Com todos a favor, já ficou provado que é difícil criar o Estado do Tapajós. Divididos, essa passa a ser uma missão impossível. Infelizmente, é dessa maneira que está sendo retomada a luta.
O 1º Fórum Pela Criação do Estado do Tapajós, nessa nova etapa, que vai acontecer sexta-feira na Câmara Municipal de Santarém, tem sido alvo de muitas críticas por parte da imprensa daquela cidade.
Alguns questionamentos que estão sendo feitos ressaltam que é preciso rever as estratégias adotadas para corrigir o que não deu certo. É necessário abrir espaço para novas lideranças, defende texto publicado pelo jornalista Jeso Carneiro em seu conceituado blog.
O jornalista Jota Ninos, em artigo publicado no mesmo blog, faz severas críticas ao uso eleitoreiro de políticos que só quiseram se dar bem com o movimento.
“Apesar dos bons propósitos da maioria das pessoas que atuam junto ao ICPET, na hora das decisões não houve autonomia da instituição em relação a algumas lideranças partidárias, que só quiseram se utilizar do movimento em prol de seus objetivos específicos.
A população nunca se sentiu representava pelo ICPET ou pelos outros comitês criados desde a década de 1980, criando a aura de uma organização elitizada, muito embora as principais lideranças destes grupos sempre contestem essa versão alegando que “as entidades populares foram convocadas a participar, mas não vieram”.
Um movimento de cunho popular não se forma através da simples emissão de ofícios ou memorandos convidando entidades.
O ICPET e outros comitês do gênero tiveram sua importância, enquanto instituição articuladora institucional, mantendo a ligação com prefeituras e câmaras municipais da região, bem como com as chamadas “lideranças do setor produtivo”, os empresários. Mas faltou, sempre, o viés mais social, muito embora durante o plebiscito muitas destas entidades tenham participado dos eventos gerados pelo ICPET” escreveu o jornalista.
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