Foto: blog do Jeso |
Caro
Parente,
Este é o grande problema
de se construir sem a devida orientação técnica.
Um
poço tubular, que muitos chamam de artesiano ou semi-artesiano, é uma obra de
Engenharia que requer conhecimentos e tecnologias específicas nas áreas de
Geologia, Hidrogeologia, Engenharia.
A sua construção exige que
se tenha a outorga de recursos hídricos; que se tenha um cadastro na ANA; que
seja acompanhado por um profissional habilitado pelo CREA e que, ao final da
obra, seja feito o relatório técnico, que inclui a descrição geológica das
camadas, informação sobre o aquífero, análises físico-química e bacteriológica
da água, teste de bombeamento, medidas de vazão e profundidade entre
outras exigências.
A proposta de construção
feita pelo Legislativo é digna de elogios, mas a liberação da verba deveria
seguir os tramites da construção de uma obra de engenharia, com a contratação
de empresas que mostrassem que tem seu corpo técnico, os profissionais exigidos.
Aqui fica também,
novamente, meu desagrado com a atuação do Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia - CREA/Pará, com a secretaria estadual que liberou a verba e não
exigiu os relatórios técnicos necessários e com a PMI, através das SEMMAP e
SEMINFRA, que continuam sem fiscalizar as obras que são realizadas no município.
A discussão entre a
vereadora e o comunitário, sem os devidos relatórios técnicos, fica no vazio.
(Jubal Cabral Filho - geólogo)
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