sexta-feira, abril 26, 2019

Médicos pararam atendimento na UPA de Santarém por três dias


Resultado de imagem para fotos do médico alberto tolentino sotelo filhoA reportagem começa com as informações da área da saúde sobre a coletiva concedida por médicos de Santarém sobre a situação da Unidade de Pronto Atendimento, a UPA 24 horas que voltou a funcionar ainda na quarta-feira à noite.

Os profissionais deram um prazo de 15 dias para que as reivindicações da categoria fossem atendidas; eles pedem principalmente, melhores condições para trabalhar.

O Hospital Municipal de Santarém, também está à beira do caos, afirmaram médicos que participaram da coletiva. Eles foram escolhidos para representar a categoria, que paralisou as atividades na Unidade de Pronto Atendimento 24 horas em Santarém na última segunda-feira.

Os profissionais relataram que a falta de condições de trabalho na unidade de saúde foi determinante para um pedido de rescisão de contrato da empresa junto ao IPG.

O médico Alberto Tolentino Sotelo Filho falou em nome dos demais colegas sobre a situação na UPA e no Hospital Municipal de Santarém.

“Tem o médico lá, mas, o exame não funciona, tem o médico lá, chega um cara infartado, só o fato de ter o médico lá, não resolve; a gente não é pai de santo, a gente precisa de instrumentais, a gente precisa de equipamentos, precisa de retaguarda de laboratório para que a gente possa desenvolver uma medicina de qualidade para a população.

Colocar bem claro que a preocupação da classe médica é atender a população de uma maneira qualificada, de uma maneira humanizada para que a gente possa realmente está desenvolvendo um processo de atendimento médico e não fingir que você está atendendo esse paciente para dar uma satisfação para quem quer que seja”.
Ainda segundo os médicos, a falta de fiscalização das atividades desenvolvidas pelo Instituto na gestão, tanto da UPA quanto do Hospital Municipal de Santarém, uma unidade de pronto atendimento de urgência e emergência setor já tão carente, fez com que os problemas chegassem ao caos.

“Esse episódio valeu para que abrissem os olhos das entidades envolvidas, como a Câmara Municipal, o Conselho Municipal de Saúde e a própria Secretaria de Saúde, na qual agente exigia que tivesse alguém fiscalizando o trabalho da Organização Social, porque não pode deixar uma organização trabalhando sozinha.

Precisamos desse tipo de fiscalização para que a gente possa ver a real situação do atendimento que está sendo ofertado para nossa população”.

Ontem a Secretaria Municipal de Saúde assinou um Termo de Compromisso com os médicos, onde constam cinco prioridades que serão atendidas no prazo de 15 dias para que os profissionais retornassem para o atendimento da UPA.

1.    Contratação de profissionais de segurança;
2.    escala de médicos que será composta por cinco profissionais durante o dia e quatro durante a noite;
3.    a realização de treinamento com profissionais que fazem a triagem para facilitar o atendimento e o encaminhamento dos pacientes;
4.    a fiscalização diária da SEMSA para que não faltem os insumos;
5.    e que a prefeitura cobre diálogos entre o Instituto Pan-americano de Gestão - IPG e os médicos prestadores de serviços;


A secretária de Saúde de Santarém, Dayane Lima disse, que a mesma cobrança que vai ser feita do IPG sobre os serviços, será feita também por escrito, notificar, porque não é possível que a população sai prejudicada por coisas que poderia se resolver no diálogo.

Eles fizeram exigências, mas vai ter que ter uma qualidade no atendimento, vai ter que cumprir carga horária e vai ter que responder pela qualidade do serviço, disse a secretária.

A escala na unidade de pronto-atendimento ainda não foi fechada; hoje cerca de 7 médicos estão se revezando no atendimento à população para o fechamento da escala com rodízio dos profissionais. Serão necessários cerca de 50 médicos; a situação ainda não está totalmente normalizada.

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