quinta-feira, maio 16, 2019

Protestos contra o governo chegaram à Câmara de Itaituba

Representante da UFOPA

O que era para ser uma seção ordinária sem maiores alterações, transformou-se numa seção especial por conta dos protestos que tomaram conta do país no dia de ontem, contra a Reforma da Previdência e contra corte de verbas para universidades públicas e institutos federais de educação.

As dependências da Câmara ficaram completamente lotadas por professores e alunos de cursos superiores da UFOPA e do IFPA, apoiados pelo SINTEPP, que com carro de som em frente à sede do Poder Legislativo gritavam palavras de ordem contra o governo do presidente Jair Bolsonaro.,

A Câmara havia autorizado no dia anterior o uso da tribuna por parte do diretor do campus da UFOPA em Itaituba, para falar das consequências nocivas que o corte de 30% decidido pelo Ministério da Educação, com aval do presidente Bolsonaro terão no andamento dos trabalhos da instituição.

Aluno do IFPA
O presidente da Casa de Leis, vereador Manoel Dentista, administrou a situação com muita tranquilidade, atendendo ao pedido de uso da tribuna por outras pessoas.

Depois da fala do diretor da UFOPA, dois representantes do SINTEPP, Antônia Sueli Sousa e Celson Noronha, e mais uma aluna da UFOPA e um aluno do IFPA também se pronunciaram.

O vereador Davi Salomão pediu aos manifestantes, que assim como os vereadores escutaram atentamente a todos os pronunciamentos dos manifestantes, que eles pudessem permanecer para ouvir o que os edis falariam quando chegasse sua vez de falar.

Davi Salomão foi o primeiro e único vereador a se pronunciar na tribuna, e mal começou a falar, a galeria da Câmara foi sendo esvaziada até que ficaram cerca de 10% dos manifestantes.

Isso não foi legal. Ficou claro não lhes interessava o que os representantes do povo tinham a dizer, mas, somente o que eles, manifestantes queriam falar. Foi um flagrante falta de respeito para um poder constituído.

Para o presidente Jair Bolsonaro e para muitos dos seus aliados, o que aconteceu ontem no Brasil foi obra de baderneiros e de idiotas inúteis que servem como massa de manobra. Ou seja, quem não pensa como ele é bagunceiro.

Bolsonaro e seu ministro da educação insistem no corte de verbas. E o ministro ainda se gaba de ter convencido o presidente de aprovar essa atitude.

O governo minimizou os protestos com ironias, esquecendo-se de que as ruas tem um poder que não deve ser menosprezado pelos governantes. As ruas assustam os políticos que entendem o seu recado, pois, se esse volume aumentar, ele sacode as estruturas do poder.

O desgaste do atual governo está acontecendo com uma rapidez que deveria preocupar as pessoas de bom senso que fazem parte do mesmo. Certamente, o presidente não se enquadra entre esses, pois é teimoso demais, além de ter uma falta de habilidade política que impressiona.

Foi um ensaio do que pode estar por vir, ensaio cujo resultado preocupa. Quem deveria agira com prudência, desdenha.

Enquanto isso, a economia cresce como rabo de cavalo, seguidamente para baixo. É com isso que o governo deve se preocupar mais do que com qualquer outra coisa, porquanto, com a economia encolhendo, como se pode esperar dias melhores para todos?

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