Passado o momento da comoção natural causada pela queda do
avião que matou as cinco pessoas que estavam a bordo, é preciso pontuar alguns
fatos que antecederam essa tragédia.
Um deles continua sendo a falta de segurança no aeroporto
municipal, pois as pessoas que participavam dessa comemoração antecipada do dia
do aviador, estavam numa área de acesso restrito do aeroporto, contrariando as
normas de segurança da aviação civil.
Outra irregularidade que não pode passar despercebida nesse
episódio, até para evitar que se repita outra vez, é que esse tipo de evento
definido pela Agência Nacional de Aviação Civil, como show aéreo, precisa
seguir regras expressas definidas pela mesma, as quais estão contidas numa das
instruções normativas da aviação civil que trata dos procedimentos de segurança
para esse tipo de atividades aérea.
O primeiro ponto é que esses eventos, para serem realizados,
precisam ter autorização prévia da ANAC e da administração do aeroporto.
Outra regra, é que voo acrobático só pode ser feito por aeronave certificada para essa
atividade ou autorizada por seu fabricante e o piloto deve ser experiente e
habilitado nessa modalidade de voo.
Esse tipo de exibição aérea precisa também respeitar um
limite mínimo de distância de áreas urbanas, e ainda, em voo acrobático não é
permitido a presença de passageiros a bordo.
Foi a somatória de todas essas irregularidades que resultou
numa das maiores catástrofes da aviação municipal, e o número de vítimas
poderia ter sido ainda maior, se uma sexta pessoa não tivesse sido impedida de embarcar nesse voo
da morte.
Agora é esperar para saber quais as sanções que a agencia
nacional de aviação civil vai impor ao aeroporto municipal, além de outras
implicações que podem surgir na esfera judicial.
É lamentável que tantas vidas tenham se perdido por pura
imprudência.
Jornalista
Weliton Lima, comentário do Focalizando de hoje, 26.10.2017
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