quarta-feira, maio 01, 2019

Monte Alegre, no oeste do Pará, com 58 mil habitantes pagou quase R$ 1,7 milhão para um médico em seis meses

O Município de Monte Alegre, no oeste do Pará, pagou quase R$1,7 milhão para um único médico.

O fato é apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) sendo a ação com maior prejuízo causado na saúde da cidade que tem apenas 58 mil habitantes.

No total, o MPF contabilizou 18 ações e 55 acusados só em 2019 que devem cobrar o pagamento de R$ 24,8 milhões em desvios e em indenizações por danos morais provocados.

São R$ 8,2 milhões em prejuízos aos cofres públicos, dos quais mais de R$ 4,8 milhões são relativos a prejuízos na área da saúde apontados em 11 ações.

O MPF não especifica qual o nome do médico ou da empresa envolvida, mas na lista de acusados e número de ações às quais cada um responde, aparecem o nome do médico cirurgião Jude Chukwudulue Ezeonu e da empresa que está em seu nome.

Aparecem também o nome da empresa Tenório & Couto, que é de propriedade do cirurgião plástico Edinho Tenório e aparece o nome da médica pediatra Ingrid Soani Amaral de Couto.

Completando a lista o médico Jacques Mpumuje Ruandês que atua como clínico geral também foi citado entre os profissionais.

Segundo o MPF, o fato, ocorrido na administração do ex-prefeito Sérgio Monteiro, que esteve à frente do poder executivo entre 2013 e 2014, sendo afastado pela Câmara de Vereadores após denúncias de irregularidades.

Ele também aparece na lista liderando o ranking, aparecendo em 17 das 18 ações movidas que envolvem as áreas da saúde e de educação.

A ação é referente a uma dispensa ilegal de licitação para contratação de médico, com superfaturamento de pagamentos.

O médico contratado recebeu o valor exorbitante por apenas 165 dias de trabalho. Ele recebia mais de R$ 10 mil por dia de trabalho, ganhando, em um só dia, o mesmo que, segundo preços de mercado, um médico para trabalhar um mês todo para uma prefeitura.

Segundo apurou o Portal OESTADONET, dos médicos citados, apenas o Dr. Jude Chukwudulue Ezeonu segue atuando em clínicas da cidade. Ele realiza consultas no período de 10 dias a cada mês. 

Fonte: O Estadonet

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