Um
rapaz de 16 anos filmou o momento quando estuprava uma jovem de mesma idade, no
porão de uma casa em Nova Jersey, nos Estados Unidos, durante uma festa, em
2017, segundo informações do Ministério Público do Condado de Monmouth.
Na
apreciação do caso, um juiz do Superior Tribunal de Justiça do estado decidiu,
em 2018, que ele não deveria ser julgado como um adulto, porque o réu "é um
escoteiro", "vem de uma boa família" e "tira boas
notas", sendo "não apenas um candidato a cursar faculdade, mas, sim,
uma boa faculdade".
Porém, em junho deste
ano, o Tribunal de Apelação de Nova Jersey, que é de uma instância superior ao
do juiz anterior, James Troiano, mudou a decisão e ainda o repreendeu. Assim o
caso pôde ser transferido do tribunal de família para um júri, em que
adolescentes com mais de 15 anos podem ser tratados como adultos quando são
acusados de crimes graves, conforme a lei do estado.
O jovem compartilhou as
imagens do estupro com amigos, dizendo numa mensagem: "Quando sua primeira
vez fazendo sexo foi estupro". Ainda de acordo com documentos sobre o caso
(que era sigiloso, mas acabou indo a público devido à reprimenda ao magistrado),
a vítima ainda estava embriagada.
O primeiro juiz queria
saber se a adolescente vítima e sua família tinham noção do "efeito
devastador" que as acusações teriam na vida do acusado.
Para Troiano, estupro se daria em um ataque à mão armada, por estranhos,
e que "as ações do adolescente não eram sofisticadas ou predatórias".
Sobre a mensagem espalhada com o vídeo, o juiz argumentou que era "apenas
um garoto de 16 anos dizendo besteira a seus amigos".
"Este jovem vem de uma boa família que o colocou em uma
excelente escola onde ele está indo muito bem", disse o juiz. "Suas
notas para a entrada na faculdade são muito altas".
Promotores relataram que testemunhas encontraram a vítima no chão,
vomitando. A vítima relatou ter sido levada para casa pela mãe de uma amiga se
sentiu confusa sobre suas roupas estarem rasgadas e por ter hematomas no corpo.
Depois, a jovem descobriu sobre o vídeo do estupro que o acusado compartilhava.
Quando a vítima viu que o suspeito continuava a compartilhar o vídeo, a mãe dela
tomou medidas para processá-lo criminalmente.
Fonte:
Extra
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