quarta-feira, outubro 10, 2018

Vereador Davi Salomão diz que eleitor está mais bem informado do que antes


Blog do JP - O vereador Davi Salomão conversou com a reportagem do blog sobre a eleição que aconteceu domingo passado. A eleição em seu primeiro turno foi um acontecimento de deixar os brasileiros orgulhosos, depois de alguns acontecimentos preocupantes no decorrer da campanha, citando como exemplo aquele atentado contra um candidato à presidência da República, que deixou uma preocupação de que a eleição pudesse caminhar para um outro rumo que não era o interesse nacional e que nem faz parte da nossa tradição.

O eleitor brasileiro tem um grande exemplo de maturidade e cidadania, nesse domingo que passou, votando ordeiramente nos seus candidatos sem interferência de ninguém. Foi realmente uma grande vitória democracia. É assim que você entende?

Davi Salomão – Certamente. A gente observa claramente que o não comparecimento em massa do eleitor, que foi previsto pelos especialistas, não aconteceu. A população compareceu, fez suas escolhas livremente, houve uma renovação em nível de cenário nacional, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Várias figuras muito antigas nesse cenário ficaram fora. Houve realmente uma renovação, e a gente fica feliz de ver que a população esteja exercendo seu direito, e nós, enquanto agentes públicos, temos que respeitar a vontade das ruas, porque as urnas disseram claramente que em nível de Congresso Nacional, queriam uma renovação de verdade.

Na corrida pela presidência da República, houve um clara divisão entre dois polos, de um lado a direita e do lado a esquerda, com o Fernando Haddad e Jair Bolsonaro. Eu tenho uma postura que eu costumo dizer que ela é aristotélica; eu não gosto de extremos; acho que o caminho do meio é sempre aquele mais razoável. Voltei no Ciro Gomes porque acreditei nas propostas que ele apresentou; é um político experiente e preparado, mas, não obteve os votos necessários para o segundo turno.

Com relação ao segundo turno, ainda estou avaliando qual vai ser a minha posição. Certamente vamos apoiar em nível de estado, Helder, que é o projeto que a gente defende, agora em nível nacional a gente vai ver de que forma vai se posicionar para declarar apoio e votar.

Blog do JP – Muitas figuras carimbadas tiveram suas carreiras encerradas...

Davi - Houve alguns casos que chamam atenção da gente. Por exemplo: a aposentadoria quase compulsória da família Sarney pelo povo do Maranhão, depois de ser tão maltratado por esse clã. Pelo tempo que o Maranhão foi comandado pela família Sarney, era para estar em muito melhor situação.

O eleitor mandou um recado dizendo que cansou daquela política velha de esculhambação, de roubalheira, de toma lá, dá cá. É um recado em nível nacional, com a projeção do Jair Bolsonaro como candidato que não tinha estrutura partidária, com seu PSL sem tempo na TV, que fez 57 deputados federais, quer dizer, fez um Estado de São Paulo todinho, comparando o tamanho da bancada eleita.

A leitura que a gente faz aqui é que as redes sociais tiveram uma influência maior do que os especialistas previam nessa eleição. A população quer dar uma mexida no quadro político, fazendo uma alternância de poder que é salutar para a democracia. Como você citou, alguns grupos políticos tradicionais não tiveram espaço, ou perderam seu espaço. Família Sarney, Romero Jucá, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, que mesmo com todo o poder que tem, não conseguiu se reeleger , numa demonstração clara que a população, através das redes sociais está acompanhando mais a política. Uma mexida para ver se o Brasil sai dessa situação que se encontra. E a gente torce para que tudo dê certo.

Blog do JP – Seu colega, o vereador Peninha, disse semana passada em uma sessão, que o eleitor precisa cobrar dos eleitos, pois um ano depois da eleição, a maioria não lembra mais em quem votou. Você concorda?

DaviConcordo. Isso é péssimo, porque além de você votar, é preciso acompanhar o exercício do mandato daquela pessoa caso ela tenha sido eleita. Infelizmente isso não acontece. Espero que estejamos entrando em um novo tempo. Eu acredito que sim, pelo seguinte, Parente. Hoje você tem meios de interação na sociedade que tornam o agente público mais acessível. Todo político tem uma página no Facebook, então se um cidadão fica insatisfeito com a atuação política dele, manda uma mensagem. Hoje você não depende mais tanto das mídias tradicionais, de jornais, de televisão; você tem esses outros mecanismos de expressão da sociedade.

Blog do JP – Como fica a situação na Câmara Municipal após a eleição, depois do episódio da eleição da Mesa Diretora, que não foi de todo superado?

Davi - Agora é que vai acontecer a acomodação e a gente vai sentir como ficarão as coisas. Talvez não fique tão compacta quanto estava até a eleição da presidência. A Câmara é um poder independente e a gente escolheu aquele que a gente entende que poderia fazer o melhor trabalho no sentido de fortalecer essa Independência. Nada contra o vereador Cebola, mas, a alternância de poder é algo salutar para poder fortalecer o regime democrático. Ninguém pode querer se perpetuar no poder, tem que ver a alternância.

Blog do JP – Daqui a pouco termina o ano legislativo de 2018, e não demora muito o parlamento municipal começa o ano legislativo de 2018, já com os motores aquecendo para a campanha de
2020. O que você prevê a partir daí?

Davi – A gente vai guardar como é que vai se comportam os grupos políticos nesse novo ano,
porque como você disse, já começa um trabalho voltado para uma eleição municipal. Vamos ter uma demonstração clara do que virá pela frente. Vimos na votação do deputado Hilton Aguiar, aqui, um recado das urnas que a gente precisa entender. Houve uma queda de cerca de cinco mil votos em relação a 2014. As urnas deram um recado que a gente precisa interpretar. Quem se articular melhor, quem montar o melhor grupo, tem tudo para sair na frente para 2020.

Blog do JP – E agora no segundo turno, que caminho seguirá?

Davi - A gente acredita no projeto do Helder, acredita que ele tem condições de fazer um bom governo. Simão Jatene já governa o Governo do Estado do Pará faz 12 anos e o Estado do Pará é quarto mais violento do Brasil, no estado do Pará a avaliação do Ideb, do Ensino Médio, que
é responsabilidade do estado, o último colocado e o Estado do Pará, que último colocado na oferta de leitos de UTI.

Por conta desse quadro eu não acredito na continuidade do projeto representado pelo Simão Jatene, que tem um candidato para dar continuidade ao que está aí. Eu acredito que tem que ter alternância de poder; um novo grupo deve assumir o comando do Estado. Estamos com uma parceria com Lúcio Vale, candidato a vice na chapa do Helder, cujo irmão Cristiano Vale foi eleito deputado federal. Temos, hoje, o comando do PR no município, e junto com eles esperamos que possamos fazer um ótimo trabalho em favor de Itaituba.

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