da tarde e estendeu-se até depois das seis, em mais de três
horas de discussões sobre questões técnicas do problema, que todo mundo aqui
sabe que existe, porém, ninguém jamais se interessou em resolver. O problema
tem sido de ordem política.
As
pessoas mais influentes da ANM participaram desse encontro.
A
gente não pode pedir para o governo parar de fiscalizar. A nossa luta é para
que o governo não apenas fiscalize, mas, também regularize”, disse Wescley.
MAIS LEGALIZAÇÃO, E MENOS TRUCULÊNCIA NAS FISCALIZAÇÕES
A
segunda pauta da viagem de trabalho foi com o general Luiz Eduardo Ramos Baptista
Pereira, atual ministro-chefe da
Secretaria de governo do presidente Jair Bolsonaro.
Nessa reunião foi apresentado a ele o problema
das arbitrariedades praticadas pelos órgãos ambientais durante fiscalizações,
no que diz respeito à queima dos equipamentos dos garimpeiros, como PCs,
motores e tudo que encontrarem que funcione.
Quando o general Ramos viu as imagens de
equipamentos sendo queimados, mostrou-se muito revoltado com o que viu. Na
frente dos membros da comitiva, ele pegou o telefone e ligou para o Ministério
da Defesa para falar sobre o que considerou um absurdo.
Disse o general Ramos, que logo-logo aqueles
vídeos chegariam ao presidente Jair Bolsonaro. Ele perguntou o que poderia
fazer, no caso de chegar fiscalização num local onde haja exploração ilegal.
“Que continue a fiscalização, mas, que não se destruam
os equipamentos com tem sido feito sistematicamente. Que a Força Nacional possa
acompanhar a desocupação de áreas, indo em motos onde dá para chegar, como tem
sido feito. Ou, então, apreende esses equipamentos e depois utiliza para
recuperar áreas degradadas.
O presidente Jair Bolsonaro disse que isso não
iria acontecer no mandato dele, mas, infelizmente tem acontecido. Como tivemos
duas conversas muito boas nas duas audiências, saímos daqui convencidos de
estamos avançando.
Não posso esquecer de citar a importância da participação
do deputado Joaquim Passarinho, que esteve com a gente o tempo todo. Sem a
força dele para abrir as portas pra gente, não teríamos conseguido. Tivemos,
também, a presença do senador Zequinha Marinho, mas, o cara que fez a diferença
foi o deputado Passarinho”, finalizou o vereador Wescley Tomaz.
Jota Parente
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