Para o vereador Peninha, o pessoal
da ANTT aproveitou que o aeroporto de Itaituba esteve fechado até quase o
meio-dia de segunda-feira para cancelar a audiência pública da Ferrogrão.
O blog quis saber dele, se ele não
achava que os diretores da ANTT haviam aproveitado a presença dos indígenas como
desculpa para cancelar a reunião.
“Pode até ser, mas, fazer as
audiências públicas é obrigatório conforme está na lei. Tem que ser feita a
consulta às populações afetadas, ou seja, tem que ser realizada audiência
pública.
Eles vão ter que realizar, pois são
obrigados a fazer isso, não apenas em Itaituba e Novo Progresso, como também em
Trairão. Veja bem, é lei é, uma obrigação que tem que ser cumprida para que população
faça suas reivindicações; é um direito nosso.
Primeiro, nós achamos que eles
deveriam conversar com a população indígena antes, tanto os Caiapós de Novo
Progresso quanto os Mundurucus de Itaituba, para mostrar o projeto; depois eles
fariam a grande audiência neste município para discutir com todos nós; tem que
ter respeito com a população.
O movimento foi forte para não
deixar ter audiência, mas, o que fez com que não tivesse foi porque eles
ficaram ilhadas em Santarém por conta de que o tempo aqui estava fechado, só vindo
a abrir quase meio-dia; em decorrência desse atraso, eles aproveitaram para
dizer que nós não deixamos fazer a audiência, o que não é verdade.
Nós estávamos esperando eles aqui.
É verdade que depois do tempo transcorrido, após as 10:30, como não compareceu
ninguém, usamos o tempo para conversar; fizemos uma reunião onde nós discutimos
e geramos um documento ouvindo a manifestação da população indígena.
Nossa posição é que nós queremos
ser ouvidos, queremos que na realidade a região primeiro seja atendida nossa; precisamos
concluir o asfalto da Santarém-Cuiabá, que vai para 50 anos e não se conclui, e
o dinheiro continua saindo essa BR. Agora mesmo saiu uma verba de R$ 75.000.000,00
para o 8º BEC asfaltar 160 km de antes de Moraes Almeida até a cidade de Novo
Progresso. Quanto tempo vai demorar para terminar essa obra, se de Santarém a
Rurópolis que são 217 km, faz 45 anos que o Exército trabalha lá, já sumiu
dinheiro e nada de terminar.
Pegaram esses R$ 75 milhões e vão fazer
muita raiva para população naquela região. que trafega de quando chove ninguém
passa tem que ser colocado e o pior trabalho. Então, veja bem, é um erro do
governo botar o Exército, pois para fazer esse trecho que vai de Miritituba até
o km 30 foram consumidos quatro anos e R$ 41.000.000,00, serviço que é uma
porcaria, que dirá nesse trecho que é muito maior.
O nosso dinheiro está indo pelo ralo;
já a Ferrogrão vai ser financiada através BNDES e os chineses, que vão construir,
terão a concessão por longos 65 anos. Assim sendo, não é justo a gente ficar
apenas com o ônus; tem que sobrar alguma coisa para o município, para não
repetir o fiasco dos portos de Miritituba.
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