sexta-feira, novembro 03, 2017

O povo quer que ele fique

A notícia da transferência de Conrado Wolfring, delegado de polícia de Itaituba para a cidade de Trairão, deveria ser vista como um rodízio normal no quadro de delegados da 19ª seccional; afinal, esse é um procedimento comum e saudável em outras atividades do serviço público, e mais ainda na área policial, pois evita o desgaste da imagem do agente público junto à sociedade.

Não foram poucas as vezes que a população cobrou a mudança de delegados e comandantes da Polícia Militar, mas, nesse caso o movimento é inverso.

A sociedade representada pela Câmara de Vereadores e outras instituições estão se dispondo a fazer um manifesto pedindo a permanência do delegado Conrado em Itaituba.

Longe de ter a popularidade de outros delegados, que por aqui passaram, como o folclórico Paulo Mascarenhas, que marcou a sua passagem pela delegacia de Itaituba nos anos noventa, o delegado Conrado ganhou o respeito e a simpatia da população por sua conduta séria e pelo correto cumprimento do seu dever como policial.

O delegado Conrado, também está colocando em prática algumas ações que visam a reduzir a criminalidade, como o adestramento de cães farejadores para ajudar no combate ao tráfico de drogas, e seriam essas iniciativas dele que estaria incomodando a cúpula da polícia civil de Itaituba, por suposta quebra de hierarquia. Entretanto, a população que sofre diariamente com a falta de segurança, quer é exatamente isso, que a polícia tenha iniciativa e seja eficiente no combate à criminalidade e não importa de quem seja a ideia; o que o cidadão quer é segurança.

As pessoas querem poder andar nas  ruas sem correr o risco de serem assaltadas a qualquer momento, e o que mais tem desacreditado o trabalho da polícia e também da justiça é o fato de que os criminosos presos, rapidamente ganham a liberdade  para continuar na prática delituosa, e nesse momento em que os índices de criminalidade andam nas alturas, as instituições entendem que transferir um delegado por conta de birras pessoais é prejudicar o andamento do bom serviço que vem sendo prestado à sociedade, e as reações contrarias à transferência do delegado Corando são por tanto compreensíveis e justificadas. 

Jornalista Weliton Lima
Comentário do Focalizando, hoje, 03.11.2017


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