quinta-feira, fevereiro 28, 2019

Unicef lança alerta sobre aumento alarmante de casos de sarampo no Brasil

Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking de países com mais casos da doença em 2018. Perde apenas para a Ucrânia e Filipinas


A Unicef lançou hoje (28/2) um alerta sobre o aumento alarmante do número de casos de sarampo no mundo. O crescimento dos surtos é puxado principalmente por 10 países, que, juntos, somam mais de 74% do total de registros da doença em 2018; e o Brasil está entre eles.

O Brasil está em terceiro lugar no ranking dos países com mais casos de sarampo em 2018. Foram 10.262; em 2017, não havia sido registrado nenhum. De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, apenas três estados registram casos da doença no país: Amazonas, Pará e Roraima. Na frente do Brasil, apenas a Ucrânia (35.120 casos) e as Filipinas (12.736 casos e 203 mortes) registraram mais ocorrências da doença. 

Segundo Cristina Albuquerque, chefe da área de saúde e envolvimento infantil da Unicef no país, o Brasil é visto com maior atenção porque, em 2015, teve o último caso do vírus e, em 2016, ele recebeu um certificado de eliminação. "Passamos 2016 e 2017 sem nenhum registro. A partir de fevereiro de 2018 que começou a apresentar a notificação de casos", disse. 

De acordo com Cristina, o vírus deve ter entrado pela fronteira do Brasil e se espalhado para todos os estados, e, se a cobertura vacinal estivesse boa, o país não chegaria na situação dramática em que se encontra. "Precisamos continuar perseguindo a cobertura de rotina que tem um calendário de vacinação para garantir a eliminação da doença", explicou.

O Estatuto da Criança e do Adolescente diz que é obrigatório os pais levarem os filhos para se imunizar contra as doenças da caderneta de vacinação. "É uma legalidade, mas preferimos mostrar a importância por meio da informação", disse Cristina. Dessa forma, a Unicef busca informar as pessoas por meio de mensagens informativas nas mídias sociais e nos municípios. "Introduzimos o selo Unicef, que trabalha com mais de 900 municípios, um indicador da tríplice vacinal. Estamos mobilizando para que eles aumentem as coberturas vacinais e atinjam no mínimo 95% das crianças. Vacinar é um ato de proteção”, disse.

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