O secretário
estadual de Meio Ambiente, José Alberto Colares (foto) informou há pouco a este
blog que o governo do Pará está atento aos problemas de salubridade do Rio
Tapajós e seus afluentes. Ele acrescentou que, na quinta-feira, 8, teve uma
reunião com a reitora Raimunda Monteiro, da Universidade Federal do Oeste do
Pará, a UFOPA, tratando do convênio a ser assinado entre as duas entidades, com
vistas à realização de pesquisa que determinará os níveis de contaminação dos
mais importantes cursos d'água do Oeste do Pará, em decorrência da garimpagem.
A pesquisa foi solicitada no dia 13
de fevereiro passado, por meio de uma carta pública entregue ao vice-governador
Helenilson Pontes e amplamente divulgada nas diversas mídias da região.
Segundo Colares, a ideia de realizar
a pesquisa em duas fases - por ocasião dos rios cheios e no período da vazante
- conforme sugerida pelos 1.728 signatários da carta entregue ao governo, foi
aceita. Dessa forma, os resultados da pesquisa, pelos cientistas da UFOPA,
deverá trazer dados mais confiáveis, de vez que abrangerá condições físicas
distintas, dados os volumes d’água década período.
Os recursos a serem empregados na
pesquisa sairão da taxa de mineração, que é cobrada pela Secretaria de
Indústria, Comércio e Mineração (Seicom). Mas os valores ainda não estão
estabelecidos, visto que o planejamento dos trabalhos de campo ainda não foi
feito.
Fiscalização
José Colares informou também que hoje
teve início uma operação de fiscalização envolvendo 40 agentes públicos e que
concentrará as suas ações da localidade de Buburé até Jacareacanga, durante 12
dias. O objetivo é verificar a garimpagem ilegal e predatória, causadora da
poluição que ameaça a saúde pública e a economia de grande parte do Oeste do
Pará. O secretário relembra que a garimpagem está proibida nos
tributários.
Buriti
A empresa Buriti, responsável por
crime ambiental de amplo espectro, dentro da cidade de Santarém, somente
receberá permissão para prosseguir no seu projeto de construir um conjunto
residencial às margens da rodovia Fernando Guilhon, se apresentar o Estudo de
Impacto Ambiental e o respectivo relatório. A informação também foi passada
pelo secretário Colares.
Segundo ele, a empresa Buriti já está
contratando uma empresa para a realização desse estudo. Objeto de intensa
batalha com diversas organizações sociais de Santarém, a Buriti devastou uma
larga faixa de bosque tipicamente urbano, transformando em semi-deserto uma das
faixas laterais à rodovia que leva ao aeroporto da cidade e provocando a
poluição do Lago Juá, hoje ameaçado de morte e sujando o Rio Tapajós, naquelas
imediações.
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