sábado, julho 20, 2019

Dois monstros do gol, Iashin e Gilmar

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Lev Iashin

O mundo do futebol tem revelado grandes goleiros nas últimas décadas, porém, eles diferem dos grandes goleiros que o precederam no passado em um ponto crucial que é não segurar bolas possíveis de serem retidas nos braços dos arqueiros.

Até os anos 1970 e um pouco dos anos 1980, o melhor goleiro não era o que só fazia espalmar bolas para os lados ou para a linha de fundo.

Eles faziam cada defesa que encantava pela plasticidade.

Os goleiros de hoje, muitos deles, excelentes, raramente fazem defesas portentosas, daquelas de tirar o fôlego. São orientados para só segurar aquelas bolas mais fáceis.

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Gilar, com Pelé, ainda garoto
Hoje, vendo os gols do jogo em o Vasco venceu o Fluminense por 2x1, vi o goleiro tricolor rebater uma bola pra frente, sem tentar encaixa-la. Acho que se ele tivesse tentado segurar, teria conseguido. Como havia um monte de adversários na área, com a rebatida, um deles acertou o rumo das redes.

Vou falar de dois monstros que brilharam guardando os três paus, que em Portugal tem o nome de guarda metas ou guarda valas. Eles seguravam a maioria das bolas chutadas contra suas metas. São eles, Lev Iashin e Gilmar dos Santos Neves.

Leve Iashin, o russo conhecido como Aranha Negra, para muitos foi o melhor de todos. Jogou somente no Dínamo de Moscou e na seleção da União Soviética. Tinha 1,89. Hoje os goleiros aproximam-se dos dois metros.

Lev Ivanovich Yashin foi considerado o maior goleiro do século 20 e maior futebolista russo de todos os tempos.

Nascido em Moscou no dia 22 de outubro de 1923, na ainda recente União Soviética, começou a trabalhar na adolescência numa fábrica de ferramentas. Ele era goleiro de hóquei no gelo do time da fábrica, mas aos 14 anos decidiu se experimentar nos campos de futebol e gostou.

Yashin se destacou também por inovar na sua posição. Na época ele era um dos raros guarda redes que não se contentava em ficar debaixo da barra. Ele saía para interceptar cruzamentos, corria para fechar o ângulo dos atacantes que entravam na grande área, se lançava sobre a bola nos pés dos adversários antes que eles pudessem chutá-la, enquanto boa parte dos atletas de sua posição mal saíam da pequena área.

4. Um monstro dos pênaltis

Ninguém, jamais, pegou tantos pênaltis quanto ele. Os números do goleiro soviético nas penalidades máximas também são surpreendentes. Foram nada menos que 150 pênaltis defendidos durante a carreira. Boa parte das defesas garantiu que Yashin passasse a partida sem ter suas redes balançadas, o que colaborou para o número de 270 jogos na carreira sem sofrer gols. Uma famosa frase de Yashin faz referência ao cosmonauta russo Yuri Gagarin, primeiro homem a sair o planeta Terra. “A alegria de ver Yuri Gagarin no espaço só é superada pela alegria de uma boa defesa de pênalti”. Certa vez, perguntado sobre sua frieza sobre as traves, Lev atribuiu sua tranquilidade ao “ritual” que fazia antes de todos os jogos: fumava um cigarro “para acalmar os nervos” e bebia uma dose de vodca “para tonificar os músculos”.

Gilmar dos Santos Neves. O melhor goleiro brasileiro da história.

Gylmar dos Santos Neves, mais conhecido como Gilmar, (Santos, 22 de agosto de 1930 – São Paulo, 25 de agosto de 2013, foi um futebolista brasileiro que atuava como goleiro, bicampeão mundial pela Seleção Brasileira.

É considerado até os dias atuais um dos melhores de todos os tempos em sua posição, por ter jogado em times lendários como o Corinthians da década de 50, o Santos da década de 60 e na Seleção Brasileira bicampeã do mundo.

Gilmar possui o privilégio de ter sido "campeão de tudo" em sua época, devido ao fato de ter ao menos um título em cada competição que disputou. Também era conhecido por ter usado, durante a Copa do Mundo de 1958 na Suécia, a camisa n°3 na seleção.

Também ficou conhecido por tomar o histórico primeiro gol de Pelé num jogo entre Corinthians e Santos. Faleceu em São Paulo em 25 de agosto de 2013 em consequência de um amistoso. 

Gilmar foi a inspiração do que é considerado o maior goleiro de todos os tempos, Lev Iashin.

Gilmar foi do Jabaquara para o Corinthians, seu primeiro grande clube, por um acaso. Na verdade, os dirigentes do clube paulistano queriam outro jogador do clube santista, o meio-campista Ciciá, que o Jabaquara só aceitou vender se o clube levasse Gilmar de contrapeso.

O seu início no Corinthians, foi um tanto complicado, pois foi considerado o principal culpado pela derrota por 7 a 3 (25 de novembro de 1951) contra a Portuguesa de Desportos pelo Campeonato Paulista.

Depois de quatro meses, voltaria a defender a meta alvinegra, para se consagrar campeão paulista. Durante seus dez anos de Corinthians, conquistou os títulos do Torneio Rio-São Paulo de 19531954 e Pequena Taça do Mundo, os Campeonatos Paulistas de 19511952 e 1954, este último no qual festejava-se o IV centenário da cidade de São Paulo e foi condecorado com o título de "supremo guardião do campeão do quarto centenário".

É considerado o melhor goleiro da história do Corinthians.

Depois de quatro meses, voltaria a defender a meta alvinegra, para se consagrar campeão paulista. Durante seus dez anos de Corinthians, conquistou os títulos do Torneio Rio-São Paulo de 19531954 e Pequena Taça do Mundo, os Campeonatos Paulistas de 19511952 e 1954, este último no qual festejava-se o IV centenário da cidade de São Paulo e foi condecorado com o título de "supremo guardião do campeão do quarto centenário".
É considerado o melhor goleiro da história do Corinthians.

Em 1961, após dez anos, ele se despediu do Corinthians, em meio a brigas com o presidente Wadih Helou, que o acusava de corpo mole durante os primeiros anos de fila do clube paulistano.

Seguiu sua trajetória no Santos FC, onde permaneceu até 1969. Foi uma fase muito vitoriosa, conquistando os Campeonatos Paulistas de 1962196419651967 e 1968, as Taças Brasil de 196219631964 e 1965, as Taças Libertadores da América de 1962 e 1963, os Taça Intercontinental de 1962 e 1963, os Torneios Rio-São Paulo de 19631964 , e 1966 , o Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1968 e, a Recopa dos Campeões Intercontinentais de 1968.

Gilmar estreou na Seleção Brasileira em 1 de março de 1953, na vitória de 8 a 1 sobre a Bolívia, válida pelo Campeonato Sul-Americano (atual Copa América), disputado no Peru. Assim como nos clubes em que passou, Gilmar também fez história na Seleção do Brasil.

Em 1958, ajudou a Seleção Brasileira a conquistar a sua primeira Copa do Mundo. Em 1962, repetiu o feito conquistando sua segunda Copa do Mundo com a Seleção Brasileira. Em 1966, Gilmar também estava lá. Porém, ele não teve a mesma glória de 1958 e 1962, embora tivesse jogado duas partidas, e mais tarde seria substituído por Haílton Corrêa de Arruda, o Manga. Gilmar jogou pela Seleção Brasileira até 1969, sendo a vitória de 2 a 1 contra a Inglaterra, em 12 de junho, num amistoso disputado no Maracanã, sua última partida pela seleção.

Curiosidade: dizem radialistas mais antigos que certa ocasião nas quartas de finais da seleção brasileira na Suécia, quando subia do vestiário para o campo ao lado do zagueiro De Sordi, o goleiro Gilmar conversava que aquele jogo era decisivo para o Brasil e daria o sangue se fosse necessário e morreria pela seleção; ao que De Sordi, sem titubear, retrucou: se for para morrer, morreremos juntos. Profecia ou não e por coincidência do destino, ambos morreram no mesmo dia: 25-08-2013.


Pesquisa: Jota Parente
Fsontes: Wipedia, globoesporte.com, meutimao.com, jovempan.uol.com

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