
Os órgãos ambientais foram atacados depois de uma operação,
realizada com o apoio da Polícia Federal e da Força Nacional, para combater o
garimpo ilegal de ouro na região do rio Madeira.
A suspeita é que o incêndio criminoso tenha sido
realizado por garimpeiros insatisfeitos com a Operação Ouro Fino, realizada na
última quarta-feira. A ação dos órgãos federais apreendeu 37 balsas usadas por
garimpos ilegais na região.
Antes do ataque, dezenas de garimpeiros realizaram
uma manifestação em Humaitá, e acabaram entrando em confronto com homens da
Força Nacional.
Em seguida, parte dos manifestantes entrou nos
prédios e teria iniciado o incêndio criminoso. Segundo servidores dos órgãos
afetados, o ataque aos prédios durou cerca de 5 horas.
A sede do Ibama foi a mais afetada. No local, sete
viaturas foram destruídas pelas chamas, além de móveis, computadores e
documentos.
Funcionários que atuavam na cidade deixaram o
município escoltados por policiais. Por razões de segurança, os servidores dos
órgãos atacados foram levados para instalações militares.
Os criminosos também tentaram invadir a sede do
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), onde funciona o
Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), mas foram contidos. Sem
acesso ao local, o grupo ateou fogo em veículos que estavam estacionados na
área.
BARCO INCENDIADO
No domingo, um barco do ICM-Bio também foi incendiado, na
margem do Rio Madeira.
Os autores do incêndio fugiram e ainda não foram
identificados.
A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP)
afirmou que não houve registro de mortos ou feridos durante o tumulto. O
efetivo da Polícia Militar na região está fazendo rondas ostensivas para manter
o controle da situação.
Uma equipe do governo do estado composta por Defesa
Civil, Secretaria de Assistência Social e Casa Militar foi enviada para a
cidade com o objetivo de fazer um levantamento da situação e prestar
assistência às famílias afetadas.
Peritos da Polícia Federal de Porto Velho,
Rondônia, foram deslocados para o interior do Amazonas.
O Globo
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