segunda-feira, maio 12, 2014

Contaminação do Tapajós: secretário Colares garante realização da pesquisa

Blog do Manuel Dutra

O secretário estadual de Meio Ambiente, José Alberto Colares (foto) informou há pouco a este blog que o governo do Pará está atento aos problemas de salubridade do Rio Tapajós e seus afluentes. Ele acrescentou que, na quinta-feira, 8, teve uma reunião com a reitora Raimunda Monteiro, da Universidade Federal do Oeste do Pará, a UFOPA, tratando do convênio a ser assinado entre as duas entidades, com vistas à realização de pesquisa que determinará os níveis de contaminação dos mais importantes cursos d'água do Oeste do Pará, em decorrência da garimpagem.

A pesquisa foi solicitada no dia 13 de fevereiro passado, por meio de uma carta pública entregue ao vice-governador Helenilson Pontes e amplamente divulgada nas diversas mídias da região.  

Segundo Colares, a ideia de realizar a pesquisa em duas fases - por ocasião dos rios cheios e no período da vazante - conforme sugerida pelos 1.728 signatários da carta entregue ao governo, foi aceita. Dessa forma, os resultados da pesquisa, pelos cientistas da UFOPA, deverá trazer dados mais confiáveis, de vez que abrangerá condições físicas distintas, dados os volumes d’água década período. 

Os recursos a serem empregados na pesquisa sairão da taxa de mineração, que é cobrada pela Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom). Mas os valores ainda não estão estabelecidos, visto que o planejamento dos trabalhos de campo ainda não foi feito. 

Fiscalização 
José Colares informou também que hoje teve início uma operação de fiscalização envolvendo 40 agentes públicos e que concentrará as suas ações da localidade de Buburé até Jacareacanga, durante 12 dias. O objetivo é verificar a garimpagem ilegal e predatória, causadora da poluição que ameaça a saúde pública e a economia de grande parte do Oeste do Pará. O secretário relembra que a garimpagem está proibida nos tributários. 

Buriti 
A empresa Buriti, responsável por crime ambiental de amplo espectro, dentro da cidade de Santarém, somente receberá permissão para prosseguir no seu projeto de construir um conjunto residencial às margens da rodovia Fernando Guilhon, se apresentar o Estudo de Impacto Ambiental e o respectivo relatório. A informação também foi passada pelo secretário Colares. 

Segundo ele, a empresa Buriti já está contratando uma empresa para a realização desse estudo. Objeto de intensa batalha com diversas organizações sociais de Santarém, a Buriti devastou uma larga faixa de bosque tipicamente urbano, transformando em semi-deserto uma das faixas laterais à rodovia que leva ao aeroporto da cidade e provocando a poluição do Lago Juá, hoje ameaçado de morte e sujando o Rio Tapajós, naquelas imediações.

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