segunda-feira, janeiro 14, 2019

Em coletiva, Helder reafirma parceria entre polícia e governo para pacificar o Estado

Em coletiva, Helder reafirma parceria entre polícia e governo para pacificar o Estado (Foto: Twitter/@Helderbarbalho)governador do Estado, Helder Barbalho, concedeu entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (14) onde tratou sobre a segurança pública no Pará, os policiais militares assassinados e o assalto com refém que terminou com quatros assaltantes mortos no último sábado (12), em Belém. Durante o discurso, o chefe do executivo reafirmou que polícia e governo estão trabalhando juntos na busca de promover a pacificação do Estado.

“Vamos demonstrar e reafirmar a tropa o compromisso inegociável de estarmos ao lado daqueles que estiverem dentro das leis e dentro das regras. Hoje estamos aqui valorizando quatro profissionais que saem das suas casas todos os dias para salvar nossas vidas. E o que demonstraram no último sábado é uma demonstração de coragem, profissionalismo, ética, e de preparo funcional da nossa tropa. Fiz questão de imediatamente, ao saber do fato ocorrido, que o comando geral da polícia pudesse produzir instrumentos para a valorização do ato para que sirva de exemplo para nossa tropa e de recado para a bandidagem nas ruas. Nós estamos trabalhando de forma conjunta: polícia e governo, para a pacificação do nosso Estado”, disse.
Durante a coletiva, os policiais que participaram da ação foram reconhecidos e condecorados. O vice-governador Lúcio Vale, o secretário de Segurança Pública, Ualame Machado e policiais militares também estiveram presentes. 
Os policiais que participaram da ação no último sábado, além da menção honrosa, podem ser promovidos pelo êxito nas atividades.
“Solicitei ao comandante geral que possa levar os nomes dos senhores (policiais) para a avaliação para o processo de promoção pelo êxito nas atividades a frente da Polícia Militar. Faço isso porque estou certo que esse ato representa o sentimento da sociedade paraense. Pude ver a manifestação da sociedade aplaudindo o nosso time”, comentou Helder Barbalho. 

APOIO JURÍDICO AOS POLICIAIS
O governador do Pará solicitou, ainda, que as regras da Procuradoria Geral do Estado sejam adequadas aos procedimentos federais, onde todo policial militar que necessitar de apoio jurídico em decorrência das suas atividades, não precise mais contratar advogados ou pedir para associação. Sendo assim, a PGE fará a defesa e dará apoio jurídico e legal a tropa como já é feito a nível nacional. 
O sargento Alex Souza, do 20º Batalhão de Polícia Militar, que participou da ação no último sábado (12), onde quatro assaltantes foram mortos, lembrou do caso e como foi a atitude dos PMs ao saberem que tinha uma vítima no porta mala do veículo.
“Foi o mais difícil e foi informado para todas as viaturas no momento da abordagem. Eles vinham em fuga e na altura da São Franscico com Guilherme Seixas, conseguimos fazer a intervenção do veículo. Quando um policial desceu para fazer abordagem, ele foi alvejado com tiro dado de dentro do veículo. Foi quando fizemos a intervenção”. 
O sargento lembrou ainda que ele e a equipe foram aplaudidos pela população. “É gratificante pra gente saber que a população está apoiando a polícia nessas ações, coisas que antigamente não existiam, a gente era muito criticado. São 28 anos de corporação. E a gente fica gratificado em saber que salvamos uma vida, é mais um passo na nossa carreira”, finaliza. 
O assalto que terminou com quatro assaltantes mortos
O caso aconteceu na noite do último sábado (12). O crime começou no bairro do Reduto e se desenrolou nos bairros de Nazaré e Batista Campos. Tudo começou quando os acusados, armados, renderam um motorista na travessa Tiradentes, bairro do Reduto, o colocaram na mala e saíram em disparada pelas ruas estreitas que formam o bairro. Testemunhas, que a tudo presenciaram, acionaram o Ciop que, pelo rádio, alertou policiais militares. O comunicado dizia que um carro cinza acabara de ser roubado e que os criminosos tinham o dono do veículo como refém.
As viaturas passaram a monitorar a situação quando, em dado momento, o veículo foi avistado na travessa Fernando Guilhon, com a avenida Roberto Camelier. Ali começou a perseguição. Os militares informaram que então os criminosos passaram a atirar contra eles. Como havia um refém no carro, os militares não revidaram. 
O cerco foi se fechando e, ao perceberem que poderiam fugir na travessa São Francisco com a avenida Tamandaré, os criminosos abandonaram o veículo e entraram na alameda Guilherme Seixas, atirando contra os policiais, que agora estavam em número maior no cerco.
Houve um intenso tiroteio. Dessa vez, os criminosos foram baleados. Socorridos, morreram a caminho do Hospital Mário Pinotti, o Pronto Socorro da travessa 14 de Março.
Eles foram identificados como Andrey Barbosa Frazão de 21 anos, morador da passagem Teixeira, na Cremação, Danilo Dantas de Souza de 19 anos, morador da rua dos Tupinambás, Leonardo Corrêa da Silva de 23 anos, morador da travessa 3 de Maio, na Cremação - que estava na condição de foragido - e Luan Cley Cardoso de Jesus, de 19 anos, morador da passagem Antônio Teixeira Filho. Esse último estava na condição de monitorado pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe).
Com eles foram apreendidos um revólver calibre 38 com três munições deflagradas, um revólver calibre 32 com munição picotada, um simulacro de pistola 24/7 e uma arma de fabricação caseira calibre 45 que foram apresentadas na Seccional Urbana de São Brás, juntamente com o carro roubado.
Durante o tiroteio, foram baleados, sem gravidade, os cabos Dionísio e Denis, da Polícia Militar. Eles foram medicados em um hospital particular na Batista Campos, e, posteriormente, liberados e conduzidos para suas residências. 
Paralelo a esta situação, uma viatura que esteve na perseguição acabou se envolvendo em um acidente de trânsito na esquina da avenida Conselheiro Furtado com a travessa Benjamim Constant no bairro de Nazaré. A viatura ficou bastante danificada, mas os policiais passam bem.
Após a ação policial em Batista Campos, um vídeo circulou nas redes sociais onde se percebe os moradores de um prédio aplaudindo a ação. Toda a ação teve acompanhamento do coronel Favacho e outros oficiais, que deram apoio aos policiais. (Diário do Pará)

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