O vernáculo define bem o comportamento do governo do presidente Jair Bolsonaro, com raras e honrosas exceções. Ou seria a definição do próprio presidente, que é o comandante em chefe de toda a tropa (de civis e militares do governo)?
Se preciso for, repetirei mil vezes que votei nele na eleição do ano passado, mesmo sem achar que poderia ser grande coisa. Não poderia votar na outra proposta, de jeito nenhum e não sou de ficar em cima do muro. Gosto de escolher um lado evitando lavas as mãos.
Não estou arrependido de ter dado meu voto ao atual presidente, porque se assim fosse, isso significaria que poderia ter votado no outro candidato, coisa que não faria. Estou, mesmo, é muito decepcionado mais rapidamente do que poderia imaginar.
O presidente que pregou seriedade, quer acabar com os radares do Brasil sob alegação de que fariam parte de uma indústria de multas montada em governos passados. Nesse ponto, ele está certo, porque eu conheço muito bem isso, pois há um exagero. Porém, acabar com os radares equivale a matar o doente para curar a doença.
De acordo com matéria que coloquei, hoje, no blog, a família Bolsonaro tem mais de 40 multas, 44 para ser preciso. Seus filhos e sua esposa tem várias multas e pontos na carteira suficientes para que já tivessem perdido as mesmas. De quebra, Bolsonaro quer aumentar de 20 para 40 o números de pontos na carteira provenientes de multas.
Fica claro pelo histórico, que o presidente não tem autoridade moral para querer acabar com os radares, o que felizmente, a Justiça barrou.
Estou decepcionado com os erros crassos do presidente, com sua falta de discernimento para resolver questões que parecem simples, com algumas posições radicais, com a mistura de Estado com religião, posto que o Estado é laico, além de outros desacertos.
Bolsonaro tem que entender que ele não é presidente, está presidente. O Palácio do Planalto é o local de onde ele deve gerenciar o País pensando em todos os brasileiros, independentemente de terem votado nele, ou não. Como presidente não deve fomentar discriminação de nenhuma espécie, como faz seguidamente.
O presidente tem o direito seguir a Bíblica Sagrada, enquanto cidadão livre para escolher o credo que deve seguir, mas, não pode querer governar com a Bíblia na mão, como se fosse a Constituição Federal.
E os filhos não estão acima de qualquer coisa; os filhos dele são cidadãos maiores de idade, que devem observar a lei como qualquer pessoa. Ademais, quem tem um filho claramente envolvido com milícias como é o caso do Carlos Bolsonaro, o qual não consegue ser calado nem pelo pai, falhou como pai na preparação dos filhos para a idade
adulta. Eles podem falar o que quiserem, mas, o pai não deveria vir a público defendê-los em situações constrangedores que causam mal estar no governo.
São tantas as incongruências desse governo, que custo a crer que ele possa acertar-se num futuro próximo. As minhas perspectivas de futuro próximo e distante não são boas sob esse comando. Quiçá mude.
Jota Parente
Nenhum comentário:
Postar um comentário