quinta-feira, junho 19, 2014

Jubal comenta a nota sobre o Poço da Discórdia, em Miritituba

Foto: blog do Jeso
Caro Parente,

Este é o grande problema de se construir sem a devida orientação técnica.

Um poço tubular, que muitos chamam de artesiano ou semi-artesiano, é uma obra de Engenharia que requer conhecimentos e tecnologias específicas nas áreas de Geologia, Hidrogeologia, Engenharia.

A sua construção exige que se tenha a outorga de recursos hídricos; que se tenha um cadastro na ANA; que seja acompanhado por um profissional habilitado pelo CREA e que, ao final da obra, seja feito o relatório técnico, que inclui a descrição geológica das camadas, informação sobre o aquífero, análises físico-química e bacteriológica da água, teste de bombeamento, medidas de vazão  e profundidade entre outras exigências.

A proposta de construção feita pelo Legislativo é digna de elogios, mas a liberação da verba deveria seguir os tramites da construção de uma obra de engenharia, com a contratação de empresas que mostrassem que tem seu corpo técnico, os profissionais exigidos.

Aqui fica também, novamente, meu desagrado com a atuação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA/Pará, com a secretaria estadual que liberou a verba e não exigiu os relatórios técnicos necessários e com a PMI, através das SEMMAP e SEMINFRA, que continuam sem fiscalizar as obras que são realizadas no município.


A discussão entre a vereadora e o comunitário, sem os devidos relatórios técnicos, fica no vazio.

(Jubal Cabral Filho - geólogo)

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