Armando Miqueiro (Chácara D. Goyo) - Foto: JParente, de 2008 |
Ele chegou a conversar com sua equipe, comentando
que a demora era muito estranha, e que ele achava que viria bloqueio pela
frente. Não deu outra.
Nada de ser expedido o SIM em fevereiro, até
que Armando procurou a secretaria de agricultura, cobrando com veemência a
visita da fiscalização, até que ela foi lá em março e meteu a caneta.
Dentre as supostas irregularidades
encontradas, tem uma que dá pra rir: uma jarra de água para beber que foi
encontrada dentro de uma das câmaras.
Outra questão foi não haver registro
atualizado do ambiente ter sido dedetizado por uma empresa do ramo, estando com
quatro dias de atraso a licença anterior. Ocorre que a empresa local contratada
estava sem o material apropriado, que estava sendo aguardado.
Armando, em conversa com o blog, citou ainda
a fiscalização de uma servidora da Adepará, na qual sobrava má vontade e abundava
disposição para fechar o estabelecimento.
Uma das cobranças da representante dessa
agência estadual diz respeito à localização em local inadequado do
empreendimento, no centro da cidade. Vale ressaltar, que quando foi dada
permissão para seu funcionamento, isso foi feito pela antiga Sagri, e Adepará
nem existia. Mas, a fiscal não levou isso em consideração.
O fechamento foi determinado sob o pretexto
de oferecer risco à saúde pública, o que acontece pela primeira vez nesses
dezoito anos de funcionamento.
Chácara D.Goyo, gado leiteiro - Foto: JParente - 2008 |
Há mais ou menos três anos o lacticínio
Danadinho recebeu convite para se mudar para Santarém, mas, Armando preferiu
continuar em Itaituba. Agora recebe o pagamento por sua preferência ao
município ao qual tem se dedicado há mais de três décadas.
Em governos passados, o iogurte Danadinho era
comprado em boa quantidade para ser distribuído para as crianças da rede
municipal de ensino, na merenda escolar.
Por exemplo, no governo passado, eram
adquiridos cerca R$ 15 mil do produto. Na atual gestão caiu para R$ 4 mil.
Uma das atribuições de qualquer governo é
tentar ajudar a fazer com que a economia do município funcione bem. Porém,
nessa administração o caminho seguido tem sido diferente.
Armando Miqueiro acha que ele paga um preço muito
alto por ser engajado em causas sociais em defesa dos interesses da comunidade,
o que muitas autoridades do passado e do presente não perdoam. Entende ele, que
não é só uma questão do secretário de agricultura do município, sem eximi-lo de
culpa. Está convicto de que tem dedo de gente do governo do Estado nisso.
Quem conhece Armando Miqueiro e sua esposa
Mair, sabe o quanto eles tem se esforçado para trabalhar dentro da legalidade.
Dezenas de pessoas podem atestar isso.
É no mínimo muito estranho o que está
acontecendo, pois não foi dado nenhum prazo para que o empresário se adeque, no
caso de realmente ter sido encontradas não conformidades. Pelo que ficou
subentendido, o objetivo era fechar mesmo, e ponto final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário