A invasão de um
terreno ao lado da área doada pelo município para a construção do campus da
UFOPA mostra que em Itaituba esse problema ainda está longe de acabar, mesmo
depois de dois residenciais com quase mil e quinhentas casas terem sido
entregues à população e outro com mais mil unidades esteja prestes a ser
inaugurado.
Ainda assim, tem
gente afirmando que invade propriedades particulares porque não tem onde morar.
Acho que já passou da hora das autoridades darem um basta nesse problema,
desmascarando esses profissionais de invasão que se aproveitam da miséria de
alguns para se apropriar de terras e depois vender as áreas invadidas.
Essa prática já
está tão disseminada em Itaituba que invadiu até os residenciais do programa
minha casa minha vida. Foi por causa da ação de invasores de terras publicas,
que o residencial Vale do Piracanã perdeu boa parte da área institucional onde
deveria ser construída a creche, a escola e outros logradouros públicos.
Mas, não são
somente esses “Sem Teto” os únicos a grilar terras no perímetro urbano do
município; tem muito mais gente se apropriando indevidamente de áreas
pertencentes ao patrimônio municipal e depois vendendo essas terras na maior
cara de pau.
A diferença entre
uma ação e outra é que os Sem Teto agem abertamente e às vezes acabam se dando
mal, mas, os que agem furtivamente, até agora se deram bem, porque fazem ou já
fizeram parte do governo, e as autoridades do município morrem de medo de
escândalos dentro de suas administrações, e os crimes de lesa-patrimônio acabam
ficando abafados, mas todo mundo sabe que isso acontece.
Seria muito
interessante e oportuno que a comissão de terras da Câmara de Vereadores
fizesse uma investigação para saber como esses pequenos latifúndios se formaram
ao redor da cidade, sendo que hoje o município não possui se quer um palmo de
terras à sua disposição. Uma prova disso é estádio de futebol que não há lugar
onde possa ser construído.
A dilapidação do
patrimônio fundiário do município chegou a tal ponto que até as autoridades de
Rurópolis quiseram tirar proveito dessa situação, apropriando-se da comunidade de Santarenzinho,
de olho na construção dos portos, mas neste caso especifico, mesmo que
tardiamente, o município está correndo atrás para evitar mais esse prejuízo que
seria incalculável por conta da perda de arrecadação.
Jornalista Weliton Lima, comentário do Focalizando,
13/11,14
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