As sessões ordinárias da Câmara Municipal de Itaituba, na
atual legislatura, não costumam empolgar as poucas pessoas que vão ao local.
Sente-se a falta de um bom debate de ideias, tipo Peninha x Chicão, no primeiro governo de Wirland Freire e César Aguiar x Peninha, nos dois governos de Roselito Soares.
É bem verdade que esses ex-vereadores citados, muitas vezes fugiram desse propósito, partindo para ataques pessoais. Mas, falo do debate sadio, com boa argumentação, que está longe de acontecer na presente legislatura.
Tudo deve ter um limite, mas, hoje, a monotonia que tomou conta da sessão de hoje passou dos limites, pois a Câmara parecia anestesiada.
Poucas discussões de matérias interessantes, poucos
discursos, e quase todos tediosos, foi o que se viu na Casa de Leis.
No pequeno expediente foi lido um Projeto de Indicação do
vereador Nicodemos Aguiar, pelo qual ele pede a criação de um serviço de
denúncias de abusos contra crianças e adolescentes, sendo essa uma das poucas
boas iniciativas registrada hoje.
Ainda no pequeno expediente, foi lido projeto de lei de
vereador Diomar Figueira, pelo qual ele pretende que seja estabelecido o
direito de meia entrada em eventos realizados na cidade de Itaituba, cujos
beneficiários serão os professores.
No governo passado ele tentou emplacar um PL que concedia
meia entrada para todos os servidores, o qual foi vetado.
Uma questão na qual foi evocado o Regimento Interno
serviu para mostrar, mais uma vez, que deve ser dada urgência na reforma desse
instrumento que norteia o funcionamento do Poder Legislativo. Ele é cheio de
falhas. A mais cabeluda delas foi constada por ocasião da eleição para
presidente da Casa, em 1º de janeiro deste ano.
Instado sobre o assunto, o presidente da Câmara, vereador
Wescley Tomaz garantiu que vai tratar deste assunto em breve, sem estipular prazo.
E é bom que Wescley leve mesmo isso a sério, pois já se
passaram mais de 90 dias desde que a atual legislatura começou, sem que nada
tenha sido feito nesse sentido.
Existe um trabalho feito pelo ex-vereador César Aguiar,
antes da legislatura passada, como lembrou o vereador Manoel Diniz, que sugeriu
que esse estudo feito por César seja tomado como ponto de partida para a
discussão da reforma do Regimento Interno.
O certo é que não dá mais para protelar essa discussão,
pois o documento que está em vigor causa problemas de vez em quando.
Costumo ler seus comentários os quais me parecem sempre atuais e bastante respeitosos, também gostava muito dos discursos da Ana Cativo e dos debates com o Cesar Aguiar, eram vereadores que nos levavam a reflexão.
ResponderExcluirParente, não quero fazer comparações, porque é difícil estabelecer um parámetro correto. Uma coisa é certa, esta legislatura que aí está, como você disse bem, ainda não se explicou com a população.
ResponderExcluirPelo que a maioria dos vereadores deixa entender, a gente vive no melhor dos mundos, na mais bonita e organizada das cidades.
Eu lamento como cidadão. Votei em um deles, que também não está correspondendo ao meu voto. Não vejo os nobres edis fazendo aquilo que considero a mais elementar do vereador, que é fiscalizar o Executivo.
Eu espero que, assim como a prefeita Eliene Nunes, que também ainda não pegou embalo, a Câmara acerte o passo e fale a mesma língua do povo da cidade que eles se comprometeram representar.
Bartolomeu Neto