segunda-feira, setembro 04, 2017

Audiência Pública sobre mineração no Tapajós: Brazauro fez explanação sobre suas atividades

           
Deputado Joaquim Passarinho

Aguardada com muita expectativa, foi realizada na manhã de hoje, na Câmara Municipal de Itaituba, uma audiência pública que foi denominada de Mesa Redonda da Garimpagem, para tratar de questões atinentes à regularização de áreas de garimpos na Reserva Mineral do Tapajós.
            Como era de se esperar, as discussões não ficaram restritas apenas ao tema proposto, pois há outros problemas de fundamental importância que dificultam a vida de quem trabalha no garimpo, como é o caso das ações repressivas do IBAMA, que queima equipamentos caros, que poderiam ser utilizados pelas prefeituras dos municípios onde ocorrem as fiscalizações.
Lincoln Silva (Brazauro)
            O presidente da Câmara, vereador João Bastos Rodrigues abriu os trabalhos, dando as boas-vindas aos presentes e chamando para assumir a presidência da audiência pública, o vereador Wescley Tomaz, que de forma sucinta explicou que quem iria presidir a reunião seria o deputado federal Joaquim Passarinho, vice-presidente da Comissão de Minas e Energia, da Câmara Federal.
            Passarinho começou dizendo o que quase todos os presentes queriam ouvir, afirmando que a queima de equipamentos de garimpeiros pelo IBAMA é um ato criminoso. Falou que não apoia irregularidades, referindo-se a quem trabalha no garimpo de forma ilegal, mas, que não pode apoiar, também, esse tipo de ação do Ibama, porque está errado, pois além de privar os municípios de utilizarem equipamentos apreendidos, como PCs, ainda comete crime ambiental quando queima os equipamentos, pois derrama derivados de petróleo, como óleo diesel, no leito do rio, ou mesmo quando queima os mesmos em terra firme. Um crime não deve ser combatido com outro crime, disse Passarinho.
            Depois de abrir oficialmente a audiência pública, o deputado Joaquim Passarinho passou a palavra para os representantes da empresa Brazasuro, cuja licença de Implantação saiu em abril deste ano.
            O diretor Lincoln Silva fez uma exposição detalhada do projeto de exploração da minha do Tocantinzinho, que deve trazer bons resultados para a economia do município de Itaituba, tanto no decorrer de sua implantação, quanto a partir do momento em que começar a exploração da mina.
            A Brazauro é uma empresa de origem canadense, e a mina do Tocantinzinho localiza-se acerca de 400 km da sede do município de Itaituba.
            As pesquisas feitas para determinar a viabilidade da instalação de uma planta constaram que em média, cada tonelada de material produzirá 4 gramas de ouro com teor de pureza entre 85% e 90%.
            O investimento para a preparação de toda a estrutura para que a exploração da mina seja iniciada está estimado em 500 milhões de dólares, dinheiro que poderá vir de duas fontes, sendo uma proveniente da China e outra das bolsas de Nova Iorque e do Canadá.
            De acordo como informou Lincoln Silva, serão gerados no período de implantação da infraestrutura, 1.500 empregos diretos, preferencialmente destinados a trabalhadores residentes no município de Itaituba, para evitar fluxos migratórios que tumultuem o processo.
            Para que seja possível empregar pessoas de Itaituba, a empresa promoverá cursos de qualificação num total de 12. O período destino a essa preparação de mão de obra será estendido por 18 meses.
            A Brazauro informou que, somente de salários quando estiver com sua planta em funcionamento, serão pagos entre 50 e 60 milhões de reais por ano para os 630 trabalhadores contratados. Inicialmente, serão 515.
            Essa empresa comprou de 2015 até agora, no comércio de Itaituba, R$ 16 milhões, sendo R$ 5,8 milhões em 2015, R$ 6,6 milhões em 2016 e até o mês de julho deste ano, R$ 3,6 milhões.

            O compromisso, disse o diretor Lincoln Silva em sua explanação, é comprar sempre no comércio de Itaituba, desde que as empresas se qualifiquem.

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