sexta-feira, dezembro 05, 2014

Quem vai comandar a Câmara nos próximos dois anos?

Quem vai comandar a Câmara Municipal nos próximos dois anos? Essa resposta, até o ainda não existe momento, pois nem os vereadores mais experientes da casa conseguem cravar com segurança o nome do novo presidente.

Uma coisa, pelo menos, já está certa: aquela bagunça que vimos na eleição anterior (quando o vereador Wescley Tomaz foi eleito presidente) não irá se repetir, porque agora os candidatos terão que obedecer algumas regras; uma delas é a inscrição das chapas com antecedência, outra é que o nome de um vereador não poderá aparecer em mais de uma chapa.

São alterações obvias e que vão ajudar a tornar menos confusa essa eleição, do ponto de vista do cidadão comum, mas ainda assim o processo de sucessão no poder legislativo municipal está longe de ser uma eleição pautada pela convicção ideológica dos seus integrantes.

Isso ocorre porque os partidos políticos aqui no município só servem para eleger os candidatos; depois disso, cada um dos eleitos passa a ser o dono do seu próprio mandato e negocia o seu voto de acordo com a própria conveniência.

Nessa eleição, pelo menos três nomes estão no páreo, e um dos favoritos é o atual presidente da Casa, mas Wescley perdeu um pouco do seu  favoritismo ao tentar afrontar a prefeita.

O ex-presidente João Cebola também sonha em retornar ao cargo e ainda correndo por fora tem o vereador Diomar Figueira que também espera contar com o apoio do executivo para viabilizar o seu projeto de voltar a presidir a Câmara.

A novidade dessa disputa pode ser o nome de Nicodemos Aguiar, que respaldado pela ascensão política da família,  pode surpreender os demais concorrentes usando um argumento que todos na Câmara conhecem muito bem.

É por causa desse tipo de comportamento dos nossos representantes que Câmara nunca consegue formar e manter uma bancada de oposição que possa fiscalizar os atos do executivo, e sem exercer plenamente as suas atribuições, o poder legislativo está sempre andando em descompasso com os anseios da população.

Seja quem for o novo presidente, a população não deverá alimentar grandes esperanças de que essa situação de subserviência da Câmara ao Poder Executivo venha se modificar.


Weliton Lima, jornalista, comentário do telejornal Focalizando (TV Tapajoara), quinta, 04/12/2014

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