Quem vai comandar a Câmara Municipal nos próximos dois anos?
Essa resposta, até o ainda não existe momento, pois nem os vereadores mais
experientes da casa conseguem cravar com segurança o nome do novo presidente.
Uma coisa, pelo menos, já está certa: aquela bagunça que
vimos na eleição anterior (quando o vereador Wescley Tomaz foi eleito
presidente) não irá se repetir, porque agora os candidatos terão que obedecer
algumas regras; uma delas é a inscrição das chapas com antecedência, outra é
que o nome de um vereador não poderá aparecer em mais de uma chapa.
São alterações obvias e que vão ajudar a tornar menos confusa
essa eleição, do ponto de vista do cidadão comum, mas ainda assim o processo de
sucessão no poder legislativo municipal está longe de ser uma eleição pautada
pela convicção ideológica dos seus integrantes.
Isso ocorre porque os partidos políticos aqui no município só
servem para eleger os candidatos; depois disso, cada um dos eleitos passa a ser
o dono do seu próprio mandato e negocia o seu voto de acordo com a própria
conveniência.
Nessa eleição, pelo menos três nomes estão no páreo, e um dos
favoritos é o atual presidente da Casa, mas Wescley perdeu um pouco do
seu favoritismo
ao tentar afrontar a prefeita.
O ex-presidente João Cebola também sonha em retornar ao cargo
e ainda correndo por fora tem o vereador Diomar Figueira que também espera
contar com o apoio do executivo para viabilizar o seu projeto de voltar a
presidir a Câmara.
A novidade dessa disputa pode ser o nome de Nicodemos Aguiar,
que respaldado pela ascensão política da família, pode
surpreender os demais concorrentes usando um argumento que todos na Câmara
conhecem muito bem.
É por causa desse tipo de comportamento dos nossos
representantes que Câmara nunca consegue formar e manter uma bancada de
oposição que possa fiscalizar os atos do executivo, e sem exercer plenamente as
suas atribuições, o poder legislativo está sempre andando em descompasso com os
anseios da população.
Seja quem for o novo presidente, a população não deverá
alimentar grandes esperanças de que essa situação de subserviência da Câmara ao
Poder Executivo venha se modificar.
Weliton Lima, jornalista, comentário do telejornal
Focalizando (TV Tapajoara), quinta, 04/12/2014
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