Representante da UFOPA |
O
que era para ser uma seção ordinária sem maiores alterações, transformou-se numa
seção especial por conta dos protestos que tomaram conta do país no dia de
ontem, contra a Reforma da Previdência e contra corte de verbas para
universidades públicas e institutos federais de educação.
As
dependências da Câmara ficaram completamente lotadas por professores e alunos
de cursos superiores da UFOPA e do IFPA, apoiados pelo SINTEPP, que com carro
de som em frente à sede do Poder Legislativo gritavam palavras de ordem contra o
governo do presidente Jair Bolsonaro.,
A
Câmara havia autorizado no dia anterior o uso da tribuna por parte do diretor
do campus da UFOPA em Itaituba, para falar das consequências nocivas que o
corte de 30% decidido pelo Ministério da Educação, com aval do presidente Bolsonaro
terão no andamento dos trabalhos da instituição.
Aluno do IFPA |
O
presidente da Casa de Leis, vereador Manoel Dentista, administrou a situação
com muita tranquilidade, atendendo ao pedido de uso da tribuna por outras
pessoas.
Depois
da fala do diretor da UFOPA, dois representantes do SINTEPP, Antônia Sueli
Sousa e Celson Noronha, e mais uma aluna da UFOPA e um aluno do IFPA também se
pronunciaram.
O
vereador Davi Salomão pediu aos manifestantes, que assim como os vereadores
escutaram atentamente a todos os pronunciamentos dos manifestantes, que eles
pudessem permanecer para ouvir o que os edis falariam quando chegasse sua vez
de falar.
Davi
Salomão foi o primeiro e único vereador a se pronunciar na tribuna, e mal
começou a falar, a galeria da Câmara foi sendo esvaziada até que ficaram cerca
de 10% dos manifestantes.
Isso
não foi legal. Ficou claro não lhes interessava o que os representantes do povo
tinham a dizer, mas, somente o que eles, manifestantes queriam falar. Foi um
flagrante falta de respeito para um poder constituído.
Para
o presidente Jair Bolsonaro e para muitos dos seus aliados, o que aconteceu
ontem no Brasil foi obra de baderneiros e de idiotas inúteis que servem como
massa de manobra. Ou seja, quem não pensa como ele é bagunceiro.
Bolsonaro
e seu ministro da educação insistem no corte de verbas. E o ministro ainda se
gaba de ter convencido o presidente de aprovar essa atitude.
O
governo minimizou os protestos com ironias, esquecendo-se de que as ruas tem um
poder que não deve ser menosprezado pelos governantes. As ruas assustam os
políticos que entendem o seu recado, pois, se esse volume aumentar, ele sacode
as estruturas do poder.
O
desgaste do atual governo está acontecendo com uma rapidez que deveria
preocupar as pessoas de bom senso que fazem parte do mesmo. Certamente, o
presidente não se enquadra entre esses, pois é teimoso demais, além de ter uma
falta de habilidade política que impressiona.
Foi
um ensaio do que pode estar por vir, ensaio cujo resultado preocupa. Quem
deveria agira com prudência, desdenha.
Enquanto
isso, a economia cresce como rabo de cavalo, seguidamente para baixo. É com
isso que o governo deve se preocupar mais do que com qualquer outra coisa, porquanto,
com a economia encolhendo, como se pode esperar dias melhores para todos?
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