Na opinião do vereador Júnior Pires, os indígenas
que foram até o local da audiência pública da Ferrogrão, em Itaituba, que
terminou não acontecendo, nem sabiam por estavam ali.
O edil foi um dos que tem se manifestado a respeito
dessa ferrovia.
“A gente sempre tem se manifestado contra a forma como
querem implantar essa ferrovia, que interliga o estado Mato Grosso na região
centro-oeste até aos portos de Miritituba no município de Itaituba. Sabemos que
esse investimento é para reduzir custos logísticos do transporte de grãos, mas,
não poderíamos deixar de ter tido essa audiência pública aqui, para que
pudéssemos apresentar sugestões para minimizar o impacto desse investimento na
nossa região.
Sabe-se que com a instalação da Ferrogrão, as
atividades econômicas ligadas à BR 163 como posto de combustível, borracharias,
hotelaria serão afetadas fortemente.
No meu entendimento, perdemos a oportunidade de
fazer pleitos como pedir a própria duplicação da BR-163, uma vez que isso já foi
pauta de audiência pública em 2015 da qual eu participei. Outro ponto seria
exigir a regularização fundiária na nossa região, que é um problema de nível nacional.
Hoje o produtor rural não tem acesso ao crédito porque sua terra não está documentada.
Eu percebi, em relação com os indígenas, que eles
nem sabiam do que se tratava a audiência pública; achavam que era para conversar
sobre hidrelétrica, quando o assunto seria a Ferrogrão; eles estavam sendo
usados por alguém. E com o cancelamento, quer perde é o município que poderia
discutir essa questão.
Sabemos que a ferrovia vai sair, porque o governo
já bateu o martelo, e quando o governo quer, é difícil não acontecer.
Entretanto, a gente precisa participa dessa discussão, porque não queremos que
aconteça o mesmo que ocorreu com a instalação dos portos, cujas contrapartidas
foram mínimas. Precisamos estar mais atentos, mais participativos em relação a
instalação a esse investimento, para que as propostas sugeridas sejam.
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